A táctica do vale tudo
A Campanha dos Movimentos Pelo Não, tem usado todos os estratagemas para tentar inverter aquilo que pensam ser inevitável. O direito a uma maternidade consciente e a crianças desejadas.
Já lá vai o tempo, nestas coisas de manipulação, dois meses é muito tempo dadas as mentiras que neste espaço de tempo cabem, em que os defensores do Não, tentando usar uma linguagem tolerante, garantiam que se o Não vencesse o Referendo, apresentariam logo a seguir um Projecto de Lei, para que a Lei não fosse cumprida e as mulheres que recorressem ao aborto, perseguidas e julgadas. Com o aproximar do dia do Referendo, os paladinos do, para eles, crime sem castigo, esqueceram a boa vontade e a tolerância.
No primeiro acto de propaganda, recorrendo ao que mais egoísta há em cada um de nós, colaram um outdoor abjecto, em que nos falaram de impostos. Que os nossos impostos serviriam para pagar o “crime”.
Pelo meio tentaram apelar aos nossos medos, a IVG tiraria dinheiro aos Hospitais para fazerem intervenções cirúrgicas e para tratar o cancro, inventaram mentiras como a do Sindroma pós-aborto e da taxa de suicídio das mulheres que recorreram ao aborto, recolheram assinaturas nas Igrejas para poderem apresentar não sei quantas mil na apresentação dos Movimentos, puseram Padres a dizer que não cumpririam a Lei e fariam campanha no dia do Referendo, convidaram uma americana para vir cá dizer que até suportaria ser violada de novo, mas nunca faria um novo aborto, voltaram a fazer posts, artigos, conferências de imprensa, em que afirmam que às dez semanas o feto já sorri, já faz perguntas, já sente. Este fim-de-semana, finalmente, mandaram para as Caixas de Correio um papel, com o rosto de uma Virgem Maria a chorar, que nos avisa que é o que a dita Senhora fará se o Sim vencer, para além de mais umas tantas pérolas que o Daniel Oliveira e o Fernando, transcrevem, mas que, para conseguir manter a minha sanidade mental, eu me abstenho de também publicar no Troll.
Claro que nunca se esqueceram da mentira maior. Continuam a repetir à exaustão que em Fevereiro se vai votar pela liberalização do aborto. Sempre omitiram que recorrer ou não ao aborto faz parte da consciência, das convicções, da fé, de cada um, e que o que se vai referendar é se se é a favor ou contra que uma Mulher que, consciente e livremente, recorra ao aborto até às dez semanas, seja por isso perseguida e julgada. Até daqui a um mês, quantas santinhas mais teremos a chorar nas nossas Caixas de Correio? E já agora, em trinta dias, tempo que falta para o Referendo, quantos abortos clandestinos se farão em Portugal? E quantas mulheres irão a Espanha fazê-los? A Virgem não devia passar a vida a chorar?
Já lá vai o tempo, nestas coisas de manipulação, dois meses é muito tempo dadas as mentiras que neste espaço de tempo cabem, em que os defensores do Não, tentando usar uma linguagem tolerante, garantiam que se o Não vencesse o Referendo, apresentariam logo a seguir um Projecto de Lei, para que a Lei não fosse cumprida e as mulheres que recorressem ao aborto, perseguidas e julgadas. Com o aproximar do dia do Referendo, os paladinos do, para eles, crime sem castigo, esqueceram a boa vontade e a tolerância.
No primeiro acto de propaganda, recorrendo ao que mais egoísta há em cada um de nós, colaram um outdoor abjecto, em que nos falaram de impostos. Que os nossos impostos serviriam para pagar o “crime”.
Pelo meio tentaram apelar aos nossos medos, a IVG tiraria dinheiro aos Hospitais para fazerem intervenções cirúrgicas e para tratar o cancro, inventaram mentiras como a do Sindroma pós-aborto e da taxa de suicídio das mulheres que recorreram ao aborto, recolheram assinaturas nas Igrejas para poderem apresentar não sei quantas mil na apresentação dos Movimentos, puseram Padres a dizer que não cumpririam a Lei e fariam campanha no dia do Referendo, convidaram uma americana para vir cá dizer que até suportaria ser violada de novo, mas nunca faria um novo aborto, voltaram a fazer posts, artigos, conferências de imprensa, em que afirmam que às dez semanas o feto já sorri, já faz perguntas, já sente. Este fim-de-semana, finalmente, mandaram para as Caixas de Correio um papel, com o rosto de uma Virgem Maria a chorar, que nos avisa que é o que a dita Senhora fará se o Sim vencer, para além de mais umas tantas pérolas que o Daniel Oliveira e o Fernando, transcrevem, mas que, para conseguir manter a minha sanidade mental, eu me abstenho de também publicar no Troll.
Claro que nunca se esqueceram da mentira maior. Continuam a repetir à exaustão que em Fevereiro se vai votar pela liberalização do aborto. Sempre omitiram que recorrer ou não ao aborto faz parte da consciência, das convicções, da fé, de cada um, e que o que se vai referendar é se se é a favor ou contra que uma Mulher que, consciente e livremente, recorra ao aborto até às dez semanas, seja por isso perseguida e julgada. Até daqui a um mês, quantas santinhas mais teremos a chorar nas nossas Caixas de Correio? E já agora, em trinta dias, tempo que falta para o Referendo, quantos abortos clandestinos se farão em Portugal? E quantas mulheres irão a Espanha fazê-los? A Virgem não devia passar a vida a chorar?
Etiquetas: Isabel Faria
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