Da manif de ontem
Foto Portugal Diário
Ontem, 100.000 professores sairam à rua para manifestarem a sua oposição às medidas que a Ministra da Educação quer introduzir nas Escolas. Os professores mostraram um cartão muito mais que vermelho à Ministra e ao Governo. E a Ministra e o Governo, continuaram a assobiar para o lado. A ministra diz que compreende...mas que não vai mudar um milímetro das suas políticas. Sócrates dizia há uma semana que não vai acabar esta Legislatura sem introduzir ESTA avaliação nas Escolas.
De opção política passou-se a mera teimosia. E naquela imagem das duas mãos cruzadas, a ver quem derruba primeiro a mão do outro, os professores, ontem, deixarem a Ministra e Sócrates com as mãos em baixo.
A mobilização e o descontentamento ultrapassaram muito os clichés da manipulação que Santos Silva, num ataque de insanidade mental, falava na véspera. E até o PSD e o PP, Partidos que durante décadas, fizeram com o PS estas escolas vêm agora dar o seu apoio, duma forma populista e hipócrita, aos professores em luta..
A avaliação em cima do joelho que a Ministra quer introduzir é injusta, é burocrática e nada trará de positivo na Educação em Portugal. Não aposta nos melhores, aposta nas falcatruas das notas dos alunos, na falta de lógica da opinião dos pais (quando os pais nem a reuniões de Pais, normalmente, vão e a maioria das vezes só conhecem os professores dos seus filhos pelas notas que estes lhe dão), aposta no centralismo e na standardização. Como se um bom professor numa escola de uma bairro problemático dos arredores de uma metrópole, se pudesse “medir” da mesma forma que um bom professor numa escola do centro de Lisboa ou de uma vila do interior. Coloca professores a analisar outros professores, com a justificação patética que a Ministra deu no Prós e Contras, que estão habituados a avaliar...alunos.
Depois de ter tentado fazer dos professores os bodes expiatórios de tudo o que na Escola não funciona, a Ministra e Sócrates, teimosamente, querem provar que tinham razão: são todos os vilões que não querem ser avaliados. Uns vilões manipulados, ainda por cima. Mas que a Sra. Ministra, na sua benevolência, até entende...não pode é fazer nada, coitada.
....
Dito isto, umas notas, talvez, dissonantes.
Gostaria de ver nesta força e neste empenho dos professores na defesa dos seus direitos umas palavras de ordem e uma mobilização na defesa da Escola Pública. Da Escola Pública de qualidade.
Gostaria que o meu filho, no 12º ano, ontem não me tivesse dito que os professores têm muita vontade de fazer manifestações contra o Ministério mas estão-se “borrifando” para ele, quando quer fazer Física e lhe sai na rifa Biologia...ou quando anda a bater à porta de uma quantidade deles para ser o seu patrono nas Olimpíadas de Física...e leva negas, ou encolher de ombros desmotivadores.
De opção política passou-se a mera teimosia. E naquela imagem das duas mãos cruzadas, a ver quem derruba primeiro a mão do outro, os professores, ontem, deixarem a Ministra e Sócrates com as mãos em baixo.
A mobilização e o descontentamento ultrapassaram muito os clichés da manipulação que Santos Silva, num ataque de insanidade mental, falava na véspera. E até o PSD e o PP, Partidos que durante décadas, fizeram com o PS estas escolas vêm agora dar o seu apoio, duma forma populista e hipócrita, aos professores em luta..
A avaliação em cima do joelho que a Ministra quer introduzir é injusta, é burocrática e nada trará de positivo na Educação em Portugal. Não aposta nos melhores, aposta nas falcatruas das notas dos alunos, na falta de lógica da opinião dos pais (quando os pais nem a reuniões de Pais, normalmente, vão e a maioria das vezes só conhecem os professores dos seus filhos pelas notas que estes lhe dão), aposta no centralismo e na standardização. Como se um bom professor numa escola de uma bairro problemático dos arredores de uma metrópole, se pudesse “medir” da mesma forma que um bom professor numa escola do centro de Lisboa ou de uma vila do interior. Coloca professores a analisar outros professores, com a justificação patética que a Ministra deu no Prós e Contras, que estão habituados a avaliar...alunos.
Depois de ter tentado fazer dos professores os bodes expiatórios de tudo o que na Escola não funciona, a Ministra e Sócrates, teimosamente, querem provar que tinham razão: são todos os vilões que não querem ser avaliados. Uns vilões manipulados, ainda por cima. Mas que a Sra. Ministra, na sua benevolência, até entende...não pode é fazer nada, coitada.
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Dito isto, umas notas, talvez, dissonantes.
Gostaria de ver nesta força e neste empenho dos professores na defesa dos seus direitos umas palavras de ordem e uma mobilização na defesa da Escola Pública. Da Escola Pública de qualidade.
Gostaria que o meu filho, no 12º ano, ontem não me tivesse dito que os professores têm muita vontade de fazer manifestações contra o Ministério mas estão-se “borrifando” para ele, quando quer fazer Física e lhe sai na rifa Biologia...ou quando anda a bater à porta de uma quantidade deles para ser o seu patrono nas Olimpíadas de Física...e leva negas, ou encolher de ombros desmotivadores.
Gostaria que ontem, no meio de uma conversa longa, não tivesse havido um logo silêncio antes que ele me dissesse “um professor que me marcou...ora deixa cá ver...não estou a ver...olha a MJ da primária e o Director de turma do 5º ...lembras-te, o que no final da aula, terminava sempre um bocadinho mais cedo e falava connosco dos nossos fim-de-semana, dum filme que ia estrear ou me deixava falar a mim de estrelas e ao Hugo de mergulho...foram esses.”.
Voltando à primeira nota, talvez, dissonante: gostaria de ver 100.000 professores na rua a lutarem também para que nas aulas tivessem tempo e disponibilidade para falarem, um bocadinho, de estrelas ou de mergulho...e a lutarem para terem tempo, condições, disponibilidade e vontade, de deixarem marcas nos seus alunos.
Voltando à primeira nota, talvez, dissonante: gostaria de ver 100.000 professores na rua a lutarem também para que nas aulas tivessem tempo e disponibilidade para falarem, um bocadinho, de estrelas ou de mergulho...e a lutarem para terem tempo, condições, disponibilidade e vontade, de deixarem marcas nos seus alunos.
Etiquetas: Isabel Faria
11Comenta Este Post
Quando professores DE ESQUERDA, vão para se integrar numa manifestação que se pretendia UNITÁRIA e sem aproveitamentos partidários,e em plena Av. da Liberdade vêem a cabeça da manifestação parar junto ao Hotel Vitoria, SEDE DO PCP, para que Benardino Soares e mais uma duzia de figurôes do PCP, virem, descaradamennte cumprimentar Mario Nogueira, o homem que o PCP escolheu, para colocar á frente da Fenproof, qual pensam que foi a sua reacção...
Pois, dar meia volta e continuar segunda-feira a luta em defesa da escola publica, e contra o que de mais gravoso e incompetente tem esta reforma do PS , para o ensino público .
A atitude do PCP nesta manifestação deve ser CONDENADA, e não silenciada a pretexto de qualquer unidade FALSA da classe.
Anónimo, não estive, por razões pessoais, na Manifestação. Li, algures, um comentário quaqluer a essa paragem, mas não o suficinete para, sem correr o risco de não ret sido bem assim, fazer qualquer alusão a isso no post.
Mas não me espanta. Concordo contigo, no entanto, da mesma forma que denuncio o populismo e a hipocrisia de Menezes quando apoia os professores, se devem publicamente denunciar estes comportamentos.
O PCP não muda. E, apesar de saber que esta luta dos professores ultrapassa em muito a sua capacidade de mobilização e foge ao seu controle, não perde oportunidade de "se mostrar".
Mas como disse não estive lé e não vi.
Não silenciei nada. Omiti, em nome de algo que considero esencial: a credibilidade que devemos procurar ter quando falamos. E que passa por sabermos exactamente sobre os factos...para sobre eles opinarmos.
Obrigada pela tua inforamção.
Muita, muita dorzinha de cotovelo têm estes parvos armados em mete nojo.
Ainda bem que o PCP não muda, farto de troca-tintas estamos todos.
O Isabel, farto fiquei eu da conversa de há pouco ( nada sei de acentuação, como é claro para eventuais leitores, ainda por cima enfiado nos não honestos, tema a que estou muito sensível. Mantenho o meu firme repúdio pelo tamanho exagerado dos decotes da MEN, mas o pior á pra ela.
julgo que não se pode ver a avaliação desligada dos diplomas da carreira e da gestão unipessoal.
A carreira, até agora única, para educadores de infância, profs. dos básico e secundário, é agora artificialmente quebrada em duas, titulares não titulares, com quotas nunca explicáveis em termos de recursos humanos, talvez explicavei s em termos de recursos financeiros, esta política vista do ponto de vista do capitalismo neoliberal.Os não titulares, agora escolhidos, na maioria por razões aleatórias e armadilhadas, não progidem para alem de cero nvel na carreira baixinha,
Na gestão não pode esquecer-se que, uma vez escolhido o director, ele nomeia quase todoe oe outros cargos,os que vão ter real importância na vida da escola.
Assim no essencial a luta parece-me justa, sem o que nunca se obteria uma unidade, hoje real, mas no fundo pontual pra alguns.Clara mente errada parece-me a atitude do pcp, que parece apostado em desfazer já as unidades construidas, fazendo o seu brilharete e fazendo parar muitos quando as coisas se complicam.
FJ, essa dos decotes deixou-me, digamos que ...sem reacção. Nunca tinha visto a coisa por esse prisma, e, concordo, não é um prisma bonito de se ver :))))
Eu não tenho dúvidas sobre a justeza da luta. Gostaria era de a ver não só na defesa (justa) dos direitos dos professores mas também alargada à defesa de uma Escola Pública de qualidade.
Agora claro que as medidas de que falas, para além de não trazerem qualidade à escola, retiram direitos e apresentam propostas eradas e /ou impossíveis de levar á prática.
Quanto ao PCP...pois, quanto ao PCP, já não nos surpreende.
Assim foi e assim será.
Quando acentuei a justiça não me dirigia a ti. A muitos anónimos, aos que clamam por a razão aluno/ professor ser baixa nos conservatórios (?!!! ),mas tão caladinhos com os submarinos, e casos tão ou mais caros e graves esses realmenteprejudiciais ao pa´`is ( passo a colocar 2acentos, assim 1 está certo ). Escrúpulos selectivos, muito selectivos mesmo, até dá que pensar.
Agora desculpa o cororativismo , parece-me mais do que tempo de voltar ? ) á luta dos trabalhadores qie exercem "funções públicas,( por enquanto)menos mediaticos, mas ainda mais prejudicados. O novo diploma sobre ´´vínculos e carreiras "é sinistro, autoestrada para a privatização e precaridade.E protestar depois de entrar em vigor, ao gosto de uita gente, não costuma levar a nada.
Não virá a propósito, mas li ontem uma entrevista de Sá Fernandes. Que peça tão fraca!Atá tinha uma proposta para lhe fazer, a criação de um circuito de manutenção no cemitério do alto de S. joão, mas fiica para quando houver outro vereador do BE: E nota que seria fracturante.
Quando acentuei a justiça não me dirigia a ti. A muitos anónimos, aos que clamam por a razão aluno/ professor ser baixa nos conservatórios (?!!! ),mas tão caladinhos com os submarinos, e casos tão ou mais caros e graves esses realmenteprejudiciais ao pa´`is ( passo a colocar 2acentos, assim 1 está certo ). Escrúpulos selectivos, muito selectivos mesmo, até dá que pensar.
Agora desculpa o cororativismo , parece-me mais do que tempo de voltar ? ) á luta dos trabalhadores qie exercem "funções públicas,( por enquanto)menos mediaticos, mas ainda mais prejudicados. O novo diploma sobre ´´vínculos e carreiras "é sinistro, autoestrada para a privatização e precaridade.E protestar depois de entrar em vigor, ao gosto de uita gente, não costuma levar a nada.
Não virá a propósito, mas li ontem uma entrevista de Sá Fernandes. Que peça tão fraca!Atá tinha uma proposta para lhe fazer, a criação de um circuito de manutenção no cemitério do alto de S. joão, mas fiica para quando houver outro vereador do BE: E nota que seria fracturante.
FJ, eu percebi que não era comigo.
Pois...a entrevista...olha prometi a mim própria que não iria falar disso publicamente antes da próxima Mesa Nacional do Bloco.
Mas também não encontro outro adjectivo para a caracterizar.
Quanto ao circuito de manutenção no Alto de S. João...pois, com essa me quedaste. È que eu tenho um verdadeiro horror a cemitérios...já me é difícil sair de casa para dar uma corridinha...agora no Alto de S. João??!!!
´`E um grande espaço ao ar livre, com fortes inclinações, bom ar, excepcional em Lisbo nesse aspecto e ´`e uma verdadeira proposta fracturante e mediática.Por outro lado com o aumento de formas diferenciadaalternativas e mais ecol´`ogicas tem de resolver-se rápido, antes que aquilo d^em condomínio fechado melo espirito santo e s.joão lda.Bom com esta spiadas idiotas devo j´`a devo ter feito boa parte da cararse. Desculpem, não têm culpa nenhuma.
PSD:o que va diz silva diz traduz-se em que "s´`o" sete mil profs. podem não ser .
NÃO ESQUEÇAM O QUE ESTÀ A ACONTECER AOS RESTANTES L; com os media não se pode contar muito.
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