Uma posta desinteressante
Como já devem ter visto hoje não estou particularmente virado para escrever sobre coisas sérias. Mas escrever em casa própria tem estas vantagens, cada um escreve sobre o que lhe apetece, é mesmo isto. Num jornal seria impossível, ainda mais com o lápis azul a voltar e em força. Por isso, aqui vai mais uma posta "desinteressante". Ou talvez não. A Isabel, por exemplo, explica estados de alma como mais ninguém através das palavras e eu como não o sei fazer soccorro-me das canções da minha (ainda curta) vida. E acreditem que há dias em que não me apetece falar do Petróleo, da Polónia, da Turquia e do Curdistão e dias em que o nome Sócrates ou Cavaco me causam náuseas e vómitos. Nesses dias, em inveja-se as gaivotas das Berlengas ou os peixes das ilhas desertas. Por isso, vamos falar de canções.
Há canções complicadas e há aquelas que de tão simples se tornam brutalmente bonitas. Esta, que podem ver aqui em baixo, pertence ao segundo grupo. Melodia simples, letra mais simples ainda e um resultado harmonioso. A canção é de 1989.
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Quedate en Madrid
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Con la nariz entre tus ojos
y entre un pulmon y otro pulmon
el corazon y los congojos
todos en reunion
.
Con tus orejas en las manos
voy enseñandole a Van Gogh
como mejora el resultado
cuando lo hacen dos
.
Siempre los cariñitos
me han parecido una mariconez
y ahora hablo contigo
en diminutivo
con nombres de pastel
Y aunque intente guardar la ropa
al mismo tiempo que nadar
me he resignado a ir en pelotas
mientras dure el mar
.
Yo que de estas estampas
me limitaba a hacer coleccion
me hago un llavero
con el fichero
con una condicion
el dia que tengas ojos rojos
y me estornude la nariz
vamos a hacer lo que podamos
por cenar perdiz
quedate en Madrid
Etiquetas: Daniel Arruda
2Comenta Este Post
Já uma vez aqui tinhas publicado este poema. Creio que sem múxica.
E uma canção muito bonita. Podes fazer mais posts desinteressantes destes....
Eu tinha essa dúvida (a do poema)mas não tinha posto a música.
Provavelmente é por gostar tanto dela.
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