Será que acertei ?
Acabei de chegar da outra banda e ainda embalada pela luz inigualável que brota de Lisboa, quando dela nos aproximamos de cacilheiro e pela beleza do Tejo que quase, quase, nos teima em beijar os pés (há anos que não atravessava o rio de barco…pecado do qual me hei-de redimir nos próximos tempos, prometo), vejo um comentário de um habitual comentador do Troll, o António P, a “reclamar” da fotografia que escolhi para ilustrar o meu post com um poema do Vinicius. E dei-lhe razão. Não ao resto da “reclamação”, que não me pareceu muito justa para as bonitas meninas de ontem à noite, mas para o poema do Vinicius, em si. Não que um gesto de ternura deixe de ser um gesto de ternura por ser entre um gatito simpático e um pintainho mais ou menos carente…mas porque o poema do Vinicius é sobre algo mais do que simples ternura…apesar do nome. E o post também.
Partindo daí…a explicação do post e a esperança que tenha, agora, acertado, um pouco mais, na foto.
Era um post (é um poema?) sobre as palavras que nunca foram ditas, sobre as que foram e não deveriam ter sido, sobre as que ainda se quer que sejam. E sobre as que foram. E que diriamos de novo. E sempre. Era um post sobre o rasto que se queria deixar e aquele com que se ficou. E do qual não se quer, seja em nome de quê, abdicar. Era um post sobre a amor, ou a paixão, ou a amizade ou tudo junto, ou algo disso, que não cabe em palavras, nem em lágrimas, nem em promessas. Era um post sobre a única forma que vale a pena viver a vida. Inteira. Era um post sobre passado, que nem por ser passado deixará algum dia de ser presente, porque ficou, porque não se nega, porque não se mata. Porque se respira. Era um post (um poema?) sobre gestos. E sons. E afagos. E prazer.
Era, finalmente, um post sobre o repouso. Que se sente quando as nossas mãos percorrem o corpo que escolhemos, livremente escolhemos, percorrer. Daí a foto. Que desta vez espero ter acertado.
Partindo daí…a explicação do post e a esperança que tenha, agora, acertado, um pouco mais, na foto.
Era um post (é um poema?) sobre as palavras que nunca foram ditas, sobre as que foram e não deveriam ter sido, sobre as que ainda se quer que sejam. E sobre as que foram. E que diriamos de novo. E sempre. Era um post sobre o rasto que se queria deixar e aquele com que se ficou. E do qual não se quer, seja em nome de quê, abdicar. Era um post sobre a amor, ou a paixão, ou a amizade ou tudo junto, ou algo disso, que não cabe em palavras, nem em lágrimas, nem em promessas. Era um post sobre a única forma que vale a pena viver a vida. Inteira. Era um post sobre passado, que nem por ser passado deixará algum dia de ser presente, porque ficou, porque não se nega, porque não se mata. Porque se respira. Era um post (um poema?) sobre gestos. E sons. E afagos. E prazer.
Era, finalmente, um post sobre o repouso. Que se sente quando as nossas mãos percorrem o corpo que escolhemos, livremente escolhemos, percorrer. Daí a foto. Que desta vez espero ter acertado.
Etiquetas: Isabel Faria
3Comenta Este Post
A foto é mais adequada ao poema, sim. (se estivesse para brincar lembrava-me da minha massagem shatsu...) e o teu passeio deve ter sido bem agradável, que atravessar o Tejo num dia de sol é sempre um momento de prazer.
Mas a gato e o pintaínho também era um belo símbolo de ternura. Ou será pieguice de mulher...?
Não me chocou a foto do gato e do pintaínho, pergunto se naquele instante, alguém faria melhor. Há momentos em que não se escolhe, quer o que se diz, quer o que colocamos para ilustrar. Como diz a Emiéle, é verdade que agora a foto está mais adequada, mas é agora, não era naquela hora.
De qualquer forma privar com o Vinícios não é para qualquer e a´li não há pieguices.
Não, não cerio...e se for pieguice, olha que seja. Quanto ao rio...depois de te falar ainda ali fiquei mais uns 20m, sentada a olhar a outra margem e a aproveitar o resto do Sol. Agora se fez bem...sei lá. Acho que sim.
José, as palavras urgentes são mazitas ou não...podem magoar, podem dar um prazer do caraças...mas a urgência não dá tempo para pensar nisso...têm que sair e pronto. Foi o que aconteceu. tens razão.
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