A nossa escolha
A nossa escolha hoje saíu-me de forma natural. Depois de ler as declarações de ontem de Manuela Ferreira Leite, a múmia gémea da múmia Cavaco Silva em que a líder do PSD numa manifestação xenófoba diz que ".... as obras públicas que o Governo planeia só ajudariam a combater o desemprego na Ucrânia e em Cabo Verde..."
Poderiamos pensar que era mais um lapso de lingua da nossa Sarah Pallin mas infelizmente não o é. Ferreira Leite é assim por muito que não se goste. Ferreira Leite é anti social. Ferreira Leite não vê para além do seu umbigo favorecido e do seu rabo nascido virado para a lua. Ferreira Leite despreza os pobres e todos os que não têm o seu status. Em suma Ferreira Leite é um ser como há muito a política portuguesa não tinha.
Por isso me lembrei desta canção escrita pelo Pac Man para o Sr. Presidente da República mas que assenta que nem uma luva a Ferreira Leite. É pena o som não ser dos melhores mas foi a versãoq ue encontrei. Se quiserem ouvir melhor podem clicar aqui e escolher Músicas / "Negócios Estrangeiros". Mas o que me interessa mesmo é a letra e essa fica a qui em baixo para quem quiser ler.
A minha escolha com dedicatória.
Já foi ao Intendente, Sr Presidente?
Compreendo que tenha pouco tempo,
Cada movimento precisa de um documento,
Isso é algo que eu consigo compreender
Mas, precisa de ver, Sr. Presidente, os seus próprios
olhos, têm um olhar diferente de toda a gente.
Deixe em casa os óculos de ver ao longe,
a realidade não foge,
A realidade está sentada e espera toda a noite por nada,
ou encosta-se a uma parede,
Talvez com fome, talvez com sede.
Fumo um cigarro no infinito,
Descubro na escuridão 1 grito, dentro de si próprio.
A realidade chegou à 6 meses da Nigéria,
do Senegal ou da Costa do Marfim.
A realidade não tem fim.
Com uma nota de 20 euros chego onde quiser,
A realidade é uma mulher.
Já foi ao Intendente, Sr. Presidente?
Não vá em visita de Estado,
deixe o carro blindado nagaragem,
Dê folga aos guarda-costas,
Finja que vai de viagem e apanhe o metro,
Saia no Martim Moniz e caminhe,
Faz bem caminhar, apanhar ar, respirar.
Passear no Intendente é um passeio original,
È um passeio diferente sem sair de Portugal.
Vá para fora cá dentro,
vá aos subúrbios do Mundo nocentro da cidade
Igualdade, integração social,
seja por 10 minutos umemigrante ilegal,
como se chegasse do Brasil, doPaquistão.
Vá ao Intendente e invente uma solução que satisfaça
aos que já chegaram e chegarão.
Mesmo que não tenha vontade de ir,
vá ao Intendente, Sr Presidente.
Aprenda, para chegar é sempre preciso partir.
Já foi ao Intendente, Sr presidente?
Não leve a sua comitiva,
não leve o telejornal
Leve-se a si próprio e avance natural,
Como se não fosse ignorado
Vá num dia normal ou num feriado, mas vá.
Por lá sua presença é urgente, no intendente.
Tem pouca diferença de uma Assembleia das NaçõesUnidas.
A sua presença pode ajudar a salvar
vidas vindas da Ucrânia, da Roménia, Moldávia,
Moçambique, Cabo Verde e Angola.
Porque o Mundo, Sr. Presidente, não é mais do que uma bola,
talvez colorida, talvez entre as mãos de uma criança.
Mas esse mesmo Mundo, Sr. Presidente,
perde cor todos os dias.
Quando eu largo, nesse largo, que eu largo, quando eu largo,
no Intendente.
Etiquetas: Daniel Arruda
3Comenta Este Post
Boa escolha, daniel. A calhar. E nem reparmos no mau estdo da gravação se lermos a letra e a encaixarmos nos destinatários.
Ups...escrevi-te com minuscula...Daniel. Assim é que é!!
Eu sabia que ias gostar Isabel.
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