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quinta-feira, março 12, 2009

Um texto, 3 reparos sobre Educação Sexual.

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Em relação ao Padre Feytor Pinto preocupa-me de facto que a Igreja dê ensinamentos sobre sexualidades. Porque todos conhecemos as posições da Igreja. É que se esses ensinamentos fossem só dados a adultos, ainda "vá que não vá" pois os adultos só lá vão se quiserem e em princípio acreditam na doutrina da Igreja. Agora ás crianças?!?!?! De facto tenho dúvidas.
Dúvidas de como é que um(a) jovem que após a catequese entra na escola e depara-se com um seu colega que seja homosexual, reaje perante o seu colega. Considera-o um doente? Um prevertido?
Como é que esse(a) mesmo(a) jovem interage com um ou uma colega que tenha tido relações sexuais com um colega e ainda por cima usando preservativo? Será que interage com ela ou a vê como uma encarnação do Demo. Como é que um(a) jovem reage quando descobrir que sexo anal e oral também são praticados.
Preocupa-me ainda como é que um Padre pode dar lições de algo que de todo deveria desconhecer. Por exemplo, nos meus tempos de catequese se fosse a minha catequista pessoa com alguma experiencia, pelo menos tinha dois filhos, falasse de sexo ainda poderia dar-lhe algum crédito. Sabia do que falava. Agora o Padre? Não me parece. Como é que alguém pode falar de prazer se nunca "saboreou" um orgasmo daqueles de te abanar do cabelo á unha do dedo grande. É impossível falar bem do que se desconhece.
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O segundo reparo é sobre esta afirmação:
A psicóloga Margarida Gaspar de Matos - que fez parte do Grupo de Trabalho para a Educação Sexual (GTES) e também esteve na Figueira da Foz - diz que ainda há pais que se insurgem contra a educação sexual, que passou a ser abordada uma vez por mês nas aulas de educação para a saúde, na maioria dos estabelecimentos. "São os pais mais sofisticados e de maior escolaridade que mais problemas levantam", explicou ao DN. "Têm medo da qualidade da informação sobre sexualidade que os filhos vão receber na escola."
Eu não me insurjo contra a educação sexual nas escolas porque não sei o que é abordado, de que forma ou em que modos. Mas garanto que filho meu só a terá quando estivermos perante um programa claro, com professores formados e informados para o efeito. É que o tema não é menor e eu não quero correr o risco de a escola ensinar doutrina nas salas. Quero que os meus filhos saibam o que é sexo, os suas virtudes e os seus perigos. Basicamente o que quero é que lhes deem ferramentas para que possam no correr da sua vida usufruir de uma sexualidade livre mas segura e acima de tudo plena. Não quero que lhes digam o que é bom e mau no sexo. Porque não há coisas más no sexo. Há desejos, vontades e sentimentos.
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Por fim concordo com uma coisa. É de facto necessário mudar e muito os pais. Não consigo compreender como é possível que haja tanta desinformação e tanto tabu numa geração que afinal é a minha ou ainda mais nova.

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3Comenta Este Post

At 3/12/2009 10:51 da tarde, Blogger Sin escreveu...

A sexualidade será sempre um tema dificil, mas o que acho engraçado é que os jovens têm acesso a todo o tipo de informação que pretendem junto dos amigos, na TV, nas revistas, na Internet, etc, mas informá-los de riscos em que podem incorrer e de afectos na escola é visto como uma aberração, uma autêntica coisa do demo!! N acredito que os jovens comecem a ter relações sexuais mais cedo por terem uma disciplina que fala disso no curriculum, mas quero acreditar que quando decidirem inicar a sua vida sexual o façam de uma forma segura e evitem riscos desnecessários. A escola pode contribuir para isso. Mas não enquanto os professores tenham tanta vergonha e pudor em falar abertamente sobre sexualidade como os alunos!! Já se sabe que falar sobre sexo e como praticar sexo seguro vai suscitar risinhos e caras coradas por parte dos alunos, mas se os professores falarem a medo e a mensagem que transmitirem for: «não façam isto em casa»... acho que não vale de muito.
Educação sexual nas escolas sim, mas com cabeça, tronco e membros.

 
At 3/13/2009 3:00 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Não se ouviram alguma vez falar mas eu OUVI e VI alguns bons pedagogos dizer claramente que o ensino é feito para conduzir as pessoas para o mercado de trabalho!
Logo, a sexualidade ensinada das escolas nunca será libertadora de ninguém, nem consciencializadora de nada a não ser da sociedade de consumo e de algum mercantilismo.
Para mim é claro! A sexualidade não pode nem deve ser ensinada na escola por ninguém!

 
At 3/14/2009 7:28 da tarde, Blogger Sin escreveu...

A escola não serve só para isso. A escola dá-nos ferramentas para conseguirmos viver em sociedade. E que eu saiba viver não se resume a trabalhar. Quando um professor impede um aluno de estar com um chapéu na sala de aula ou de bater num colega de turma será porque está preocupado com a sua empregabilidade?!? Para que servem então os trabalhos de grupo, a área escola, as actividades extracurriculares e as festas de fim de período? A escola educa. E é preferível alguém informado falar sobre sexualidade e afectos do que os jovens recorrerem à internet, tv, revistas ou amigos onde tudo tende a ser demasiado redutor.

 

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