Não se vai referendar o mandato de Rui Rio

Se Teixeira Lopes afirma que o importante é a unidade do Movimento pelo Sim, então o resto das considerações que hoje fez ao Público são um erro e não deveriam ter sido feitas.

Como hoje lembrava aqui no Troll o A. Pacheco, Rui Rio já no 1º Referendo foi um dos poucos deputados do PSD que assumiu a sua posição de apoio à despenalização da IVG. O que está em causa, neste momento, é a vitória do Sim e o fim da perseguição e do julgamento das mulheres que abortarem voluntariamente até às 10 semanas. Não se vai referendar o trabalho de Rui Rio à frente da Câmara do Porto. Isso farão os eleitores nas próximas autárquicas. Aí, Teixeira Lopes e toda a oposição terão argumentos suficientes para denunciar o que tem sido a politica de Rui Rio à frente do Município portuense.

Não me parece claro em que é Rui Rio possa aproveitar a sua participação activa no Movimento Voto Sim, para recuperar eleitorado. Será tão lógica esta dedução, como a de que poderá correr o risco de perder outro eleitorado. Há muitos eleitores de Rui Rio, candidato do PSD e do PP, que seguramente integrarão as fileiras do Não.

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Misturar questões que não podem nem devem ser misturadas é um erro politico. E uma manifestação de sectarismo que não nos podemos dar ao luxo de ter. Rui Rio como Presidente da Câmara do Porto tem que ser politicamente combatido. Rui Rio como apoiante, ainda por cima corente, do Sim à despenalização da IVG não pode ser marginalizado.

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Conto com João Teixeira Lopes para, daqui a três anos, denunciar o mandato do actual Presidente da Câmara do Porto. Neste momento, creio que é positivo poder contar com Rui Rio para vencer a batalha da dignidade e do fim da hipocrisia.