Coligação em Lisboa
Sempre defendi no interior do meu partido que deveria haver coligações à esquerda de modo a impedir que a direita governe o país e as autarquias. A ponto de na última convenção do meu partido essa ter sido um dos principais temas de discussão. Mas essas coligações á esquerda devem ser balizadas e devem obedecer a critérios muito claros que tenham em conta as questões nacionais quando for caso disso mas também as realidades locais no caso das autarquias. E é preciso que se defina esquerdas.
Para mim é muito complicado incluir o PS numa coisa que se quer de esquerda. A menos que numa qualquer realidade local o PS seja e pratique uma política de esquerda. Realidade essa que eu até hoje desconheço.
Posto isto já se percebeu que não concordo com o projecto ontem apresentado de uma coligação pré eleitoral para Lisboa não me agrada. Porque não consigo conceber uma aliança de esquerda com um cabeça de lista chamado António Costa. Porque António Costa foi o número 2 de Sócrates com responsabilidades na delineação da acção deste Governo e ao longo dos nos nunca praticou nada que me leve a pensar que agora é que ele fosse mudar a agulha.
Aliás parece-me que a ideia de acenar com o papão Santana Lopes é despropositado. O voto nunca foi a arma para se escolher um mal menor. Escolher o Costa porque é menos mau que Santana é má política. Porque não ajuda Lisboa.
Uma coligação por Lisboa faz falta, mas não pode ter apenas, como esta parece ter, objectivos eleitoralistas. Deve ser uma coisa assente em ideias e em programa. Eu conseguia conceber uma coligação com o BE, PCP, Verdes, movimentos de cidadãos e todos os que querem uma gestão diferente para Lisboa, mas tenho dificuldade em acreditar que isso seja possível com o PS.
Etiquetas: Daniel Arruda
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Mas o o PCP e os Verdes são uma e a mesma coisa....
E o PCP tem tambem muitas responsabilidades no estado a que chegou a cidade de Lisboa, pois fez coligações com Sampaio e João Soares, e actualmente nas juntas faz coligações com o PSD .
Aliás até esteve para fazer coligação na fase final do mandato de Carmona Rodrigues.
Por isso falar em PCP, e esquecer que no PS tambem existe muita gente de esquerda, aliás senão não se percebia os comicios no Trindade e na Aula Magna, é totalmente errado.
E quem vive em autarquias dirigidas pelo PCP caso do Seixal da Moita ou Almada, sabe que falar em politicas de esquerda, por vezes é forçar um bocado a nota, o PCP nas autarquias serve como o PS, o PSD ou o CDS, em primeiro as clientelas, e os programas apresentados ao eleitorado, são só uma forma de caçar votos.
No entanto não seria errado que há volta de um programa e objectivos claros, varias forças que se reclamam de esquerda( PS incluido), apresentassem um programa para quatro anos, que fosse objectivamente realizavel,e que apontasse soluções para os principais problemas de Lisboa, o que eu acho muito dificil, pois o PCP começará logo com exigências de lugares para o partido mas tambem para os verdes , a Roseta idem, e no fundo neste aspecto pouco diferem da direita , pois o único motivo da aliança do Santana com o CDS são os TACHOS, para eles e para os amigalhaços do Santana e respectivas empresas.
Anónimo, concordo com o teu comentário pois estamos a falar da mesma coisa. Por isso referi no post que há que ver a realidade de cada local. Eu sei o que é o PCP no Seixal.
Concordo também que no PS há pessoas de esquerda e essas poderiam-se rever nessa plataforma, mas daí e por isso se incluir o PS institucional numa plataforma de esquerda,a inda para mais quando se propoe o nome de António Costa e é isso que refiro no meu post.
Por exemplo, porque não aceita esse PS de esquerda que se faça uma candidatura em torno de por exemplo, e isto é mesmo apenas um exemplo, de Helena Roseta e de um nome da renovação comunista que está cheia de pessoas com valor e de esquerda.
Falas de um programa, mas eu pergunto. Com este PS de António Costa há hipotese de um programa de esquerda para Lisboa?
Não me parece.
As coisas devem ser analisadas com frieza e se assim fizermos este PS de Costa não merece crédito.
A coligação só faria sentido caso estivesse tudo em aberto. Até o nº1 da Lista.
José, não era tudo mas era pelo menos um princípio.
Tal como não acredito que o Daniel defenda uma aliança PCP-Verdes -BE para o SEIXAL, acredito muito pouco que seja viavel uma aliança que inclua o BE a Roseta,o PCP, a Ronovação Comunista e sectores do PS.
Quem iria encabeçar essa lista?
Que programa que apresentaria ao eleitorado.
E se o Cabeça de Lista fosse o José Sá Fernandes, e o numero dois a Helena Roseta, o BE aceitaria?
Duvido.
Assim lá teremos a esquerdas divididas.
E possivelmente tambem as direitas.
O trabalho a fazer agora será desmascarar a demagogia do Santana, e sobretudo mobilizar as várias esquerdas para o voto.
Mas antes, ainda haverá duas eleições importantes as Europeias, e sobretudo as Legislativas, e dessas dependerá muito do que sucederá nas autarquicas, mesmo que haja já listas apresentadas.
Anónimo, a realidade é que o que está em cima da mesa é esta aliança.
E já agora é preciso desmascarar a a demagogia de Santana mas também de Costa e pôr efectivamente a esquerda a votar. Mas não nestes dois.
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