Ainda a lei do tabaco
Apesar de a Isabel já aqui ter falado no tema queria voltar a ele. A nova lei do Tabaco.
Para mim, como fumador, é ponto assente que a vou cumprir. É daqueles casos em que a desobediência não leva a nada. Acho muito mais útil cumprir e ver daqui a 2 ou 3 meses alguns comerciantes a fazerem esse trabalho por mim. Passo a explicar.
Eu, que passei o ano fora de minha casa, fui surprendido, quando hoje cheguei ao café que habitualmente frequento para beber a bica, ler o jornal, conversar e ver alguns jogos de futebol entre tantas outras coisas aderiu à proibição de fumar. Este café funciona, mais ou menos, como uma colectividade cá do sítio. Entrei e ia a pedir o café, mas eu gosto de acompanhar o café com um cigarro. Virei costas e saí, sem beber o café. Passei por outro café onde era proibido fumar e continuei até que vi um onde estava pessoal a fumar. Entrei e, finalmente, bebi o meu café. A inalar o meu fumo e o dos outros com mais prazer que nunca. A diferença entre este café e os outros é que este estava cheio e os outros vazios. Foi assim esta manhã e será assim aquando dos jogos de futebol na Sport TV e nas imperiais à tarde depois de um dia de trabalho. Por isso, acredito que serão os próprios comerciantes a contestarem esta lei, pois não haverá economias que aguentem o café ou bar vazio, dias após dias, durante meia dúzia de semanas quando sabemos que normalmente estes pequenos negócios se debatem diariamente com dificuldades financeiras.
Por outro lado os establecimentos nocturnos. Farei a mesma coisa e, entre amigos, já descobrimos uma nova modalidade de saídas. Comprar umas bebidas no hipermercado e ir para casa uns dos outros e ainda por cima sai muito mais barato. Aí ainda temos a liberdade. Assim, e desta forma, os fundamentalistas anti tabaco já têm todos os establecimentos limpos e só para eles. Divirtam-se.
Eu, enquanto cidadão, tenho de respeitar os outros, é um facto. Agora, neste caso ainda tenho escolha e terão de respeitar a minha opção de não ir a lado nenhum onde me seja imposto que não possa fumar e se eu e todos os outros fumadores fizerem isso de certeza que haverá mais comerciantes que fumadores a queixarem-se desta lei. Porque nós podemos fumar na rua mas eles não podem vender na rua.
Por fim, os centros comerciais e restaurantes. Concordo. Por razões distintas. É que assim arranjei a desculpa de ouro para nunca mais ir a um centro comercial (YUUUUUUPPPIIIIIIIIIIIII) e em relação aos 2os porque é o único sítio onde eu concordo que não se fume.
Por fim, e para não maçar, vejam só a hipocrizia do nosso ministro das finanças que ao mesmo tempo que proíbe o fumo vem (no dia 23 de Dezembro 2007) dizer que vai ter de rever o orçamento de estado porque em impostos relativos ao tabaco entraram o ano passaso menos 147 milhões de Euros!!!!! que o inicialmente previsto.
Etiquetas: Daniel Arruda
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Ora aí está uma posição correcta. A do Daniel. Uma contradição. Explico: pelos vistos tu aceitas, achas que a chamada lei do mercado vai funcionar, isto é, acreditas que as leis dop mercado da oferta e da procura funcionam. E aplicas isso aos comerciantes e ao acto de fumar. E qual é a contradição? É que em muitas outras coisas tens sido contra a lei do mercado e com razão, digo eu.
Pois tenho mas acho também que há situações em que deves usar as armas do inimigo. Não gosto delas mas se tiverem de ser usadas uma vez contra eles que assim seja.
É que não vejo na desobediencia qualquer vantagem desta vez. A lei está feita a que sejas tu, o cidadão, o único a ser prejudicado com isso.
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