Os fantasmas ganharam o debate!
Por mais que os comentadores das nossas televisões (é imoral apresentar aquele painel de comentadores numa Democracia, que se quer representativa!), nos queiram fazer acreditar, não creio que Sócrates tenha ganho, ontem, o debate. Mas a Esquerda também não.
Francisco Louçã cometeu dois erros que acabaram por condicionar o debate: deixou que a mentira e os fantasmas ganhassem o debate e permitiu que, com esse estratagema, Sócrates fugisse às questões terrenas, às do dia a dia: permitiu-lhe fugir à precariedade, ao aumento da idade da reforma, ao Código de Trabalho, apenas tocar o desemprego pela rama e ignorar a pobreza. Até lhe permitiu que se tivesse esquecido que começou na JSD...
Sócrates usou a mentira como sempre fez durante estes quatro anos e meio. Desta vez, Louçã não foi eficaz, como habitualmente é, a desarmá-la.
Por uma absoluta falta de tempo de me alongar mais. convido-vos a visitarem este post do Daniel Oliveira, este do Zé Neves e este do Fernando.
E agora, mãos à obra, matar fantasmas!
Etiquetas: Isabel Faria
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Isto dos debates e quem ganha ou perde, não é o mais importante.
Importante é se os portugueses percebem o que cada partido quer para o país.
Socrates , tentou encostar o Louçã ao radicalismo, ao Prec, ao fim das isenções fiscais na saude e no ensino, á questão dos PPR.
Louçã tinha trunfos na manga que jogou forte, os negocios deste governo com a Mota Engil, a GALP, o desemprego.
Mas talvez e ao contrario dos outros debates , deixou enrolar-se nas questões que interessavam ao Socrates.
È por isso que debate com o Portas, acaba por ser importante, pois aí Louçã pode aproveitar para pôr os pntos nos is.
Quanto aos comentadores eles não representam nada, o importante é o povo que vota, e aí é necessário clarificar as propostas do BE.
Desta vez nem a IURD o salvou...
"Quanto aos comentadores eles não representam nada, o importante é o povo que vota, e aí é necessário clarificar as propostas do BE."
Que foi o que o xico não quis fazer.
Mas as propostas CLARAS do Bloco estão á vista de todos, no programa editado em livro, na Net, não há nada a esconder.
Aliás algumas das propostas que o Socrates atacou ontem , foram defendidas nalguns pontos, pelo candidato do PS ás europeias Vital Moreira, como muito bem lembra, o Daniel Oliveira no Arrastão.
Em suma o chamado, e mal, ataque do BE á classe média e a queda no radicalismo, é um mal que afecta gente afecta ao Socrates.
Eu não sou dos que acham que tenha havido um vencedor claro neste debate e não partilho da ideia que Louçã se deixou enlear pelo Sócrates em campos onde não devia.
Não gosto do Sócrates mas acho que é difícil ganhar-lhe um debate de forma clara. Porque ele é cheio de jogos e provocações ás quais não é fácil resistir. No entanto deixo o mérito ao Louçã d epor duas vezes deixar o engenheiro a bufar literalmente. As imagens ás vezes falam mais que mil palavras.
Achoq ue foi um bom debate e onde ficou claro que há alternativa a Sócrates e ao PS.
No fundo, de que grave desvario Sócrates acusa Louçã?
Do mesmo imperdoável pecado que acusa Pacheco Pereira: o de defender uma ideologia anti-capitalista!
Contudo, se P.Pereira "denuncia" tal "perigo" às claras e à exaustão no Abrupto ( pois o BE também está a surripiar-lhe votos nos JSD..), Sócrates não pode fazê-lo sem se assumir como pró-capitalista sem mais quê, qual socializante qual cantiga.
Parece-me é que Louçã está refém da mesma lógica e, não podendo assumir-se como anti-capitalista sob risco de perder os tais votos à direita, fica impotente para responder a tal acusação subentendida, limitando-se a contrapor ao radicalismo de esquerda de que o acusam o radicalismo de direita dos acusadores.
Ora, não deveria mostrar melindre nenhum em ser radical, pois, etimologicamente, ser radical é ir às raízes.
MH
"Sempre fui republicano, socialista e laico".
Mário soares e Francisco Louçã dixit...
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