Mar revolto
Não gosto de nadar em mares calmos. Gosto do mar cinzento. Revolto. Que ao longe se confunde com o cinzento do céu. E que anuncia tempestade. Na areia ficam os restos que o mar traz, agora que a maré começa a baixar. E há uns farrapitos de espuma, que me recuso a ver de poluição, mas teimo em ver, apenas, de mar, que nos afagam os pés.
...
Faz-me bem ver o Mar. Acalma-me. Dá-me ganas. Dá-me vontade de me aninhar. E de voar. Dá-me força. E faz-me sentir pequena. Um mar cinzento. Um fim de tarde cinzento. E uma bolinha de espuma que obedientemente pára aos nossos pés. E uma vontade enorme de gritar. Porra, é bom estar viva!!!!
Etiquetas: Isabel Faria
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Sim senhor! Gostei desta tua posta!
Pra frente é que é Lisboa!
É bom estar vivo. Mas ainda é melhor saber que destino dar a essa vida. Acho que já deste provas disso. Não há necessidade de explicações.
"Não gosto de nadar em mares calmos. Gosto do mar cinzento. Revolto."
Aposto com quem quizer que não existe mar revolto, so calmo.
Na verdade..diria que não podemos confundir aquilo que é o mar , com uma simples camada (pelicula) superficial.....isso é outra coisa!!!!...o mar é bem calminho...essa é a visão correta de mar, ....calminho...sereno....
profundo.. misterioso...seguro!!inamovivel e autocentrado....independentemente das ONDAS (sera a isto que te referes?)que se agitam lá por cima numa estonteante e efemera turbolencia.
:-)
e esta ein????? Isabel..
Antonio Lage
Pois é, Contra, mas de vez em quando tenho racaídas...o que vale é que mesmo quando dá forte, costuma passar depressa.
António, ok...chama-lhe ondas. Mas as ondas não são a alma do mar? Isto é, quando as ondas estão altas (revoltas) não é porque o Mar quer gritar...e quando elas estão baixinhas (calmitas), não é quando o mar quer ficar aconchagdito e caladinho...tal qual nós, afinal...e a dita cuja. Alma. Espírito. Vontade. Coração. Seja lá o nome que tiverem as nossa ondas.
Nã...o mar não é nada sempre calminho. O Mar, é aquilo que as ondas fazem dele. talqualzinho nós.
Hmm a alma do mar são as ondas? Não me parece. A profundeza, a profundidade, a universalidade, talvez tenham que ver com a alma do mar, com o imenso desconhecido por descobrir...por encontrar e trazer ao sentido comum
Não Contra, não me convences que quem faz as ondas é o vento....as ondas são quando o mar quer gritar, ou dançar, ou correr, ou abraçar, ou saltar, ou tocar, ou beijar a areia...e não é a isso que se chama alma? a minha é isso. O mar segredou-me um dia que a dele também. Não nos desmintas.
E claro que as ondas só te deixam ver a parte do desconhecido, da profundidade, da universalidade que entendem e que acham que tu tens direito. A nossa alma também tem uma sempre umas redezitas...e repito o Mar contou-me iso numa daquelas bolinhas de espuma que pararam aos meus pés. Não nos desmintas.
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