Televisão

Hoje no mesmo jornal duas noícias interessantes sobre televisão. A 1ª e que eu saúdo é o regresso de Júlio Machado Vaz (JMV) aos ecrans com um novo programa. Parece que alguém reparou que o JMV faz falta e que os seus programas, sempre bons e interessantes são uma mais valia no esclarecimento da população sem os fazer parecer maçudos, sendo quase de entertenimento pois a forma como ele aborda os temas da sexualidade e não só, dão sempre a sensação de que estamos no nosso sofá, a beber um copo e a falar numa roda de amigos. Sem tabús e sem falsos moralismos.

A 2ª notícia é que cada um de nós, contribuintes, pagou 43 Euros por anos, nos últimos 5 anos para a RTP. De facto não se compreende. A RTP deveria pagar-nos para a vermos. Se nos últimos dez anos teve 3 ou 4 programas de referência foi muito. No entertenimento é básico. Na informação não faz a diferença e é subserviente ao Estado. No desporto só transmite o que mais ningém quer transmitir. Já nos anos 89 os inigualáveis Taxi tinham uma canção sobre a pobreza da nossa televisão. Pensou-se e apregoou-se que com a abertura aos privados a RTP teria de melhorar e agora passados todos estes anos chegamos á conclusão que estamos cada vez pior. Há uns anos diziam os trabalhadores daquela casa, e com razão, e a propósito de uma restrutruração:

"Não nos apaguem"

Não foi preciso. As sucessivas administrações têm feito isso pelos telespectadores. E se isso foi assim com alguns dos excelentes profissionais que a RTP tem o que dizer qundo estes, como já agora acontece, começarem a abandonar o barco?

Eu não quero dar mais dinheiro á RTP. Nem mais um centimo.