A música da semana
Hoje a música da semana foi escolhida pelo Daniel. Deveria ser ele a colocar o post de apresentação. Acontece que a música que o Daniel escolheu é um poema lindo do José Carlos Ary dos Santos, cantado pelo Carlos do Carmo. E também é uma das minhas músicas de sempre. Por isso, e porque o Daniel ainda não tinha colocado o post de apresentação...roubei-lho. (Ficas muito zangado??? Se quiseres faz outro...pronto!!!)
Sem muitas palavas...minhas. Com as palavras todas do poeta. Um poema de amor lindo. Para mim, o mais lindo poema de amor de Ary dos Santos. Estrela da tarde.
Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia
Meu amor, meu amor
Sem muitas palavas...minhas. Com as palavras todas do poeta. Um poema de amor lindo. Para mim, o mais lindo poema de amor de Ary dos Santos. Estrela da tarde.
Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!
Etiquetas: Isabel Faria
6Comenta Este Post
Isabel estava a lembrar-me da Desfolhada e dos versos do Ary
QUEM FAZ UM FILHO
FÁ-LO POR GOSTO
E o escândalo na época....
Com este debate sobre o aborto, a conclusão que se tira, é que Portugal não mudou assim tanto.
Mas mudar mentalidades, num povo com a nossa elevada taxa de anafabetismo, superticioso, ainda muito arreigado ao poder do padre cura, não é fácil, mas como diz o povo, grão a grão....
Isto para te dizer, a Net , é um meio de comunicação MUITO minoritário, e se se tentar analisar o real peso dos comentadores, então é irrisório.
O Peso dos vossos textos ,tem 10 vinte vezes mais influência, que todos os comentários juntos.
Aliás e isso é uma conclusão que qualquer frequentador dos blogues tira, é que há no máxino, umas centenas de pessoas que comentam, utilizam por vezes vários pseudónimos, mas o estilo é sempre o mesmo.
Não penso que neste caso o Troll seja um alvo prioritário, é um alvo como o são TODOS os blogues defensores do SIM, e nem me admirava que fosse na juventude do CDS, que partem a maioria destes raids com o objectivo único de impedir qualquer tipo de debate
sério.
Por isso continuem a publicar as vossas opiniões , e quanto a maneira de actuar de alguns comentadores, olhem são ossos do oficio....
sério.
É só, o poema e a música ideal para o momento que vivemos!
Boa Daniel, pela escolha.
Isabel, isso não se faz, mas o contexto a isso levou. Nós entendemos.
É realmente uma música de sempre, tambem julgo, se calhar até é bom que se ouça pouco.fj
É realmente uma música de sempre, tambem julgo, se calhar até é bom que se ouça pouco.fj
A.Pacheco, eu sei tudo isso. Também não considero que sejamos um alvo preferencial. Se bem que temos tido um pouco de azar...e esta táctica de encher a caixa de comentários com comentáris que ninguém lê e que inviabilkiza qualquer outro comentário, primeiramente usada pela nossa amiga Margarida e agora pou um seu deligente sucessor, tem-nos saído na rife com alguma regularidade. Mas é como dizes...osssos do ofício. De quelquer forma, neste caso concreto, creio que pode haver aqui uma mistura de táctica manhosa com rancores pessoais, coisas baixas que só gente muito baixa, consegue usar.
Seja o que fôr que estiver por detràs desta gentinha...a gente aguenta-os.
Quanto á mentalidade...tens razão. Mudou tão pouco desde a Desfolhada.
Pois é José, também ão me apetecia ter como último post um post a falar de gentalha...e gosto tanto do poema que não me contive a publicá-lo. Só ainda não sei se o Daniel ficou zangado...
Émièle e FJ, ainda bem que concordaram com a escolha do Daniel...que eu açambarquei (isto escreve-se assim???).
A escolha realmente foi minha mas não me importo com o açambarcamento da Isabel. Até porque eu não a desreveria melhor.
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