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segunda-feira, outubro 22, 2007

Uma posta desinteressante

Como já devem ter visto hoje não estou particularmente virado para escrever sobre coisas sérias. Mas escrever em casa própria tem estas vantagens, cada um escreve sobre o que lhe apetece, é mesmo isto. Num jornal seria impossível, ainda mais com o lápis azul a voltar e em força. Por isso, aqui vai mais uma posta "desinteressante". Ou talvez não. A Isabel, por exemplo, explica estados de alma como mais ninguém através das palavras e eu como não o sei fazer soccorro-me das canções da minha (ainda curta) vida. E acreditem que há dias em que não me apetece falar do Petróleo, da Polónia, da Turquia e do Curdistão e dias em que o nome Sócrates ou Cavaco me causam náuseas e vómitos. Nesses dias, em inveja-se as gaivotas das Berlengas ou os peixes das ilhas desertas. Por isso, vamos falar de canções.
Há canções complicadas e há aquelas que de tão simples se tornam brutalmente bonitas. Esta, que podem ver aqui em baixo, pertence ao segundo grupo. Melodia simples, letra mais simples ainda e um resultado harmonioso. A canção é de 1989.


.
Quedate en Madrid
.
Con la nariz entre tus ojos
y entre un pulmon y otro pulmon
el corazon y los congojos
todos en reunion
.
Con tus orejas en las manos
voy enseñandole a Van Gogh
como mejora el resultado
cuando lo hacen dos
.
Siempre los cariñitos
me han parecido una mariconez
y ahora hablo contigo
en diminutivo
con nombres de pastel
Y aunque intente guardar la ropa
al mismo tiempo que nadar
me he resignado a ir en pelotas
mientras dure el mar
.
Yo que de estas estampas
me limitaba a hacer coleccion
me hago un llavero
con el fichero
con una condicion
el dia que tengas ojos rojos
y me estornude la nariz
vamos a hacer lo que podamos
por cenar perdiz
quedate en Madrid

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2Comenta Este Post

At 10/23/2007 8:22 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Já uma vez aqui tinhas publicado este poema. Creio que sem múxica.

E uma canção muito bonita. Podes fazer mais posts desinteressantes destes....

 
At 10/23/2007 5:15 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Eu tinha essa dúvida (a do poema)mas não tinha posto a música.
Provavelmente é por gostar tanto dela.

 

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