Basta pensar no melhor de Sócrates e de Ferreira Leite, e a gente chega lá....
"É óbvio que PS e PSD devem concorrer às eleições legislativas sozinhos, clarificando o mais concretamente que conseguirem aquilo que os diferencia, e cada um batendo-se em conformidade por uma maioria absoluta.Só que isso não implica, se nenhum deles a conseguir, que não possam depois unir o melhor de cada um deles para, em conjunto, salvarem Portugal." Vasco da Graça Moura, in Público.
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Reparem bem nas disficuldades que a execução deste pensamento de Miguel da Graça Moura, acarreta. Tadinhos do PS e do PSD.
A parte de o PS e o PSD conseguirem em campanha, clarificar o que os diferencia, já é uma tarefa hérculea. Também é verdade que ele junta o advérbio "concretamente", pois assim, no geral e no abstracto, ninguém lá deve conseguir chegar...
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Depois há a parte do "melhor de cada um deles". Esta parte é a mais fácil de entender. Qualquer um de nós, conhecendo José Sócrates e Manuela Ferreira Leite, sabe, "concretamente" do que fala Miguel da Graça Moura.
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É claro que depois, os nossos pobres e esforçados Partidos do Centrão, vão ter que se esforçar ainda mais para nos explicar como vão salvar Portugal. Desde há 30 anos que estão, ora um, ora outro, ora os dois, como lembra VGM, naquele longíncuo ano de 1983, a fazer deste Pais o que é hoje.
Isto soa assim mais ou menos a vermos um incendiário de uma qualquer mata deste país, de mangueira em punho a tentar salvar aquilo a que acabou de deitar fogo. Só mesmo algum incauto acreditará que a mangueira deita água...
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Também há outra parte engraçada no texto. É quando o colunista do Público escreve que a convergência poderá não ser de Governo, mas Parlamentar.
Para quem conhece o PS e o PSD, tá-se mesmo a ver, qualquer um deles, no Parlamento, a viabilizar um Governo e um programa, sem poderem satisfazer, em troca, toda a clientela partidária, que neles pulula.
Aliás, o que mais caracteriza o PS e o PSD é o seu desapego ao Poder e o seu altruísmo. Qualquer um deles, sonha, em estar no Parlamento a viabilizar um Governo do outro, em que não possa dividir lugares de Ministros, secretários, directores-gerais, adjuntos, administradores de empresas públicas e afins.
Como escreve MGM basta pensarmos no "melhor deles" para lá chegar.
Etiquetas: Isabel Faria
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