Referendo ao aborto - Reflexões sobre fanatismo e fundamentalismo (3)
O fanatismo é a intolerância extrema para com os diferentes. Um evangélico fanático é incapaz de diálogo e respeito para com um católico ou um budista. Organizações como a Ku Klux Klan são intolerantes igualmente com negros adultos, mulheres e crianças. Por isso se diz que há em cada fanático um fascista camuflado, pronto para emergir em atos de exclusão e eliminação.
De todas as formas de fundamentalismo hoje vigentes no mundo globalizado pelos norte-americanos, o fundamentalismo de mercado é o mais baixo, vil, cruel e mesquinho. Com o fundamentalismo evangélico a homologá-lo na dimensão religiosa vemos a Nação mais poderosa do mundo a submeter e massacrar todos os povos da terra culminando com uma guerra insana contra uma das mais pobres do planeta sem que possamos fazer absolutamente coisa alguma a não ser deixar o nosso protesto registrado. Resumindo:
1) Vivemos num mundo em que o fundamentalismo de mercado impõe seus valores a todos os povos. “Tecnicamente” se possível. À bala se necessário.
2) O fundamentalismo de mercado apresenta total devoção ao comércio e preocupação social tendente a zero.
3) Em todas as formas de fundamentalismo ocorre uma busca de absolutização do “eu”, do “ego”. Diz-se “eu tenho razão”, “sou dono da verdade”, você, se pensa diferente de mim, não tem razão. Tem de ser “globalizado”!
4) A marca da globalização de cima para baixo promovida pelos norte-americanos é o não reconhecimento do outro.
Em Portugal, e no que diz respeito ao referendo, assistimos a um outro tipo de fanatismo e fundamentalismo. Pindérico. Cheira a ranço e a sacristia, a violento recalcamento sexual e beatice. Mas igualmente infame e asqueroso.
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afinal já cá estava. Bem aventurado.fj
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