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quinta-feira, janeiro 03, 2008

"Agora, desiludam-se os não fumadores, porque nunca irão morrer de um ataque de saúde."

"Hoje é o tabaco.
...
Amanhã quem sabe, serão as bebidas alcoólicas que não poderão ser bebidas à vista de crianças, dado que se trata de publicidade às mesmas.
As pessoas com uma relação peso-altura superior a X, deverão fazer dieta obrigatória, sendo impedidas de comer desmesuradamente produtos hiper-calóricos, com demasiado colestrol, açúcar ou sal, numa primeira fse. Se continuarem com esses coeficientes desajustados, deverão obrigatoriamente passar a um regime vegetariano ou macrobiótico acompanhado de joggings obrigatórios de manhãzinha, pelo menos uma hora.
Bem deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer.
...
Os carros só poderão ser usados quando utilizados por pelo menos 3 pessoas.
Puxar o autoclismo só uma vez por dia (para poupar na água), bem essencial da humanidade.
Bem, o papel higiénico, causa da destruição de tantas árvores será substituido por 2 bilhetes de metro reciclados, o segundo dos quais para higienizar as unhas.
...
Há ainda o caso da descriminação sexual. Aos meninos deverá ser obrigatório oferecer brinquedos do tipo miniaturas de cozinha e barbies para que se habituem a tratar esses objectos de uma modo mais natural e menos machista. Às meninas uns action-man e jogos de ferramentas.
...
Em resumo: Não há duvida de uma coisa: Com um bocadinho de bom-senso as coisas resolviam-se a contento de todos.
Até porque os impostos do tabaco dão muito jeito e, no que me diz respeito, quando eu morrer (eventualmente devido ao tabaco) não mais sobrecarregarei a Segurança Social com a minha pensão de reforma.
...
Agora, desiludam-se os não fumadores, porque nunca irão morrer de um ataque de saúde."
Francisco
...
(Este post é o comentário de um leitor do Troll deixado na caixa de comentários do meu post "Fundamentalismo, não obrigado". Com a autorização do Francisco e os meus agradecimentos , decidi colocá-lo aqui em vez de o deixar perdido na caixa de comentários.
Poder-se-á dizer que fala de coisas diferentes e que é um erro misturá-las. A mim, pessoalmente, e daí o pedido de o passar a post, fala-me de algo fundamental - há muitos anos que entendi que a liberdade individual é um bem inviolável. Não há justiça social, igualdade, progresso, paz sem que a respeitemos. As ditaduras não são o meu forte...nem mesmo as impostas pela (s) maioria(s). Como diz o Francisco, no comentário em que me dá autorização para o publicar: " A bem da concórdia entre fumadores e não fumadores, da liberdade individual, do respeito pelo próximo e do bom-senso.", aqui fica.).

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31Comenta Este Post

At 1/03/2008 9:42 da manhã, Blogger cereja escreveu...

Sabes que quanto mais oiço mais baralhada fico.
Retomando a eterna tecla do bom senso, e de que os extremismos de parte a parte não nos levam a lado nenhum, andei a espreitar e vi que por essa Europa há muitos regimens quanto a esta coisa do tabaco, uns mais severos ainda do que o nosso, outros bem mais leves. Aqui o que me chocou foi as medidas não terem sido graduais e, zás, enfiar-se todo e qualquer «espaço fechado» no mesmo saco.
Porque o certo é que, lentamente, a coisa ia andando... Comparado com o que se passava há 50 anos, o sistema em vigor a 31 de Dezembro já era avançadíssimo! Dantes fumava-se em TODO o lado! Agora, transportes, salas de espectáculo, serviços públicos, já toda a gente sabia e respeitava. Podiam ter apertado um pouco mais, restaurantes e bares para quem fuma e para quem não fuma por exemplo. O 'radicalismo' da decisão é que foi demais!
Eu só não concordo com o Francisco (mas enfim, uma das boas liberdades é poder discordar, não é?) porque a ironia dele está a misturar duas coisas: parece estar provado que o «fumo passivo» existe mesmo e -isso já não sei se é certo - é até mais nocivo do que o 'outro'. Ou seja a liberdade de quem gosta de fumar, vai atacar a liberdade de quem não quer fumar. E o Francisco pode morrer à vontade com o seu cancro do pulmão, mas chateia-me que eu ou o meu filho tenhamos cancro do pulmão pelo fumo do Francisco.

 
At 1/03/2008 9:57 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Èmièle, pelo que entendi do texto do Francisco ele sabe e concorda com o que dizes. Por isso afirma, a dado passo: "Em resumo: Não há duvida de uma coisa: Com um bocadinho de bom-senso as coisas resolviam-se a contento de todos". È, portanto, de bom senso ou de falta dele que se fala.
Como já aqui disse, não fumo desde que engravidei. Sabia os riscos que alguém que não eu, corria se o fizesse. Acabou. Ponto.
O que não aceito é que me impedissem de o fazer se os riscos fossem apenas meus...ou se me obrigassem a ir para a rua corrê-los...quando isso não implica riscos para outrém.

 
At 1/03/2008 12:17 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Ora ora. O Francisco acha que as medidas anti-tabágicas deveriam avançar gradualmente. É a sua opinião. Faz-lhe confusão as coisas assim depressa. Se estivesse à beira do cais do combioi e escorregasse, não se poderia agarrar na pessoa assim de repente e com força! Teria que ser devagar e com jeitinho para não assustar a pessoa!?
Uma treta essa do devagar se vai ao longe! Mas a cereja em cima do bolo é a máxima de que não se morrerá com um ataque de saúde! É a mesma coisa que dizer que não se levantará voo por puxar os atacadores dos sapatos! Tem piada?
E serve para alguma coisa?
E que tal discutir-mos a imbecilidade da natureza humana? Não seria mais proveitoso para todos?
Agora querer conduzir o fio do pensamento daquela forma é, a meu ver, simplesmente desonesto.

 
At 1/03/2008 12:35 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Franco, desculpa lá mas estás a ser demasiado sectário para o meu gosto LOL...sobretudo para o que conheço de ti.
Ao ponto de não estares a ler correctamente. Quem falou em velocidade foi a Émièle e não o Francisco.
O Francisco falou em ataque de saúde... Acrescento que não entendo o raciocínio desonesto...
ou honesto. Recuso-me a ver diferenças de opinião sob crivos morais.
Mas deixa-me acrescentar que achei imensa piada à frase...
A tua saúde é uma escolha tua. A minha também. Se prejudicares deliberada e conscientemente a minha passa a ser um problema meu....se eu deixar que o faças, por opção minha, não é um problema é uma opção. E as minhas opções são minhas. Não preciso nem de tutores. Nem de guias. Nem de polícias. Claro que preciso de quem me informe dos riscos que corro. Mas se mesmo assim os quiser correr, ninguém tem nada com isso. È a isso que chamo liberdade de escolha. E não abdico dela.

 
At 1/03/2008 1:24 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Gostaste do levantar voo puxando os atacadores dos sapatos? É uma frase que vem no livro "O despertar dos mágicos" que li nos anos 60/70.
Não percebes ou não concordas com a falta de honestidade de raciocínio? Se tu achas que poluir livremente é um direito individual!!.. E que existe liberdade de escolha!! è como presumir que lá porque no Continente existirem muitos produtos as pessoas têm liberdade de escolha nos produtos que compram. Este raciocínio é assim tão complicado?

 
At 1/03/2008 1:27 da tarde, Blogger Flor escreveu...

Portugal é mesmo pequeno
feito com pequenos
como pode esse pais evoluir ?

 
At 1/03/2008 1:36 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Ainda deixa-me dizer que uma opinião não é a mesma coisa que uma verdade. E que observação das opiniões não é o mesmo que estudar os fenómenos naturais nem os factos. E que as opiniões têm tanto mais valor quanto se aproximam da verdade sobre o assunto. Quer gostemos ou não gostemos. Quanto à moral o caso ainda é mais complicado pois, ao contrário do que muita gente afirma, a moral não é uma disciplina da igreja católica. E quando as opiniões são bem diversas da verdade sobre um assunto o que se pode observar, isso sim sem sombra de dúvida, é a moralidade de quem profere as opiniões que produz. Coisas com que a esquerda tradicional não convive da melhor maneira e a nova, ainda menos.
Agora para te apaziguar digo-te que quem se quiser estuporar pode fazê-lo por sua conta e risco que eu não vou lá pregar aos peixinhos. Até há gente a mais neste mundo como bem sabemos.
O que existe é uma falta manifesta de bom senso até porque muita gente confunde agora o bom senso dito antigamente de comum, com a propaganda divulgada pelos media. Daí que já ninguém perceba de moral e entreguem esse campo de bandeja à Igreja como território exclusivo de caça.

 
At 1/03/2008 2:56 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Não Franco, não entendo é porque se tem que apôr a qualquer raciocínio o adjectivo honesto ou desonesto.Chames-lhe ou não moral.

E não. Sabes que não acho. O que eu também acho é que achar uma vitória contra a poluição uma Lei anti-tabaco é esquecer o resto todo. Sobrestimar o tabaco e subestimar o resto.
Depois estás a esqueecer-te de um ponto fundamental, e é disso que falo quando falo em lilerdade individual:
Leste o preambulo da lei?
A parate em que se escreve que a lei se destina "às medidas de redução da procura" do tabaco.
Não vale a pena aliemntar discussões que vão noutro sentido: 1 - apoio completamente que se criem medidas que impeçam quem não queira ser ínvadido pelo fumo dos outros de correr esse risco. Isto é, concordo completamente que se criem medidas que evitem que qualquer fumador passivo possa vir a sofrer danos de um fumo que não é o seu.
2 - Reservo-me o direito de ser eu a decidir quando e se quero reduzir a procura de tabaco (pela minha parte reduzi-a completamente pois há muito que não fumo...), de calorias, de álcool, de carne, de bananas, de queijo, de espinafres...
3 - Em questões de poluição do planeta tenho sérias dúvidas que sejam os fumadores a pôr em causa o meu futuro e o dos meus filhos.
E ainda mais sérias dúvidas que quem atenta contra esse futuro seja por isso punido. Ou disso impedidos.

Neste caso concreto sabes que a propaganda divulgada pelos média é muito mais conforme com as tuas certezas...do que com as minhas dúvidas.

 
At 1/03/2008 2:57 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Helena, não entendi. Pode ser mais clara?

 
At 1/03/2008 3:29 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Como sabes nem eu nem a maioria dos portugueses leu a tal lei relativamente à qual poderei até estar em desacordo.
A meu ver o tabaco é especialmente elucidativo. Fumar é uma questão duplamente egoísta. Primeiro porque se trata de uma forma "particular à parte" de poluição e os seus defensores (do fumo) não tem onde se agarrar, nem com liberdades particulares nem colectivas - indivíduo "escolhe" a sua forma particular de poluição através do canudinho. Segundo porque isso tem consequências para os outros! Consequências negativas, prejudiciais.
Não querer ver o fumo como uma forma "particular à parte" de poluição não cabe dentro dos "direitos" que são legítimos de se reinvidicarem. E por isso mesmo também não podem caber dentro das "liberdades". Aqui não está em causa a possibilidade de poderes escolher roupa amarela ou de qualquer outra cor.
è pela mesma via de raciocínio que nunca se poderá dizer que é "legítimo" apropriar-se dos bens dos outros, isto é, roubar. Pode haver boas explicações para essa apropriação, mas daí a legitimá-las...Não pode ser. Daí eu ter referido a necessidade de aprofundamento da (fraca) natureza humana a qual, como bem sabes, é cheia de contradições que não a tornam grande, nem nobre.
Tornar a possibilidade que toda a gente tem em praticar disparates, atentados ou mesmo crimes, numa prática social a ter em conta é, a parte do raciocínio que não me parece honesta.

 
At 1/03/2008 6:05 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Concordo com este comentário do Fransisco e queria aqui deixar uma posição minha.
Que os anti tabagistas sejam muito felizes nos seus ambientes controlados pois não terão certamente a minha companhia pois já que com esta nova lei eu sou remetido para alguns sítos onde posso fumar irei aproveitá-los esperando que nenhum anti tabagista me venha incomodar aí pois o respeito e o cuidado que eu antes poderia ter acabou-se. Neste momeno é cada um no seu espaço e os não fumadores têm todo um país á disposição.
Gostava ainda de dizer que quem defende a posição que o Franco aqui defende deveria mais em preocupar-se em ser coerente e defender, a bem da saúde pública e do ar que respira, o fim dos automóveís cujas emissões de monóxido de carbono originam cancro do pulmão especialmente nas cidades, o fim da venda de tabaco pois sem o meio poluente não haveria poluidores, o cumprimento da lei nas discotecas pois os coitados que lá vão voluntáriamente não devem ser sujeitos aos decibeis que lá estão (está na lei o limite máximo) pois provoca doenças auditivas e nervosas e já agora que acabem com o maior vício dos tempos modernos o ácool cuja capacidade de viciar é superor e de mais difícil cura que o tabaco. Já que não há moral que se salve a coerencia.

 
At 1/03/2008 6:29 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Leal Franco:


Você afirma que "uma opinião não é a mesma coisa que uma verdade.
E que observação das opiniões não é o mesmo que estudar os fenómenos naturais nem os factos.
E que as opiniões têm tanto mais valor quanto se aproximam da verdade sobre o assunto."

Permita-me discordar totalmente da sua concepção de opinião, verdade e valor da verdade:

Vc afirma:

"Uma opinião não é a mesma coisa que uma verdade".
É a sua opinião

Ora, sendo uma opinião, de acordo com o que escreveu, não é uma verdade.

Logo, se a opinião de que "uma opinião não é a mesma coisa que uma verdade" é falsa,

Então é porque "uma opinião é afinal a mesma coisa que uma verdade.

Eu considero, de facto, que uma opinião é uma verdade. É a verdade individual de quem a expressa.

Também a valorização de opiniões é pela mesma razão individual.

Vc poderá ter a sua opinião , que para si se aproxima da SUA VERDADE sobre o assunto, e eu a minha oposta à sua, mas que no entanto se aproxima da MINHA VERDADE.

A MINHA opinião/verdade é que não há uma verdade absoluta sobre este ou sobre qualquer outro assunto.

Eu próprio, neste preciso momento, não estarei a escrever uma verdade ABSOLUTA, no sentido em que haverá quem não concorde comigo. Mas não deixa por isso de ser a MINHA opinião/VERDADE.

Os comportamentos anti-democráticos começam exactamente quando achamos que as nossas verdades (que afinal não são mais que as nossas opiniões) são absolutas e que portanto podem ou devem ser IMPOSTAS a outros. Independentemente das verdades dos outros, e em ultima analise da sua liberdade individual.

Mas a natureza humana é mesmo assim: Haverá sempre quem julgue, mesmo entre os que se afirmam democráticos, que a sua opinião/verdade tem tal valor, que pode e deve ser imposta aos outros. É por esta razão fundamental que determinados regimes ditos democráticos falharam: A natureza humana foi mais forte que os conceitos que a contrariaram. É preciso avançar sim, mas gradualmente, convencendo os outros das nossas verdades, e não impondo-as pela força.

É que o processo de perda de liberdade individual evolui basicamente sempre da mesma forma: 1 - Eu é que sei interpretar os fenómenos naturais e os factos. 2- Logo a minha opinião é a que mais se aproxima da verdade. 3 - Logo eu é que mando.

O sentido do texto que escrevi no Post inicial, é tão somente a minha opinião/verdade sobre o respeito que devemos ter pelas pessoas que não AGEM ou PENSAM como nós.

E este conceito aplica-se tanto a fumadores como a não-fumadores.

E aplica-se a muitos outros aspectos das nossas vidas quotidianas.


Repito : A presente lei deve ser flexibilizada, garantindo a TODOS as suas liberdades e o respeito de TODOS para com TODOS.

A bem da concórdia entre fumadores e não fumadores, da liberdade individual, do respeito pelo próximo e da prevalência do bom-senso.


PS: E com isto tudo já fumei mais meio maço.

 
At 1/03/2008 6:39 da tarde, Blogger Flor escreveu...

Vivo em França e essa lei ja começou em vigor ha um ano em certos sitios publicos e a partir deste ano o sera em mais outros sitios, e não fez assim tanta polémica.
O tabaco e o alcool são drogas ditas legais e sabemos que matam.
essa lei é simplesmente uma lei de bon senso, para respeitar a vida de cada um...
Vivemos num mundo onde ninguém respeita o outro e tudo tem de ser feito assim com leis...que fazer a isso ?
Trabalho no meio da saude, cada vez vejo pessoas mais jovems com cancros devido o tabaco o ao alcool, posso dizer que fico doente quando os vejo em fim de vida por cauza dessa droga.
E se essa lei der para salvar so mesmo uma pessoa, então acho que deve se seguir essa lei e deixar de polimicar tanto.

Penso que em Portugal ha muito outras coisas por onde se podia polimicar.

 
At 1/03/2008 6:57 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Ora vamos lá a ver...
Daniel. Decerto sabes que eu defendo o combate a todas as formas de poluição incluindo o combate às emissões de monóxido de carbono, o combate ao tabacame, etc.
Penso que nisso estamos todos de acordo, mesmo tu, que fumas. E não é por fumares que eu vou cortar relações contigo, nem vou deixar de estar contigo, como bem sabes.
O que afirmo é que não se pode ser contra a poluição em geral (como penso que muita gente é) ignorando que o fumo do tabaco é poluição.
E por isso que deve ser encarado como combate normal e saudável contra uma coisa que é prejudicial a TODOS e não apenas a ALGUNS.
E, para que quem isto afirma, possa ter razão, não precisa de andar engajado noutras lutas também importantes que existem e devem ser travadas. De acordo?
Quando alguém tem razão num assunto, não a vai perder, por estar errada noutro. Ou irá?
É por estas e por outras é que é muito necessário o ensino do português e da filosofia desde tenra idade: para que as pessoas tenham possibilidade de compreenderem o que são raciocínios lógicos, verdadeiros. e coisas assim.
Caso contrário podem falar muito e até mesmo gritar, mas não dizem nada.

 
At 1/03/2008 7:24 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Caro Francisco.
Podes tratar-me por tu. Que é que queres que eu diga? Ficaste chateado por eu escrever que aquele raciocínio era desonesto? Se ficaste peço-te desde já desculpa. Se calhar exagerei. Não foi em ti que encontrei desonestidade mas naquilo que escreveste. O que é bem diverso. Eu nem te conheço.
Aqui há muitos anos dei comigo no liceu a estudar filosofia. E lembro-me perfeitamente dum exemplo dum falso silogismo que agora recordo:
Quem tem pés tem dedos. Quem tem dedos toca guitarra - logo - uma cadeira tem pés, por isso tem dedos e, por consequência - uma cadeira toca guitarra.
Infelizmente encontro muita semelhança entre este falso silogismo e aquele que escreveu no seu comentário.
Bem me parece que não o fez por mal, nem por ignorância. Acontece que o meu caro amigo (permite-me tratar-te assim) afirmou aquilo que grande parte das pessoas afirma. E nisto reside um dos maiores problemas da democracia: a pretensão de que por haver muita a gente a fazer uma afirmação ela passa a ser uma verdade. Daí a conversa da MINHA verdade, da TUA verdade, etc. etc. para justificar aquilo que não tem justificação possível. É que existem, de facto, verdades absolutas. Quer a gente goste quer não. Quer convenha ao nosso MEU raciocínio ou de OUTREM.
É o que faz a gente entregar de mão beijada estes assuntos aos padres e outras "fezes".
Eu bem sei que a difusão das estatísticas nos faz a nós humanos parecerem ainda mais aparvalhados que o que somos na verdade. Mas caramba nós não somos estatísticas! Quando muito nós FAZEMOS as estatísticas o que é bem diferente.
E tudo a propósito de se poder fumar ou não nesta e naquela circunstância e do que cada um FAZ em relação a isso.
Para não te aborrecer mais lembro somente que temos infinitamente mais possibilidades de fazer mal do que fazer bem. "Para baixo todos os santos ajudam" costuma dizer-se.
Para se fazer BEM é complicado. Deixamos de lidar com o poder fazer isto ou aquilo e, passamos a lidar com coisas estilo "DEVER" ou não DEVER isto , aquilo ou aqueloutro.
Para mim que prezo imenso os outros ao ponto de não deixar morrer nada nem ninguém à minha pala (sou vegetariano), quero dizer respeito as pessoas, os seres. Quanto àquilo que dizem ou fazem já a coisa muda de figura. Tenho respeito apenas pelo que me parece digno e útil e nem sequer sou muito muito exigente. Apenas qb. como a maior parte.

 
At 1/03/2008 8:18 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Franco, "É que existem, de facto, verdades absolutas", Para além da inevitabilidade da morte, que verdades absolutas é que conheces (eu conheço)?
Concordo quanto ao poder e ao dever. Daí não aceitar o fundamentalismo de quem me quer apresentar verdades absolutas. Digam-me que eu não devo fumar, e têm em mim uma aliada. Digam-me que não devo obrigar quem quer que seja a levar com o meu fumo, e têm em mim uma defensora.
Digam-me que eu não posso fumar porque está em causa a minha saúde, e eu agradeço mas respondo que é um problema meu.
Digam-me que não posso fumar porque estou a poluir e eu digo-vos deixem o carro em casa, sobretudo não ousem passar com ele na Av. da Liberdade, pois por lá sou obrigada a passar demasiadas vezes e os indicadores de poluição são demasiado assustadores.

Não vale misturar as coisas.
Ou se analisa o problema do tabaco do ponto de vista da saúde ou da poluição. Misturar as duas coisas acaba por retirar credibilidade à parte da saúde...porque sabemos que estamos a exagerar dando o mesmo enfase à poluição.

,quanto á tua última frase, dceixa-me cá dizer que penso que não querias dizer o que dosseste. Ou que eu li que disseste.
"Tenho respeito apenas pelo que me parece digno e útil". Porque, então, há uma parte significativa do tempo em que não me respeitas: faço questão em fazer muitas coisas "não úteis" - presumindo que dormir, ficar literalmente especada a olhar para o tecto, sentada no sofá, durante meia hora, correr atrás do gato com um burro de borracha, ver telejornais, comer babas de camelo,são coisas não úteis...e não sei como se define dignas...a não ser á luz da minha verdade que, possivelmente não é a tua...seguramente não é absoluta, não sabendo, portanto, se nelas encaixa as coisas (todas as coisas que faço).
Desculpa lá, amigo, mas continuas com muitas certezas...e eu dá-me imenso gozo em cultivar as dúvidas. Sei lá se falar sozinha (às vezes até acho que faço gestos e tudo...) na rua quando tenho que preparar um discurso para chatear o meu patrão é digno!!! Ou útil.

Repito o que sempre disse desde o início: quero não fumar porque conscientemente concluí que não o devia fazer, porque não me apetece fazê-lo, porque me chateia o cheiro em casa de manhã, porque acho que ter que escolher lugares onde possa fumar sem incomodar ninguém dá uma trabalheira...é isso. Quero não fumar conjungando os verbos na 1ª pessoa.

 
At 1/03/2008 9:13 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Ah, vim só juntar uma notícia do Público de Janeiro de 2004:
"A Avenida da Liberdade, em Lisboa, continua a ser a zona mais poluída do país, ultrapassando os níveis de emissões de partículas inaláveis (poluente prejudicial à saúde) 131 dias num ano, quando a lei permite apenas 35.".
Se alguém me garantir que a Lei, após esta data passou a ser cumprida na Av. da Liberdade eu sou até capaz de tentar alterar a minha opinião sobre a hipocrisia da lei do tabaco...se alguem me garantir que este estado de coisas não é prejudicial para a minha saúde e de todos os que por lá passam, não por prazer ou opção. mas por necessidade, iden.

 
At 1/03/2008 9:40 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Oh Isabelinha querida
Quando se fala de tabaco, fala-se de tabaco. Quer dizer nada a ver dom aviões, facas, energia nuclear (não obrigado). Quem quiser abordar a questão do tabaco pelo lado da saúde, esteja à vontade. Quem quiser abordar pelo lado do combate à poluição tudo bem também. Ao fim e ao cabo a poluição é má para a saúde. Claro que sei que ninguém gosta que lhe imponham coisas com as quais eventualmente não concorde. Eu próprio durante um tempo ficava danado quando alguém me mandava fazer uma qualquer coisa que eu já anteriormente tinha decidido fazer. Por isso sou completamente compreensivo relativamente a isso.
Mas como conhecedor que sou doutros assunto que também envolvem a problemática da saúde, sei perfeitamente que, nem sempre essa abordagem é a mais eficaz na prossecução de bons resultados. Até porque cada um tem as suas certezas absolutas daquilo que lhe convém à sua (dele ou dela) saúdes. Prende-se com o atavismo egoísta EU È QUE SEI DE MIM!
Por isso eu prefiro abordar o tabacame pelo lado poluitivo. Posso? O da poluição particular à parte que o fumador constrói para si mesmo, para o seu umbigo mental e coisa e tal que é a sua poluiçãozinha de estimação de treta a qual tem uma IMPORTÂNCIA ENORME.
ISso não é desonestidade de raciocínio, de silogismo. Desonestidade seria dizer que como eu tenho automóvel e o automóvel polui, então, eu não posso dizer que o cigarro polui! Porra! Será que é assim tão difícil entender?
Quanto à avenida da Liberdade é verdade amiga! Estou farto de ler que é um dos locais mais poluídos do país! E ainda por cima é onde comemoramos o 25 de Abril, a liberdade! E então por eu ser morador em Lisboa e esta ter uma das mais poluídas ruas do país já não poderei dizer verdades que não convêm a alguém por exemplo sobre o problema dos postes de Alta tensão que em Lisboa não se vêem?
O problema da abordagem da saúde hoje em dia como tu até intuis é que há muitos cabrões que já estão a fazer conta com a saúde de muita gente para os poderem por a trabalhar como mão de obra barata e escrava! E não equacionam ou equacionam mal a possibilidade de combaterem essa vergonha!
É que sabes, amiga, a pior das poluições que por aí andam, é a poluição mental.

 
At 1/03/2008 9:43 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

E já agora amigos... porquÊ tantos comentários sobre o fumar e o problema de morrer de um ataque de saúde, e nem um só sobre a posta sobre a existência do Pai Natal?

 
At 1/03/2008 9:56 da tarde, Blogger cicuta escreveu...

passo a declarar:

Estou-me completamente cagando para a saúde dos fumadores podem fumar até rebentar como sapos;

O problema sou eu e a minha qualidade vida, podem rebentar mas longe de mim, pois eu tenho o direito à minha saúde e a matar-me com vícios que em nada prejudico os outros como o doces a comida condimentada o sedentarismo etc.

Estou farto de comer em locais em que qualquer alarve empesta o ambiente não só atacando a saúde do próximo como tirando o prazer de degustar uma boa comida e um bom vinho, que tantas vezes não só é um custo económico como uma expectativa de prazer.

Quando tenho que libertar flatulências bem mais urgentes e involuntárias do que um cigarro tenho o respeito pelo próximo de não o fazer. Quando tenho que tossir ou espirrar de modo não controlável tenho o cuidado de tapara a boca.

É com algum desgosto que tenho vindo a ficar desiludido com algumas pessoas que pensava que tinham mais respeito pelo próximo e que defendiam a liberdade, vejo que estava enganado quando a grande maioria do Povo que dizem defender ganhou a liberdade de poder estar em locais públicos com um mínimo de qualidade de ambiente estes vêm todos a terreiro defender os seus interesses mesquinhos com argumentos que não lembrava a nenhum déspota.

Não tarda muito passam a defender os incendiários pois a maioria destes incendeiam o País para seu prazer, não temos nada de reprimir tais actos pois pelos pontos de vista de estes intelectuais estamos a ser fascistas ambientais.

Não podemos reprimir os aceleras das estradas portuguesas, pois agem apenas por prazer e paciência se vão matando alguns cidadãos indefesos então estamos a ser fascistas comportamentais, ou será que temos que reservar 1/3 das estradas para eles poderem fazer todos os disparates?

 
At 1/03/2008 10:20 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

I rest my case

 
At 1/04/2008 12:16 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Franco, se gostas de filosofia que tal uma revisão rápida acerca de verdades absolutas?

Dogmatismo: atitude filosófica defendida por Descartes, segundo a qual podemos adquirir conhecimentos seguros e universais, e ter absoluta certeza disso.

Cepticismo: atitude filosófica oposta ao dogmatismo, a qual duvida de que seja possível um conhecimento firme e seguro, sempre questionando e pondo à prova as ditas verdades. Esta postura foi defendida por Pirro de Elis.

Relativismo: atitude filosófica defendida pelos sofistas que nega a existência de uma verdade absoluta e defende a idéia de que cada indivíduo possui sua própria verdade, que é em função do contexto histórico do indivíduo em questão.

Perspectivismo: atitude filosófica que defende a existência de uma verdade absoluta, mas pensa que nenhum de nós pode chegar a ela senão a apenas uma pequena parte. Cada ser humano tem uma visão da verdade. Esta teoria foi defendida por Nietzsche e nota-se ecos de platonismo.


Acho que a defesa de verdades absolutas como tu as defendes se encaixa mais no Dogmatismo ou no Perpectivismo (defendido por Nietzsche, ideologo do Nazismo)

Eu por mim sou mais Relativista ...

 
At 1/04/2008 10:13 da manhã, Blogger Leal Franco escreveu...

Caro Francisco
A abordagem filosófica não é bem assim. Lembras-te quando no antigo 7º ano tinhamos a disciplina de Política? Diziam que haviam vários sistemas políticos e procuravam demonstrar que o português era o mais sensato pois não dava TODO o poder ao Estado nem TODO o poder ao indivíduo. Seria então o anterior regime Relativista.
Mas a Filosofia não tem que ver com eventuais rótulos que se queiram colocar. Exemplo prático:
quando defendo uma organização da sociedade assente na protecção dos mais fracos e numa mais justa repartição dos bens estou a ser dogmático. Quando não acredito nas promessas do governo ou dos políticos - sou céptico. Etc.
Do mesmo modo, quando defendo as os direitos adquiridos - sou conservador. Quando pretendo alterar radicalmente a situação existente sou revolucionário.
Portanto, cada um de nós, adoptamos comportamentos, princípios, praticamos acções diversas, variadas que se podem classificar de muitas maneiras.
Outro exemplo: interessa a alguém que um fascista seja consequente? Não! E a um juiz, interessa? Claro!
A um ladrão, achas que ele defende o direito de roubar? Só se for roubar os outros! Vê lá se um ladrão acha bem ser roubado ele próprio? Os desonestos defendem para eles próprios a desonestidade? Lembra-te dos rígidos códigos das máfias!
Então a honestidade parece ser afinal um bem comum, uma coisa preciosa a manter tanto pelos honestos como pelos desonestos! Então não haverá honestidade? Claro que há! E TODOS aspiramos a ela mesmo os corruptos! E isso não é verdadeiro? Não é assim mesmo, absolutamente? Claro que é.
E a desonestidade não haverá? Claro que há também! Mas se é o contrário da honestidade como poderão haver as duas coisas em simultâneo e absolutas? Não podem. Só a Honestidade é verdadeira e absoluta. Tendemos para ela mas, por vezes, não a encarnamos. E pensamos que podemos tirar partido pessoal dessa trapaça! Então a desonestidade não é bem uma coisa existente! É antes a falta ou a incapacidade temporária de assumirmos uma qualidade com a qual TODOS nos identificamos.
Desculpa lá Francisco se para aqui estou a parecer tentar dar lições. Estou a tentar apenas expôr determinadas noções que a mim me parecem importantes. E não tinha outro meio de o fazer.

 
At 1/04/2008 11:41 da manhã, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Cicuta, apenas um comentário.
Espero que seja muito feliz nos teus locais livres de fumo. Sozinho, pois em 4 dias e apenas no sítio onde moro é isso que está a acontecer a quem aplaudiu esta lei. Estão nos seus espaços livres de fumo sozinhos enquanto que os outros estão em locais onde se pode fumar em alegre convívio tal como faziam antes. Foi uma questão de mudar de poiso.
Franco, a questão não é de estarmos juntos. Eu é que como criminoso que passei a ser recuso-me a entrar num desses ambientes "limpos". Quero estar com os meus companheiros criminosos mesmo que empurrados para guettos. A luta pelo livre convívio entre pessoas será feito pelos não fumadores e não por mim.

 
At 1/04/2008 11:53 da manhã, Blogger Leal Franco escreveu...

Criminoso Daniel? Passas-te a ser criminoso? Disparate! Não tens tu combatido aqui o crime? Não tens tu aqui denunciado vários tipos de criminalidade? Então porque dizes que és criminoso quando apenas estás a ser bronco. E tudo por essa coisa a que tu dás tanta importância que é fumar. Muito mais importante que isso é comer, ter uma refeição decente todos os dias. Ter uma casa decente. Um emprego decente. Uma vida decente. Cada um. E eu bem sei que tu te importas com isso e continuarás a importar. Hoje e amanhã e no futuro. Estás a ser bronco, desculpa que te diga (eu também o sou por vezes).
Não gostas do governo e eu também não. Mas estás sem argumentos decentes...

 
At 1/04/2008 4:14 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Franco sou tratado como tal e isso parece-me óbvio. Ao não se reconhecer o direito nesta nova lei de se optar (para os proprietários dos establecimentos) estou a ser ghettizado para meia dúzia de espaços. E isso é ser tratado como criminoso.
Quanto ao resto não comento. Se eu fosse fundamentalista com tanta coisa que há por aí como o são com um direito meu (sim que esta é a questão essencial porque ou ilegalizam o tabaco ou permitem-no, não se pode ter o melhor de dois mundos leia-se ambientes limpos e receitas de impostos do tabaco) seria contra meio mundo.
Já reparaste bem que com esta lei passa a ser autorizado eu injectar-me num café (sim o consumo é legal) mas não posso acender um cigarro depois. Haja Vergonha.

 
At 1/04/2008 5:30 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Tens a lei disponível? Manda-me por favor. Concordo contigo.

 
At 1/04/2008 9:52 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Caro Franco

Não gostaria de me envolver em discussões mais ou menos estéreis sobre flosofia.

Na realidade este Post refere-se à recente legislação sobre o tabaco.

No entanto, subjacente a este problema existem de facto concepções filosóficas acerca do modo como:

1 - Percepcionamos o presente

2 - Analisamos o que está bem e o que está mal

3 - Delineamos estratégias de actuação.


Tu dás um exemplo prático que na realidade, (na minha opinião=verdade) revela uma postura dogmática em relação a qualquer um dos pontos 1 a 3 que atrás descrevi.

Profundamente dogmática, no sentido literal do termo, ou seja que revela pouca flexibilidade de pensamento, e que te impede de percepcionar o presente à luz de outras realidades que não a tua, e consequentemente te conduz a posições dogmáticas sobre o que é o "bem" e o "mal". E pior ainda a tua posição infléxivel e dogmática conduz-te a posições intransigentes e irrealistas quanto ao teu modo de actuação e ao modo como o justificas.


Pegando no teu exemplo prático, vou tentar demonstrar-te que, na realidade, em todas as tuas apreciações estás sempre a seguir um pensamento do tipo "dogmático", que não tem nada de "céptico", de "relativista" e muito menos de "revolucionário".

Antes pelo contrário. O modo como percepcionas as questões, como as analisas e como pretendes alterar o presente é profundamente dogmático, porque partindo das tuas verdades absolutas, concluis que todas as outras se devem incontestavelmente submeter-se às tuas.


Afirmaste:

"A abordagem filosófica não é bem assim. Lembras-te quando no antigo 7º ano tinhamos a disciplina de Política? Diziam que haviam vários sistemas políticos e procuravam demonstrar que o português era o mais sensato pois não dava TODO o poder ao Estado nem TODO o poder ao indivíduo. Seria então o anterior regime Relativista."

Errado: (na minha opinião = minha verdade)

O Regime fascista sempre foi dogmático ao afirmar que era o melhor e "mais sensato". Concerteza nunca te puseram questões que te fizessem duvidar da "sensatez" desse regime nem te disseram " Voces pensem e decidam se o nosso regime é o melhor". Não. Eles sempre te afirmaram dogmáticamente, que era o melhor e o mais sensato. Não tinha nada de Relativista. O que eles te ensinaram eram "verdades absolutas" e inquestionáveis. Dógmáticas.


Afirmaste:

"Quando defendo uma organização da sociedade assente na protecção dos mais fracos e numa mais justa repartição dos bens estou a ser dogmático."


Certo: (na minha opinião/verdade)

Estás de facto a ser Dogmático. (Como me pareces ser de uma maneira geral- Tu não duvidas- afirmas - tens certezas absolutas - tal como as que te transmitiam no antigo 7º ano)


Afirmaste:

"Quando não acredito nas promessas do governo ou dos políticos - sou céptico."

Errado: (na minha opinião/verdade)

Quando não acreditas (por uma questão de principio) não és céptico, és dogmático. Tu tens a certeza (verdade absoluta para ti - inquestionável) que tudo o que te dizem, desde que seja dito por politicos ou sejam promessas do governo é uma mentira, falso, ou, conforme gostas de classificar as opiniões alheias - desonesto). Isso não tem nada de céptico. è mesmo Dogmatismo do mais puro e duro.



Afirmaste:

"Do mesmo modo, quando defendo as os direitos adquiridos - sou conservador."

Errado: (na minha opinião/verdade)

Não és nada conservador. ès dogmático. Essa tua frase - a de apoiares direitos adquiridos - revela-se falsa quando tu pensas em direitos adquiridos de ex-administradores de empresas com reformas milionárias. (è concerteza um direito adquirido que tu, na primeira oportunidade abolirias)
Aliás, eu perguntar-te-ia nesse caso se um fumador, não está agora a perder os direitos adquiridos de fumar nos restaurantes....)
Como vez, não tem nada de conservador. Tem sim de dogmático. Tu achas...pensas...e concluis que a tua verdade se sobrepõe às dos outros. Isso é o dogmatismo do antigo regime. Só há uma verdade. A tua. Não és capaz de PONDERAR outras opiniões/verdades.


Afirmaste:

"Quando pretendo alterar radicalmente a situação existente sou revolucionário."

Bom, em relação a essa frase nem sei o que dizer. Parece-me demasiado vaga para ser comentada.

Ser revolucionário é querer alterar a situação existente de uma forma radical?

Os promotores do 28 de maio eram revolucionários?

E os invasores do Iraque ? Alteraram "radicalmente" a situação nesse pais. São revolucionários?

Bem neste ponto os exemplos seriam tantos que acho que não gostarias que "revolucionário" fosse definido como o fizeste.



Afirmaste:

"Portanto, cada um de nós, adoptamos comportamentos, princípios, praticamos acções diversas, variadas que se podem classificar de muitas maneiras."


Errado:

A classificação das tuas acções e comportamentos depende da posição de principio com que encaras posições diferentes das tuas.
Quando algum dia entederes que a classificação das tuas opiniões está só dependente do referencial pelo qual as analisas. Outro referencial dar-te-á outra opinião.

É como o principio da Relatividade. Só percebes a que velocidade vais se o comparares com um ponto exterior. Se te fecharem as janelas do comboio onde estás não sabes se vais a 100 ou a 300.

è quanto a mim essa atua incapacidade de analise. Tu sabes a que velocidade vais mesmo quando te fecham as janelas do comboio. Não queres saber de outros referenciais para além do teu.

Por isso és dogmático em geral.


Repara tentarmos analisar as opiniões alheias não é "conservador". è provavelmente mais "revolucionário" do que tu pensas. Só conseguirás modificar as opiniões/verdades alheias quando perceberes o Relativismo das tuas e das dos outros.

Enquanto isso és dogmático e tens tendencias de comportamente pouco democráticas.

Desculpa dizer-te isto. Mas afinal é assim que tu colocas as questões. Dizes que a minha opinião é "desonesta" e depois de o dizeres dizes que não era bem isso.


Apresentas o teu texto dizendo que , enfim...eu não disse isso por igmorancia..mas implicitamente estás a dizer que eu disse algo que um ignorante podia ter dito.


Chamas "bronco" a terceiros e depois afirmas que "as vezes" tambem o és.



Bem, Franco...

Se estás apto a ouvir outras verdades que não a tua. eu terminaria dizendo-te que devias ter menos certezas absolutas. Aprender a ponderar mais na opinião dos outros. Quer afinal tambem pensam, tambem analisam e tambem concluem.

E dentro desses até há uns acham que tem o direito de fumar sem prejudicar quem não fuma.


Bem..Estou compressa, não pude o que escrevi..acho que não tem muitos erros....) Mas para bom entendedor meia palavra basta.

Um abraço

Francisco

 
At 1/05/2008 12:05 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Pois é. Poderiamos passar horas com discussões com tanto de interessante como de estéril...mas falava-se da lei do tabaco...e só assim e, jeito de PS (salvo seja), Franco, uma pergunta:
Mas afinal o que é que se faz aos fumadores?
Pondo de parte a questão da saúde, que, supostamente, a Lei salvaguarda, ainda nos resta, segundo o que dizes, a poluição.
Na rua também poluiem, presumo...proíbe-se o uso do tabaco? ou, como diz o Daniel, colocam-se em ghetos? ou obrigam-se a desintoxicações forçadas? deportam-se?

 
At 1/05/2008 12:35 da manhã, Blogger Leal Franco escreveu...

Confesso que esperava o assunto encerrado.
Tenho que me levantar cedo amanhã. Depois respondo.

 
At 1/05/2008 1:07 da manhã, Blogger cicuta escreveu...

Daniel Arruda.

Vê como podemos estar todos felizes? eu nem tanto pois no restaurante onde fui nos últimos dias em Alvalade as bichas continuam, podiam ter reduzido um pouco, dava jeito.
Quanto aos cafés na mesma zona nada noto, continua com os clientes de sempre, diria mais no último ano um café no Casal de São Brás (Amadora) proibiu o fumo passados uns meses o concorrente directo teve que proibir também se quis manter a clientela e mais estranho ainda puderam-se ver os clientes à porta a acabar de fumar o cigarro, agora parece que podem perder alguns clientes para outros mas não se nota muito.
Como vê podemos estar todos felizes com esta lei.

 

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