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domingo, fevereiro 04, 2007

A RTP continua a dar uma mãozinha...

O Dr. Aguiar Branco parecia um LP riscado. A médica escolhida nem para os convencidos foi convincente, os convidados da plateia foram a desgraça que se viu e o texto inicial da Rita Ferro a vergonha que se ouviu?
Não faz mal, a RTP está cá para os ajudar e vai fazer outro Prós e Contras a pedido.

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10Comenta Este Post

At 2/04/2007 7:05 da tarde, Blogger a.pacheco escreveu...

Isabel, tudo depende de quem forem os convidados, e já agora como será constituida a plateia.

Neste momento só temo a abstenção, e ela poderá ser muito grande.

Tudo o que fôr feito para mobilizar , mesmo em programas circenses como o Pros-Contras, será positivo se houver equidade, nos convidados....

Já sabes quem são?....

 
At 2/04/2007 7:32 da tarde, Blogger cereja escreveu...

Aliás a nossa Comunicação Social mete dó. Claro que há artigos bem escritos e interessantes de jornalistas que vão falando. Mas as «notícias» que encontram, estranhamente, dão mais realce a um dos lados. Será que fazem um show mais vistoso?
Vamos ver o programa de amanhã...

 
At 2/04/2007 8:38 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Não, A.Pacheco, não sei. Mas , apesar de concordar contigo que tudo depende de quem lá vai estar, não me parece que seja SÓ o que interessa. Este programa vai ser feito a pedido. O Não pediu que se repetisse porque não ficou satisfeito com a sua prestação no 1º e a RTP acedeu.
Não sou bruxa, mas quase punha as mãos no lume, que se o pedido tivesse vindo do outro lado, a resposta tinha sido diferente.
Esta diferença de tratamento vê-se em cada Telejornal. E mesmo que os fins acabem por fazer com que lhes saia o tiro pela culatra, os prínípios merecem-me um repúdio claro e veemente.

Pois é, Émièle, viste o tempo que a RTP acabou agora de gastar com o jantar de mulheres pelo Não em Lisboa?

 
At 2/04/2007 9:50 da tarde, Blogger cereja escreveu...

Era exactamente isso que queria dizer, Isabel. A falta de isenção no modo como se dão as notícias, o empolamento de umas contra o «apagamento» de outras que é verdadeimente chocante.
Que o Correio da Manhã diga que está a tomar partido é uma coisa, agora a TV pública, ou a rádio...

 
At 2/04/2007 10:09 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Exmos. Srs.

O aborto voluntário vai tornar-se uma das grandes questões nas sociedades
ocidentais. O regresso do tema à tolerante Holanda é só mais um sintoma. O
interesse com que entre nós se vive o sim ou não no referendo é disso bom
sinal. Há diversas formas de entrar no debate: desde a inconveniência ou
ilicitude do aborto à fé religiosa, para cristãos com força de convicção de
uma moral universal. Há outra posição que pretende ter validade universal:
a científica, embora também aqui as provas não sejam acessíveis à imensa
maioria dos homens e mulheres, que as admite por fé (na ciência).

A minha preferida – na linha de artigo (1983) do filósofo Julián Marias – é
outra, acessível a todos e independente de conhecimentos científicos ou
teológicos que poucos possuem. É a visão antropológica, fundada na mera
realidade do homem tal como se vê, vive e se compreende a si mesmo.

Trata-se da distinção decisiva entre “coisa” e “pessoa”, que se revela no
uso da língua. Em todas as línguas há uma distinção essencial: entre “que”
e “quem”, “algo” e “alguém”, “nada” e “ninguém”. Se entro numa casa onde
não há nenhuma pessoa, direi: “não há ninguém”, mas não me ocorrerá dizer:
“não há nada”, porque pode estar cheia de móveis, livros, lustres, quadros.

O que tem isto a ver com o aborto? Muito. Quando se diz que o feto é
“parte” do corpo da mãe, é falso, porque não é parte: está “alojado” nela,
melhor, implantado nela (nela e não meramente no seu corpo). Uma mulher
dirá: “estou grávida”, nunca “o meu corpo está grávido”. Uma mulher diz:
“vou ter um filho”; não diz: “tenho um tumor”.

A pergunta a referendar, ao usar, em vez de aborto provocado, “interrupção
voluntária da gravidez”, não só abusa da hipocrisia como se esconde sob a
capa de despenalização. Os advogados do sim não gostam da comparação, mas
com isto os partidários da pena de morte vêem as dificuldades resolvidas.
Podem passar a chamar à tal pena – por forca ou garrote – “interrupção da
respiração” (e também são só uns minutos).

Há ainda as 10 semanas, como se para a criança fizesse diferença em que
lugar do caminho se encontra ou a que distância, em semanas ou meses, da
sua etapa da vida que se chama nascimento será surpreendida pela morte.

O mais estranho é que para os progressistas o aborto é visto como sinal de
progresso, enquanto a pena de morte é de atraso. Dantes denunciavam a
“mulher objecto”, agora querem legitimar a criança-objecto, a
criança-tumor, que se pode extirpar, em nome do “direito de dispor do
próprio corpo”.

O direito (com bons propósitos) serve para nos impedir de entender “o que é
aborto”. Por isso se mascara a sua realidade com fins convenientes ou pelo
menos aceitáveis: o controle populacional, o bem-estar dos pais, a situação
da mãe solteira, as dificuldades económicas, a conveniência de dispor de
tempo livre, a melhoria da raça.

A tudo isto acrescem as tentativas de abolir as relações de maternidade e
paternidade, reduzindo-as a mera função biológica sem duração para além do
acto de geração, sem nenhuma significação pessoal entre o “eu”, o “tu” e o
“ele(a)” implicados.

Felizmente, ao pôr-se a nu a grave dimensão da aceitação social do aborto,
facilita-se o regresso de temas que os “progressistas” julgavam de direita
e, por isso, ultrapassados: a família e a natalidade.

Não devemos estranhar que os mesmos que sempre se equivocaram sobre tudo,
desde a natureza do regime soviético a Cuba, passando pelo fim do trabalho
e as nacionalizações, se encontrem agora, de novo, unidos no “sim” ao
aborto (e no “não” ao sofrimento dos animais). E, ontem como hoje,
acompanhados de idiotas úteis. Alguns, pelos vistos, “liberais”, que
desconhecem que a noção de liberdade para o liberalismo clássico é oposta à
de “direito a ou de”. Para T. Jefferson os seres humanos são independentes,
mas não da moral; se a desafiamos, não somos livres mas escravos, primeiro
das nossas paixões e depois possivelmente da tirania política. Que tipo de
governo democrático poderá controlar homens que não podem controlar as suas
próprias paixões? Situação que piorará com a ilusão do Estado contraceptivo
e a liberalização das oportunidades para a irresponsabilidade.

 
At 2/04/2007 11:36 da tarde, Blogger a.pacheco escreveu...

Caro sr. José Santos.

O Regime porque eu me bati antes e depois do 25 de Abril, é que PORTUGAL seja um Estado, Laico, Democratico e Republicano.

A minha geração sabe bem o que foi a dupla Salazar-Cardeal Cerejeira.

A Igreja dona e senhora do regime, impondo os seus códigos morais, ( que Cerejeira e certos padres não cumpriam ), ignorando porque lhe convinha, os assassinatos a tortura, a Pide, o Tarrafal, Peniche ,Caxias, Aljube, apoiando descaradamente a guerra colonial, e ao mesmo tempo impedindo que o aborto , que era feito em vãos de escada pelas a mulheres
mais pobres, e em Londres para as senhoras do regime, fosse legalizado e encarado como aquilo que é ,um problema de saude publica, e como tal poderia e deveria sempre ter sido tratado.

São os casais e só a eles , que têm o DIREITO e o DEVER, se saber quando PODEM e QUEREM ter filhos.

É ao casal que compete , e não á Igreja Catolica, e aos pseudo-cientistas ( os mesmo que condenaram Galileu)que a apoiam, saber quantos filhos quer ter.

É ao casal que deve competir, na sua intimidade, na sua liberdade de consciência decidir, se uma gravidez deve ser ou não interrompida, por motivos que só ao casal DIZEM RESPEITO.

Um estado Laico e Democratico, há muito que deveria ter dito há hierarquia da Igreja Catolica.

A Cesar o que é de Cesar
A Deus o que é de Deus.

O Estado legisla em função dos interesses de toda a população, e não em função de principios éticos ou morais, que só uma parte da população adere.

Já pensaram se o Estado criminalizasse o adultério?

Já pensaram que quando querem impôr principios morais e religiosos ao estado laico, estão na pratica a defender um estado teocratico, como a Arabia Saudita ou o Irão?....

Dia 11 Portugal vai se dizer se se quer mudar uma lei, que pune as mulheres, e se vai VOTAR SIM para alterar essa lei, e colocar Portugal no seculo XXI.

No dia 11 se saberá se o Portugal Laico , o Portugal TOLERANTE, o Portugal da LUZES e da RAZÂO, o Portugal do SIM, derrota a intolerância, o obscurantismo, o reaccionarismo que campeiam no não.

 
At 2/05/2007 12:47 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Depois de ler o Post e os comentários, só me apetece subscrever o a. pacheco.
Força, pacheco!!!
Eu estou contigo, com a Isabel, com a Emiéle, e com todos os que estiverem comnosco, deixa-me ser RADICAL, às vezes apetece-me.

 
At 2/05/2007 7:58 da manhã, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Em relação à RTP e para quem viu o telejornal de ontem.
A parte dedicada á campanha abre com um directo de um jantar de mulheres pelo não. Depois dão duas reportagens dedicadas ao não. Passam para duas reportagens pequenas dedicadas ao SIM, e retomam logo com outras duas dedicadas ao não. É a isenção da televisão pública.

 
At 2/05/2007 9:27 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

No meu entender, Sr. Daniel Arruda, essa questão é apenas demonstrativa de uma maior mobilização, empenho e capacidade de acção do Movimento Pela Vida.

Não devemos procurar escapes na inércia dos outros, atirando com as culpas para a estação pública que, se tinha a defender alguns interesses, esses eram os da campanha pela liberalização da IVG, aliás, posição assumida pelo partido do governo.

Cumps.

 
At 2/05/2007 9:39 da manhã, Blogger Daniel Arruda escreveu...

José Santos, se eu não tivesse estado em iniciativas do SIM este fim de semana, se não conhecesse a sua agenda nacional eu até poderia concordar consigo. O que é facto é que estive e conheço, pelo que apenas posso dizer que o que acabou de escrever não corresponde à verdade.
Mas não tenho dúvidas que é isso que a RTP e outros media querem mostrar. Faltando à verdade.

 

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