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segunda-feira, outubro 30, 2006

Não será perigoso acenar com fantasmas?

A semana passada, Jerónimo de Sousa tinha declarado que as leis recentemente aprovadas eram da mesma família que as leis aprovadas durante o fascismo. E que havia sinais inquietentes de que poderiamos estar a voltar a esses tempos.
Ontem, um dos cinco tarrafalistas ainda vivos e presente na homenagem pública às vítimas do Tarrafal, chamava a atenção para o perigo latente do regresso ao fascismo e do seu branqueamento.
Não haverá ninguém que explique a Jerónimo de Sousa e a Barata Junior, que comparações destas, apesar de todos os retrocessos e atentados à justiça e à democracia que se vivem hoje em Portugal, são uma perigosa e eficaz, ainda que involuntária, ajuda para o branqueamento do fascismo?

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At 10/30/2006 5:30 da tarde, Blogger COMTRA escreveu...

Oh Isabel
Achas que há pior branqueamento do fascismo que aquele que está a ser feito por este governo PS? E, em especial, pelo recem re-eleito José Sócrates?

 
At 10/30/2006 5:45 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Não Contra, não acho que há pior...mas não me parece que vir acenar com o fascismo, comparando-o com aquilo que se está a viver seja um bom serviço á perservação da memória e à Democracia. Nós sabemos as diferenças, muitos de nós conehceram-nas na pele...mas os mais jovens , os que nasceram depois não conhecem.
E comparar com que se vive hoje, apesar de tudo que se faz de errado e de retrocesso, acaba por ser uma foram de não lhes falar que houve o tarrafal, e a censura (aberta, não a encapotada que deriva da posse dos meios de C. Socila) que houve a Pide, que houve a guerra colonial. Há que chamar as coisas pelos nomes certos. o que se vive hoje é um neo-liberalismo económico, ainda por cima incompetente, um retrocesso na Democracia representativa, um acentuar das desigualdades sociais, mas não é fascismo...

E lá que o Sóctrates faça esse branqueamento, esperar-se-ia de facto outra coisa?...agora que o façam, desta forma desastrada, pessoas que o conheceram na pele, parece-me mais ilógico...

 

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