Fórum Social Português
Não conheço bem o autor deste texto no DN. Mas para o caso não me interessa muito.
Independentemente de quem seja, ele apresenta por mim as razões porque não estive em Almada. Apesar de diversidade das organizações presentes, no Teatro de Almada ficaram sem resposta as afirmações "que diziam mesmo que as economias dos antigos regimes de Leste "não eram voltadas para a indústria armamentista"". Tinham que ficar sem resposta. O PCP encarrega-se disso. Não retiro a importância ao Fórum Social Português. Respeito a opinião de quem, apesar de saber que ficariam sem resposta estas e outras afirmações do género, continua a achar importante lá estar. Eu, por mim, talvez erradamente, perdi a paciência.
Digamos que, para este peditório, cada vez me apetece menos continuar a dar.
Repito. Não sei se, pelo que se passou fora do Teatro de Almada, valeu a pena lá estar. Possivelmente. Mas acredito que há algumas coisas que temos que repensar. Porque no Teatro de Almada, palco principal do Forum Social Português, continua-se sem hipótese de dar resposta a estas e outras afirmações, que por lá devem ter passado às centenas. E nas quais não me revejo. E com as quais perdi a paciência de, em nome do que seja, continuar a não poder no lugar em que são feitas, dar a devida resposta. Porque o sectarismo do PCP não permite. E tal como em muitos outros lugares, é ele o vencedor. Não o PCP, que não tenham disso ilusões, mas o seu sectarismo. Que a curto prazo ainda lhes vai dando para fazer calendário, para manter mobilizado o seu "núcleo duro", como alguém aqui, acertadamente, lhe chamava, mas que, a médio prazo, acabará por se esvaziar. E ao esvaziar-se, se não formos a tempo de encontrar forma de lhe responder, nos lugares e nos moldes que tem que ser respondido, acabará toda a Esquerda, mesmo a Esquerda séria, livre, socialista, não sectária, por perder.
Creio, portanto, que se deve pensar seriamente nos moldes em que com ele (calendário do PC) devemos continuar a colaborar. Apetecia-me escrever pactuar...mas esse termo implicaria uma análise mais profunda, que antes de saber o que verdadeiramente lá se passou, não considero oportuno fazer.
No dia a seguir à grande manifestação de protesto do passado dia 12, um dos nossos comentadores, dizia, mais ou menos isto: Ok. foi enorme, eu também lá estive, e agora faz-se o quê com isso?
Ouso roubar-lhe a pergunta, mesmo não sabendo se o Fórum Social Português, foi "enorme".
Enquanto no palco principal do Fórum só puderem passar as opiniões que tecem louvores de saudade ao ex.Pacto de Varsóvia, fazemos o quê com ele? Nele?
Independentemente de quem seja, ele apresenta por mim as razões porque não estive em Almada. Apesar de diversidade das organizações presentes, no Teatro de Almada ficaram sem resposta as afirmações "que diziam mesmo que as economias dos antigos regimes de Leste "não eram voltadas para a indústria armamentista"". Tinham que ficar sem resposta. O PCP encarrega-se disso. Não retiro a importância ao Fórum Social Português. Respeito a opinião de quem, apesar de saber que ficariam sem resposta estas e outras afirmações do género, continua a achar importante lá estar. Eu, por mim, talvez erradamente, perdi a paciência.
Digamos que, para este peditório, cada vez me apetece menos continuar a dar.
Repito. Não sei se, pelo que se passou fora do Teatro de Almada, valeu a pena lá estar. Possivelmente. Mas acredito que há algumas coisas que temos que repensar. Porque no Teatro de Almada, palco principal do Forum Social Português, continua-se sem hipótese de dar resposta a estas e outras afirmações, que por lá devem ter passado às centenas. E nas quais não me revejo. E com as quais perdi a paciência de, em nome do que seja, continuar a não poder no lugar em que são feitas, dar a devida resposta. Porque o sectarismo do PCP não permite. E tal como em muitos outros lugares, é ele o vencedor. Não o PCP, que não tenham disso ilusões, mas o seu sectarismo. Que a curto prazo ainda lhes vai dando para fazer calendário, para manter mobilizado o seu "núcleo duro", como alguém aqui, acertadamente, lhe chamava, mas que, a médio prazo, acabará por se esvaziar. E ao esvaziar-se, se não formos a tempo de encontrar forma de lhe responder, nos lugares e nos moldes que tem que ser respondido, acabará toda a Esquerda, mesmo a Esquerda séria, livre, socialista, não sectária, por perder.
Creio, portanto, que se deve pensar seriamente nos moldes em que com ele (calendário do PC) devemos continuar a colaborar. Apetecia-me escrever pactuar...mas esse termo implicaria uma análise mais profunda, que antes de saber o que verdadeiramente lá se passou, não considero oportuno fazer.
No dia a seguir à grande manifestação de protesto do passado dia 12, um dos nossos comentadores, dizia, mais ou menos isto: Ok. foi enorme, eu também lá estive, e agora faz-se o quê com isso?
Ouso roubar-lhe a pergunta, mesmo não sabendo se o Fórum Social Português, foi "enorme".
Enquanto no palco principal do Fórum só puderem passar as opiniões que tecem louvores de saudade ao ex.Pacto de Varsóvia, fazemos o quê com ele? Nele?
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Etiquetas: Isabel Faria
6Comenta Este Post
Eu bem queria dizer mais alguma coisa Isabel. Mas tu disseste tudo...
Pois, Também não tenho muito a acrescentar. A verdade não tem duas faces, por muito que gostassemos que a verdade fosse outra.
Olha que gaita...assim não tem piada. Eu queria que me vissem bater, ou discordar, ou dizer que a paciência é uma virtude, ou que eu devo ter calma, ou que a gente tem responsabilidades...sei lá. Qualquer coisa que me fizesse, por um segundo, achar que talvez devesse ter atravessdo a ponte...
Boa tarde Isabel,
Boa a questão a sua " em que moldes se deve colaboar com o PC".
Que no entanto ainda continua "prisioneira" de que é de se colaborar porque o PC é de esquerda.
E que tal pensar em deixar de colaborar ?
E que tal a esquerda não PC pensar em termos de poder ? Ou seja de propostas que passem no Parlamento e em políticas que possam complementar ou alterar as do PS quando este está no governo ?
É que independentemente da importância política-social das camadas que apoiam o PC, este como parido e ideologia política é hoje uma força conservadora e manté todos os vicios e defeitos do passado.
Cumprimentos
Não ir lá é mau....
Pelos visto ir lá é pior....
Eis o dilema.
Na manifestação do ano passado e durante as discussões apareceram organizações de que ninguem tinha ouvido falar,a reclamarem-se de uma representatividade, tipo Partido os Verdes.
Este ano fazem-se afirmações que quer queiramos ou não , nos colocam a todos no mesmo saco.
SE houver hipotese de ter-mos uma voz autonoma, tudo bem, caso contrario, estaremos consciente ou inconscientemente a fazer o jogo do PCP, e a dar-mos cobertura a frases aberrantes como essa.
António, amanhã respondo com um pouco mais de tempo. Hoje é tarde e estive fora do PC (Deste...do outro nunca cheguei a estar dentro!!!).
Mas só queria deixar uma reflexão rápida. Par apresentar propostas de Esquerda no parlamento e para que leas possas passar era necessário, pelo menos, que o PS fosse um Partido que estivesse disponivel pra fazer uma politica de Esquerda...coisa complicada, portanto.
Quanto ao resto, fica, então, para amanhã.
A.Pacheco, cada vez que o PC tem uma iniciativa, que se diz unitária, que considero justa, que considero importante lá estar, me coloco essa questão.
Estamos a perservar a unidade com a base social de apoio do PCP, que é, sem dúvida, uma base social de Esquerda, ou estamos a dar cobertura a coisas aberrantes destas e a dar , sobretudo, cobertura, a que estas iniciativas continuem a ter um ar unitário e plural, quando na prática nda t~em disso?
Deve ser um assunto a que devo voltar muitas vezes. Para mal dos meus pecados...
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