Quase um ano depois, Sá Fernandes continua igual

Foto: Expresso

Entre as denúncias de negócios mais ou menos escuros; de dinheiros que não se cobram, lesando, assim, os interesses de milhares de municipes: de situações ilegais de bónus que nunca deveriam ter sido recebidos; de infraestruturas que foram demagogicamente inauguradas um mês antes das eleições e que não funcionam por desleixe e por incúria; propostas de uma Lisboa Verde, respeitadora do ambiente, onde se possa respirar e, logo, viver; propostas concretas para que o transito de Lisboa deixe de ser o caos que é e se continue a desbaratar dinheiro sem tocar nos problemas de fiundo, como esta, que ontem apresentou para comemorar o Dia da Mobilidade, Sá Fernandes tem sido, neste quase um ano de mandato, a cara e a voz da oposição em Lisboa. E o rosto de quem pretende honrar os compromissos eleitorais do Bloco: tornar Lisboa uma cidade mais justa, mais bonita, onde dê gosto e se possa viver.

O ambiente que se vive nas sessões de Câmara, a invasão duma conferência de imprensa, na passada semana, por Gabriela Seara e Maria Jossé Nogueira Pinto na tentativa de impedir a denúncia das comissões recebidas indevidamente pela Himohifen, as calúnias, os ataques, nem sequer velados, da actual vereação, que acaba, por fim, por ter que se render a muitos dos argumentos e das denúncias de Sá Fernandes (vide a Infante Santo ou a EPUL, por exemplo), dão-me a certeza que José Sá Fernandes foi a melhor aposta que o Bloco poderia ter feito em Lisboa. E, no fundo, talvez até pela mais simples das razões: Sá Fernandes gosta da cidade que o elegeu vereador.

Deste quase um ano de mandato (daqui a um tempo tentarei fazer um balanço mais detalhado do que foram estes 365 dias), fica-nos também a pergunta de onde terão andado os vereadores do PS e da CDU? Em Lisboa, a oposição tem, de facto, dois nomes, José Sá Fernandes e o Bloco de Esquerda.