Triste
Já aqui disse várias vezes por aqui que sou alemão de nascimento, saloio de criação e da Margem Sul por casamento. Então dizer isto de novo para quê? Porque a minha terra de criação, Loures, tem estado na berra nos últimos dias. Resmas de páginas de jornais já foram impressas e milhares de caracteres usados com barbaridades das maiores e das menores. felizmente algunmas coisas acertadas também como por exemplo o post da Isabel, lá mais para baixo.
Ontem fui, á terra, como se costuma dizer e a exemplo daquilo que acontece cada vez mais frequentemente não a reconheço. Na 6ª Feira começaram as festas e eu resolvi ir ver como paravam as modas. Param mal. Há partes da festa que são quase interditas. Só um exemplo. O meu filho tentava, e já vão entender o tentava, brincar nos insufláveis quando estes começaram a perder o ar. Perguntei ao responsável se havia algum problema ao que ele me respondeu que não, mas que havia confusão a mais, miúdos demasiado grandea a brincarem ali e que poderiam aleijar outros. tive de concordar perque de facto o meu que não é pequenos para a idade estava com dificuldades em arranjar o seu espaço. mas perguntei porque não se pode apenas pedir a quem está mal que saia. A resposta foi pronta. se conseguir está á vontade, mas depois não se queixe das represálias. Os miúdos eram ciganos.
Mas não só de ciganos vou falar. Mais acima, numa zona "jovem" da festa encontrei um grupo que incluia aqueles que provavelmente assaltaram a casa da minha mãe. Digo provavelmente porque infelizmente não há certezas. Numa zona movimentada da feira um deserto. Á volta deles não estava ninguém. E não estava porquê? Porque eles estavam tão pedrados e outros tão bébados que ao mínimo deslize havia ali confusão. É que para além de parvos têm a mania que são maus e estes eram tugas e branquinhos da silva.
Podia continuar aqui a descrever o que vi mas nem me apetece. Porque me entristece. Porque Loures (o concelho e não só a cidade) está agora a pagar todos os erros cometidos ao longo de anos de governação nacional e local sem o mínimo critério social. E pior que os erros cometidos é ver que os erros continuam a ser cometidos. São os erros de Severiano Falcão, presidente da CM Loures durante muitos anos. São os erros de Demétrio Alves, por ventura o maior incompetente que já passou em Loures e são os erros de Carlos Teixeira que tem todos os defeitos da linha socrática que seria fastidioso enumerá-los. Mas não se pense que estes são os únicos responsáveis. O problema é que seria muito fastidioso enumerar todos os vereadores e restantes pseudo responsáveis que parasitam ou parasitaram esta camara municipal.
Mas o que é facto e para isso as desculpas não servem, é que Loures se tornou naquilo que está á vista. Um enorme ghetto social. Por um lado pelas pessoas a que convencionou chamar desfavorecidas que foram em muitos casos empurradas para os bairros ditos sociais que não passam de escolas de marginalidade tanta foi a falta de critério na construção dos mesmos bairros. É que não vamos confundir as coisas. As ajudas que são dadas devem ser dadas a quem merecem. Os marginais não precisam de ajuda. Precisam de prisão.
Mas Loures é um enorme ghetto porque as rstantes pessoas também se sentem presas nos seus locais porque se instalou o medo de saír de casa.
Nesta altura é fácil culpar os ciganos que de facto têm culpas no cartório. Mas é preciso mais que isso. É preciso reponsabilizar os responsáveis políticos. As forças de segurança que nunca actuaram e olhem que estes problemas não são de hoje. Tinha eu 16 anos e eram "famosas" as batalhas com um grupo de Sto António dos Cavaleiros e que se intitulava de "Black Power". É preciso mais que nunca mudar as políticas sob pena de termos em Loures um problema muito mais grave do que o que já está agora.
Etiquetas: Daniel Arruda
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Bem visto.
Não faz muito tempo levantei um problema semelhante no Conselho Municipal de Segurança do Seixal.
Perguntava eu: Como é que é possível aceitar que em determinados bairros do concelho, algumas empresas recusem fazer entregas ao domicílio(ex. Worten e Tele-pizza).
O responsável de uma das forças de segurança riu do problema e disse que até roubavam a motoreta ao distribuidor da tele-pizza.
Não percebeu que o problema não é das empresas, é político.
É politicamente estranho que se aceite que em determinados bairros, os moradores não tenham os mesmos direitos que os restantes portugueses.
O imbecil das forças de segurança nunca perceberá que isto é que é insegurança.
Concordo, é triste.
Para haver vontade política haveria que repensar tanta coisa. Pensar dá muito trabalho. Assobiar é bem mais fácil.
(obrgado por não chamares bárbaro ao meu post...LOL).
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