Programa Polis na Costa da Caparica
Ontem fui á Costa da Caparica com a intenção de ver as tão faladas obras do Polis que, supostamente, vão dotar e melhorar de infra-estruturas uma zona dominada há décadas pelo caos.
Como nota prévia, há que dizer que, tal como Sócrates, eu também não sou engenheiro, pelo que algum do meu raciocínio pode estar inquinado por não saber "ler" bem as obras em curso.
Mas vamos então às obras propriamente ditas. Elas começaram bem ao acabar de vez com os abarracados que existiam em todo o espaço atrás do pontão, que ia do Restaurante Barbas (já ganhei uma caldeirada com esta publicidade) até ao Parque de Campismo. Ficou por isso um imenso espaço livre em toda a zona por detrás do pontão. A segunda medida que ficou visível foi o acabar com as esplanadas também elas, na esmagadora maioria, sem condições e de aspecto degradante. No meio de tudo isto, e se bem se lembram, tivemos as marés que puseram em risco um do parques de campismo da Costa e que comeram o que restava de praia naquela zona, estando o mar, neste momento, encostado ao pontão sendo que, com sorte, na maré baixa vislumbramos 3 a 5 metros de areal, pois o mar reclamou o que era seu por direito na ordem dos 800m em 4 anos. Ou seja, quero dizer com isto que efectivamente a praia desapareceu na vila da Costa da Caparica em mais de 70% da sua extensão.
Por isso, as obras do Programa Polis são tão importantes. Para devolver a praia à vila, pelo menos era para isso que eu pensava que iria servir esta obra.
Ontem vi que me enganei. O espaço limpo de abarracados serve agora para construir um parque de estacionamento ordenado e está a ser construída aquilo que me parece uma segunda barreira de protecção do mar e no lugar das esplanadas abarracadas estão a ser construídos novos apoios de praia assentes em cimento e feitos de estrutura de ferro.
No entanto fica a faltar o mais importante na Vila. A praia propriamente dita e mais, fica a faltar um plano que permitisse devolver a praia a onde ela pertence.
Muitas teorias foram já apresentadas para o desaparecimento da praia sendo que só uma me parece minimamente consensual (e este tema é fulcral quando falamos naquelas praia e no impacto do programa Polis) porque é defendida por pescadores, cientistas e, já agora, por surfistas, as pessoas que melhor conhecem o mar e suas marés. Toda a língua de areia que existia da Trafaria (+/-) até ao farol do Bugio, e que se via na maré baixa foi consumida nas obras da Ponte Vasco da Gama pelo que aquela barreira natural que a natureza construiu ao longo de décadas foi eliminada, alterando completamente o sentido das marés e fazendo com que o mar chegue com mais força à costa. Ora enquanto não se resolver este problema estamos a deitar dinheiro à rua com obras que daqui a 4 ou 5 anos estarão desajustadas pois, não tenhamos ilusões, o mar vai galgar o pontão mais cedo ou mais tarde.
Os apoios de praia agora construídos ficarão bem assentes como estão só que ficarão dentro de água e os parques de estacionamento não servirão para nada pois não haverá nada a fazer ali.
De facto eu esperava um Programa Polis abrangente ,que requalificasse a zona mas que emendasse os erros ambientais cometidos anos atrás, não que seja um visitante assíduo da Vila, que não sou. Prefiro as praias do sul, a caminho da Fonte da Telha, mas porque aquela zona faz falta, ainda mais quando se prevê o alargamento da rede de Metro Sul do Tejo (MST) até á Costa da Caparica com o consequente despejar de milhares de pessoas naquelas ex praias. Pelo que é dado a ver nada disso está a ser feito e se eu já várias vezes defendi a Câmara de Almada na sua teimosia, e o caso do MST é disso exemplo, desta vez não consigo compreender como se insiste no erro de fazer um Polis que por ter arrancado muito atrasado ficou desajustado da realidade que hoje vivemos naquela zona. Este desenho fazia sentido há 10 anos. Hoje não.
Como nota prévia, há que dizer que, tal como Sócrates, eu também não sou engenheiro, pelo que algum do meu raciocínio pode estar inquinado por não saber "ler" bem as obras em curso.
Mas vamos então às obras propriamente ditas. Elas começaram bem ao acabar de vez com os abarracados que existiam em todo o espaço atrás do pontão, que ia do Restaurante Barbas (já ganhei uma caldeirada com esta publicidade) até ao Parque de Campismo. Ficou por isso um imenso espaço livre em toda a zona por detrás do pontão. A segunda medida que ficou visível foi o acabar com as esplanadas também elas, na esmagadora maioria, sem condições e de aspecto degradante. No meio de tudo isto, e se bem se lembram, tivemos as marés que puseram em risco um do parques de campismo da Costa e que comeram o que restava de praia naquela zona, estando o mar, neste momento, encostado ao pontão sendo que, com sorte, na maré baixa vislumbramos 3 a 5 metros de areal, pois o mar reclamou o que era seu por direito na ordem dos 800m em 4 anos. Ou seja, quero dizer com isto que efectivamente a praia desapareceu na vila da Costa da Caparica em mais de 70% da sua extensão.
Por isso, as obras do Programa Polis são tão importantes. Para devolver a praia à vila, pelo menos era para isso que eu pensava que iria servir esta obra.
Ontem vi que me enganei. O espaço limpo de abarracados serve agora para construir um parque de estacionamento ordenado e está a ser construída aquilo que me parece uma segunda barreira de protecção do mar e no lugar das esplanadas abarracadas estão a ser construídos novos apoios de praia assentes em cimento e feitos de estrutura de ferro.
No entanto fica a faltar o mais importante na Vila. A praia propriamente dita e mais, fica a faltar um plano que permitisse devolver a praia a onde ela pertence.
Muitas teorias foram já apresentadas para o desaparecimento da praia sendo que só uma me parece minimamente consensual (e este tema é fulcral quando falamos naquelas praia e no impacto do programa Polis) porque é defendida por pescadores, cientistas e, já agora, por surfistas, as pessoas que melhor conhecem o mar e suas marés. Toda a língua de areia que existia da Trafaria (+/-) até ao farol do Bugio, e que se via na maré baixa foi consumida nas obras da Ponte Vasco da Gama pelo que aquela barreira natural que a natureza construiu ao longo de décadas foi eliminada, alterando completamente o sentido das marés e fazendo com que o mar chegue com mais força à costa. Ora enquanto não se resolver este problema estamos a deitar dinheiro à rua com obras que daqui a 4 ou 5 anos estarão desajustadas pois, não tenhamos ilusões, o mar vai galgar o pontão mais cedo ou mais tarde.
Os apoios de praia agora construídos ficarão bem assentes como estão só que ficarão dentro de água e os parques de estacionamento não servirão para nada pois não haverá nada a fazer ali.
De facto eu esperava um Programa Polis abrangente ,que requalificasse a zona mas que emendasse os erros ambientais cometidos anos atrás, não que seja um visitante assíduo da Vila, que não sou. Prefiro as praias do sul, a caminho da Fonte da Telha, mas porque aquela zona faz falta, ainda mais quando se prevê o alargamento da rede de Metro Sul do Tejo (MST) até á Costa da Caparica com o consequente despejar de milhares de pessoas naquelas ex praias. Pelo que é dado a ver nada disso está a ser feito e se eu já várias vezes defendi a Câmara de Almada na sua teimosia, e o caso do MST é disso exemplo, desta vez não consigo compreender como se insiste no erro de fazer um Polis que por ter arrancado muito atrasado ficou desajustado da realidade que hoje vivemos naquela zona. Este desenho fazia sentido há 10 anos. Hoje não.
Etiquetas: Daniel Arruda
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Um dia destes vou à costa...ver o tal Pollis ao vivo!!
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