13 de Maio (parte III)
Quem ouve os discursos (sim que aquilo não são missas, são discursos políticos) dos cardeais em Fátima por estes dias não pode deixar de sorrir, ou rir, se for pouco crente como eu.
Fala-se de tudo, desde a beatificação dos pastorinhos à guerra do Iraque. Mas fala-se também de pobreza e de miséria, que não a espititual. E é aí que está a piada e eu já nem vou falar do Vaticano, vou-me ficar por Fátima. A piada está na obesidade financeira daquele "santuário". Como é que alguém pode gastar 70 000 000 de Euros numa nova igreja topo de gama e depois vir falar da miséria deste país? Da fome, imagine-se. Será que os padres não reparam na obscenidade que estão para ali a fazer? E depois ainda pedem dinheiro ao Estado, via Concordata e favores nos impostos. Onde estão os recibos dos donativos. Para que serviram. De onde vem o dinheiro.
Fátima era um embuste. Para mim sempre o será. Mas cada vez mais se está a tornar numa fábrica de dinheiro, sem escrúpulos e de ambição desmedida, contrariando a vontade desse Cristo em que eles acreditam que criticava Babel pelas suas venerações aos materiais em vez da verdadeira fé. Que criticava o culto da sumptuosidade em vez da simplicidade da fé.
Apetece-me dizer que se Cristo ainda estivesse no túmulo estaria a dar voltas de desespero, mas, pelos vistos, ele foi mais visionário. Fugiu enquanto era tempo para não ver o que as pessoas iriam fazer com o que ele, supostamente, construiu.
Etiquetas: Daniel Arruda
2Comenta Este Post
Bem, amigo, o 13 de Maio solta mesmo essa tua veia anti-clerical!!!
(ah, desculpa lá eu alterei os cristos do teu post...e coloquei Cristos...oh, pá não ralhes comigo...mas a minha veia é mais canininha...).
Pode ser. Se Cristo for nome próprio.
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