Os clones do fim-de-semana
Eu até vim de férias um bocado repousada. E com alguma vontade de escrever.
Só que há dois dias que abro os jornais on line, ontem comprei o Expresso e nada. Nadica de nada.
Os jornais diários ao fim-de-semana, e particularmente nos fins-de-semana de Verão parecem todos o Correio da Manhã.
Um homem foi assassinado em Lisboa, um matou a namorada e depois suicidou-se, foram retomadas as buscas à casa de Murat, foram suspensas as buscas à casa de Murat, casos de febre aftosa no Reino Unido, não há mais casos de febre aftosa no Reino Unido, piloto morto em avião no combate a incendios, tunel cai na China e Alonso está de castigo a Fórmula 1. Ah e o Benfica empatou não sei com quem e o Sporting ganhou não sei a quem.
Não é que estas notícias não sejam importantes (principalmente para quem as vive e as sente e sofre na pele), mas escreve-se o quê?
Ah, de vez em quando também sai uma notícia em que se afirma que 80% dos treabalhadores da Construção Civil são precários. Sobre essa, sim, havia muito que escrever. Mas não foi já tudo escrito?
Olhem talvez sobre o calor...mas até o calor parece que decidiu abrandar um pouco...
Pronto. Comprem o Correio da Manhã, o original ou um dos clones. Eu, por mim, vou (re)ver a Torre Bela.
Pode ser que Antóno Barreto por aqui passe...e eu deixo-lhe um convite. É que muita da Reforma Agrária foi a Reforma Agrária de que fala António Barreto. Mas nem toda. Houve Reforma Agrária sem UCPs, Partido Comunista e Sindicato. Não muita, mas houve.
Talvez António Barreto devesse ver (rever?) Torre Bela. Está calor e uma tarde no King sabe bem.
Etiquetas: Isabel Faria
2Comenta Este Post
Aliás este, como muitos outros episodios do pós 25 de Abril , estão muito mal contados.
O inicio deste movimento de ocupação de terras deu-se sem qualquer influência de partidos, e mesmo com grandes desconfianças do PCP, e tratou-se de uma reacção espontanea de trabalhadores rurais, que viam os agrários deixar as searas ao abandono, e a levarem gado para Espanha, foi uma reacção de sobrevivência.
Tal como a ocupação de casas, que começou pela ocupação no dia 2 de Maio de 1974, de uma serie de casas de uma tal fundação Salazar, no casalinho da Ajuda, casas que em vez de serem para a população mais carenciada, os senhores da ditadura, queriam distribuir á GNR á PSP, e a outros colaboradores do governo da época.
:-) gostei da 'boca' ao antónio barreto...
Enviar um comentário
<< Home