Harmonia
Da minha infância, há casas brancas, assim baixinhas, com telhados quase, quase, sobre a cabeça dos grandes...e janelas em madeira e uma risca amarela na parede.
Há mulheres com a roupa na cabeça, vindas da fonte da esquina da rua...
Há galinhas a encher o quintal e pintaítos e patos e coelhos e um porco e gatos chamados Tigres e o Tejo, que abanava a cauda quando via um bolo e morreu com um ataque cardíaco (ok, eu acho que foi isso...), há hortências azuis (como me sinto eu, quando vejo hortências azuis!!), e rosas vermelhas e falavamos com as vizinhas à janela, ou no quintal, ou no alpendre. E hortas com couves e alfaces e feijão verde e uma laranjeira e uma oliveira enorme, de onde um dia caí e, por milagre, dizia a minha avó, fiquei inteira.
Da minha infância há a recordação de uma harmonia em que tudo encaixava, que nada, ninguém, quebrava ou quebraria.
Da minha infância, algumas vezes, existo eu.
Como nestes dias.
Há mulheres com a roupa na cabeça, vindas da fonte da esquina da rua...
Há galinhas a encher o quintal e pintaítos e patos e coelhos e um porco e gatos chamados Tigres e o Tejo, que abanava a cauda quando via um bolo e morreu com um ataque cardíaco (ok, eu acho que foi isso...), há hortências azuis (como me sinto eu, quando vejo hortências azuis!!), e rosas vermelhas e falavamos com as vizinhas à janela, ou no quintal, ou no alpendre. E hortas com couves e alfaces e feijão verde e uma laranjeira e uma oliveira enorme, de onde um dia caí e, por milagre, dizia a minha avó, fiquei inteira.
Da minha infância há a recordação de uma harmonia em que tudo encaixava, que nada, ninguém, quebrava ou quebraria.
Da minha infância, algumas vezes, existo eu.
Como nestes dias.
Etiquetas: Isabel Faria
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