Até pode ser genético, mas, na volta, é político...
É muito positivo que a CML tenha aprovado que o projecto de recuperação da zona riberinha vá a discussão pública. Assim como é muito positivo que qualquer projecto de recuperação ou de alteração, qualquer empreendimento, a construir na zona ribeireinha tenha que ser discutido e só posso ser efectuado com o aval da CML.
Tenho, no entanto, um problema, político, cultural, talvez até genético, que me impede de me debruçar e discutir seriamente se concordo ou discordo da criação de praias fluviais em Marvila, de um heliporto em Santos ou se a linha férrea em Alcântara ou em Belém devem ser subterrâneas.
Tenho, no entanto, um problema, político, cultural, talvez até genético, que me impede de me debruçar e discutir seriamente se concordo ou discordo da criação de praias fluviais em Marvila, de um heliporto em Santos ou se a linha férrea em Alcântara ou em Belém devem ser subterrâneas.
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Esta manhã dei-me ao trabalho de contar quantas casas degradadas encontro no caminho que faço entre a minha casa e a empresa. Todas as manhãs, quando tenho preguiça de vir a pé, faço um percurso de cinco minutos de autocarro para ir para o serviço. Contei, só de um lado da rua (no regresso vou contar do outro), nove edifícios degradados, dos quais quatro emparedados. No centro da cidade.
Enquanto não me explicarem como faço para pensar em heliportos sem resolver o problema da habitação em Lisboa, não sei discutir se Santos será melhor ou pior local para construir um, do que o Poço do Bispo.
Enquanto não me explicarem para que servem praias fluviais com ondas, se Lisboa está, fruto da degradação e da especulação, cada vez mais deserta, não sei decidir se Marvila será o sítio indicado para fazer surf.
Já agora, enquanto não me explicarem de onde vem o dinheiro para todos estes projectos, presumindo que estes projectos não são, apenas, ficção, demagogia ou eleitoralismo, não consigo pensar se a linha de caminho de ferro fica melhor debaixo do chão ou no ar.
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Por isso, vou esperar mais algum tempo para me debruçar sobre o projecto da zona ribeirinha de Lisboa. Com o descanso que me dá, não ter nenhum heliporto planeado para a Calçada de Santana, mas com alguma tristeza por não estar planeado que possa fazer surf no lago do Campo Santana...
Enquanto não me explicarem como faço para pensar em heliportos sem resolver o problema da habitação em Lisboa, não sei discutir se Santos será melhor ou pior local para construir um, do que o Poço do Bispo.
Enquanto não me explicarem para que servem praias fluviais com ondas, se Lisboa está, fruto da degradação e da especulação, cada vez mais deserta, não sei decidir se Marvila será o sítio indicado para fazer surf.
Já agora, enquanto não me explicarem de onde vem o dinheiro para todos estes projectos, presumindo que estes projectos não são, apenas, ficção, demagogia ou eleitoralismo, não consigo pensar se a linha de caminho de ferro fica melhor debaixo do chão ou no ar.
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Por isso, vou esperar mais algum tempo para me debruçar sobre o projecto da zona ribeirinha de Lisboa. Com o descanso que me dá, não ter nenhum heliporto planeado para a Calçada de Santana, mas com alguma tristeza por não estar planeado que possa fazer surf no lago do Campo Santana...
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O tom algo irónico tem só a ver com o facto de sempre me fazer confusão imaginar que se pode comprar um Ferrari quando não temos dinheiro para um Mini em 2ª mão...parece que a CML está nesse estado, pelo que me têm dito.
Mas que ninguém veja isto como qualquer tique de velho do Restelo...apenas, não sou capaz de levar a sério. Mas, na volta, é mesmo genético.
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Etiquetas: Isabel Faria
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