Não basta mudar as pessoas
O PCP sabe que este tipo de sindicalismo tem os dias contados. Aliás, toda a Esquerda deveria aprender com a actuação do PC e saber que este tipo de sindicalismo tem os dias contados e que a sua continuação é a maior garantia para a desmobilização e o afastamento dos trabalhadores.
A perda de influência partidária do PCP só trará resultados positivos se a essa perda se contrapuser um sindicalismo novo. Eleições disputadas com novos métodos de eleição - há muito que os Sindicatos deveriam ter perdido o medo de eleger os seus dirigentes com o método de Hondt das CTs, alteração de estatutos que impeça a eternização de dirigentes que há anos não sabem o que é uma empresa, aposta nos jovens e aposta em formas de luta que criem alternativa e não apenas mobilização.
O risco maior de eleger Direcções que fujam à manipulação do PCP e que apenas sirvam os seus calendários políticos é eleger outras que, ou continuem a ser correias de transmissão de outros ou que não se queiram demarcar de actuações, de estratégias e de métodos.
Persistir nos erros, apenas mudando os protagonistas, acabará por levar para o Movimento Sindical, o mesmo tipo de raciocínio que impera no resto da sociedade - "são todos iguais".
Um sindicalismo "todo igual" poderá continuar a trazer milhares de trabalhadores para a rua, mas não será mobilizador. E mobilizar não é, por muito que custe a alguns dirigentes sindicais e de Partidos de Esquerda, apenas, trazer milhares de trabalhadores para a rua.
Etiquetas: Isabel Faria
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esta prefere a luta de capelinhas á luta aberta, frontal e corajosa nas ruas...
Lembras-te da peça de Brecht "A MÂE"? Pois bem, a dado passo há uma reunião dos sindicatos com os patrões e à saída o representante sindical diz aos "camaradas": Ganhámos!, pergunta um operário: Mas, ganhámos o quê?. Depois vem o chorrilho de pseudo vitórias e assim se vai perdendo, de derrota em derrota. Vi-a, na COMUNA, exactamente com o Zé Mário, tenho o albúm (vinil) e não me canço de o ouvir, bem como reler o belíssimo livro de Máximo Gorki, que o originou, e a luta é sempre a mesma, porque os sindicatos são cada vez mais armas que os patrões esgrimem contra a massa trabalhadora, que utilizam como panaceia para males menores, de forma a amolecer e dividir os poucos que ainda estão unidos.É uma luta difícil e constante, que não deve ser abamdonada.
o palminhas faz-me lembrar a história da raposa que não chegava às uvas e explicava desdenhosa, estão verdes não prestam
Não se deve contrariar os malucos ( conselho de uma das minhas avós transmontana) sejam eles anonimos ou não.....
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