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domingo, setembro 06, 2009

Um debate clarificador

Um debate claro que desmente os arautos dos fins das ideologias. No debate entre Louçã e Ferreira Leite foram expostas com clareza quais os conceitos da Esquerda e da Direita para liberdade, justiça social, democracia.
Ficou uma frase, que é bem mais que um conjunto de três palavras.
Questionada por Louçã, sobre só os ricos terem acesso à medicina privada que ela idolatra, que considera a única com qualidade, MFL responde com um "é a vida...".
Não é uma resposta evasiva, apesar do tom evasivo. È um tratado ideológico, muito mais que um programa político, transmitido de uma forma tão clara como aquela em que o debate decorreu.

Depois de ver o debate, espreitei o barómetro do Sol. Que Vitalino Canas dê a vitória a Louçã, não me surpreende. Estamos a menos de um mês das legislativas e a táctica, agora, é tentar, em todos os momentos e por todos os meios, segurar os votos à Esquerda...
Agora que António Filipe dê a vitória a Ferreira Leite?! e na argumentação?! e que apenas dê a Louçã mais um ponto que a MFL, nas propostas??!! António Filipe está ali, não como comentador isento, mas como dirigente partidário, note-se.
Estou enganada e este não foi um debate ideologicamente clarificador? Ou as ideologias, apesar de vivas, esfumam-se perante as tácticas eleitorais e os eleitoralismos?

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26Comenta Este Post

At 9/06/2009 11:22 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

As espectativas na Manuela Ferreira Leite eram muito baixas, e apesar de tudo ela aguentou-se.

O Debate pôs frente a frente duas formas de ver o país , e as soluções que tem cada um, para combater a crise.

Louçã foi introduzindo ao longo do debate , as responsabilidades que MFL, tem o estado do país, os mais de 400.000 desempregados do governo Barroso-MFL, trouxe ao debate declarações dos seus apoiantes como Alexandre Relvas, que querem reduzir o salario de todos os trabalhadores em 10%, e despedir 150.00 funcionarios publicos, mostrou a contradição que existe entre a defesa da familia de MFL, e a voto contra do PSD na Assembleia da Republica, do projecto gravidez medicamente assistida.

No final MFL deve sair satisfeita porque se aguentou, e Louçã mostrou que é a alternativa de esquerda á esta direita.

 
At 9/07/2009 12:16 da manhã, Blogger Filipe de Arede Nunes escreveu...

Concordo consigo. O debate foi de facto esclarecedor. É importante que os portugeses conheçam as propostas que os partidos têm para o país e que clarifiquem a sua visão sobre a sociedade.

Ao contrário do que esperava (Louçâ a cilindram Ferreira Leite) verifiquei que Ferreira Leite ganhou o debate com o mestre da demagogia e dos sound bites.

Foi confrangedor ver Louçã tentar refazer factos históricos (resultado das nacionalizações no pós 25 de Abril) e tentar colocar na boca da adversária palavras que esta não proferio.

É fundamental que as pessoas saibam que o BE quer tranfomar Portugal numa república de natureza soviética, de economia dirigida.

É fundamental que as pessoas saibam que o BE não consegue encontrar soluções para problemas como o desemprego, a saúde ou a segurança social.

Pode ser que assim Portugal deixe de ser o único país do mundo ocidental onde as forças da extrema-esquerda representam mais de 20% do eleitorado.

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

PS: Uma última nota para referir que o BE e o PSD também disputam o mesmo eleitorado, mais que não seja uma enorme percentagem de jovens.

 
At 9/07/2009 9:06 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Na página principal de Pacheco Pereira (http://abrupto.blogspot.com/), "Louçã" surge 12 vezes.

"Leite", 5 vezes
"Sócrates", 4 vezes
"Jerónimo", 3 vezes
"Portas", vez nenhuma.

Curioso e animador, não ?

MH

 
At 9/07/2009 1:51 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Anónimo, nestas coisas, o melhor é ouvir as pessoas de fora. Não os coemntadores encartados, os eleitores. Hoje, na empresa, entre colegas que sei votam PSD há muito, a opinião é que a MFL perdeu o debate. Os mais "militantes", os poucos que conhecem o programa do PSD ainda são mais categóricos nessa análise. Não sei qias eram as expectativas dela, mas penso que para quem quer ganhar eleições e ser Primeiro-ministro o "aguentar-se" é muito pouco.

 
At 9/07/2009 2:01 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Pois é Filipe, como dizia no meu comentário anterior, os meus colegas que votam no seu partido não concordam nada com essa sua análise de quem ganhou o debate.

Mas deixe-me só pegar no seu "cosntrangedor" para lhe perguntar qual o adjectivo que usa para uma dirigente partidária, que aspira a ser primeiro-Ministro e
não conhece o programa do seu partido, ou que perante a injustiça do acesso aos cuidados de saúde responde com um "é a vida...".
E já agora, qual o adjectivo, para uma economista que considera a EDP e a Galp...apenas "umas empresas"!! E reafirma que os problemas das milhares de pequenas e médias empresas é que são os que condicionam a economia...como se grande parte dos problemas das pequenas e médias empresas não dependesse dos preços que pagam pela energia, pelo combustível.Do acesso ao crédito, das taxas de juros... Que adjectivo usar para uma economista e uma candidata a primeiro- ministro, que desconhece, ou nos quer fazer crer que desconhece, o que são empresas estruturantes. O que delas depende. O que depende da sua gestão e das suas opções financeiras...

Mas reafirmo o que escrevi, a prestação da MFL ficaraá, para mim, sempre ligada áquela frase...este é e será sempre o que nos distingue, a Esquerda da Direita. Nós, a Esquerda, queremos construir a nossa vida. A Direita aceita-a, tal como nos é "dada", injusta, imoral... ou, quando muito, acredita em salvadores milagreiros que a construam por nós.

 
At 9/07/2009 2:02 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

MH, há algum tempo que não passo pelo Abrupto (nem eu sei porquê...). Vou lá ver o que diz o cabeça de lista do PSD do nosso distrito...para encher o Blog de Louçãs...

 
At 9/07/2009 2:16 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Manuela Ferreira Leite hoje na Madeira disse que no arquipelago não há asfixia democratica, pois o João Jardim tem a legitimidade do voto... significativo do que é a politica de verdade de Ferreira Leite.

Mas o que eu gostava de saber, é o que pensam Aguiar Branco, Santana Lopes e Paulo Portas , da condenação expressa ontem de forma clara por Ferreira Leite, á expulsão de Marcelo Rebelo de Sousa da TVI. imposta por um governo PSD-CDS.

Quanto ao sr Arede , se tiver paciência leia o que diz o programa do Bloco , a respeito de nacionalizações.

Fala e só nos sectores estratégicos, e é contra a PRIVATIZAÇÂO das Aguas de Portugal, da REN da ANA , È CONTRA A PRIVATIZAÇÂO, se bem entende, são sectores que neste momento estão na mão do Estado.

Não penso que a figura de Ferreira Leite seja atractiva para um numero significativo de jovens, o seu discurso passadista e conservador, com ares de catequista de bairro, não é nada mobilizador da juventude, nesse aspecto o damagogo e populista Paulo Portas consegue ser muito mais apelativo, para jovens da direita.

 
At 9/07/2009 4:00 da tarde, Blogger Filipe de Arede Nunes escreveu...

Cara Isabel,

Está equivocada. O PSD não é o meu partido, mas certamente que contará com o meu voto.

Seja como for, não vale a pena a tentar fazer como o Professor Louçã e deterpurar as palavras de Ferreira Leite. O que esta disse foi bem claro, ao contrário de muitas das evasivas respostas do Senhor Professor que tentaram camuflar muitas das principais ideias.

Seria interessante te-lo ver justificar o crime das nacionalizações do PREC (que não conseguiu); onde iria buscar dinheiro para pagar as nacionalizações nos sectores energético e bancário (nem tentou!); porque não haveria o sector privado de suprir as deficiências na saúde (incompreensivel); e qual a sua ideia sobre a sustentação da segurança social a longo prazo.

Ficou evidente que existem profundas diferenças entre a esquerda (ou extrema-esquerda neste caso) e a direita. Luto por isso há muito tempo e julgo que estavam enganos aqueles que diziam que o que importa hoje é apenas a realpolitik.

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

PS: Só falta mesmo a Louçã espumar da boca quando fala dos privados e dos ricos. É esta a extrema-esquerda que temos. Infelizmente não deve dar para mais.

 
At 9/07/2009 8:03 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Espumar pela boca caro Arede esperava mais de si...

Vote no conservadorismo, ou melhor no reacionarismo da actual direcção do PSD, e depois não se queixe.

Viu hoje na Madeira o que significa na prática a politica de verdade de MFL, pois é , por muito que queiram, escolheram a dirigente errada, não dá para mais...

 
At 9/07/2009 8:54 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Caro Filipe, eu adorava poder discutir este tema consigo mas como não vimos o mesmo debate vai ser impossível. Se tiver aí o link para o Youtube do debate que você viu deixe-o aqui nesta caixa de comentários para eu ver também. Depois opino.

 
At 9/07/2009 9:23 da tarde, Blogger Filipe de Arede Nunes escreveu...

Caro Daniel,

Lamento que o seu televisor não tivesse funcionado bem na noite de ontem, mas infelizmente nada posso fazer relativamente a isso.

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

 
At 9/07/2009 9:47 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Não vimos certamente o mesmo debate senão vejamos. Você diz que:
"Seja como for, não vale a pena a tentar fazer como o Professor Louçã e deterpurar as palavras de Ferreira Leite. O que esta disse foi bem claro, ao contrário de muitas das evasivas respostas do Senhor Professor que tentaram camuflar muitas das principais ideias."
Ele citou sempre. A acusação de deturpação vem durante o debate nuuma altura em que o seu companheiro Miguel Relvas foi citado por Louçã. Não me diga que a presidente do partido não tem de se responsabilizar por o que dizem os seus mais directos colaboradores.

diz ainda o Filipe:
"É fundamental que as pessoas saibam que o BE não consegue encontrar soluções para problemas como o desemprego, a saúde ou a segurança social."
O que eu vi foi um Louça a desmoontar a privatização da S. Social proposta pelo PSD apontando um caminho alternativo através da taxação das grandes fortunas e no desemprego obrigando a que as empresas para usufruirem de benefícios sejam obrigadas a respeitar regras como a do não despedimento e / ou contratualização de empregados.

Podia aqui continuar a explicar-lhe porque não vimos o mesmo debate. Você certamente não ouviu a MFL dizer que EDP, GALP, CGD, entre outras eram apenas meia dúzia de empresas sem importancia.
VocÊ não ouviu a MFL a dizer que quem pode vai à saúde privada (e quem não pode ...) O entre parentises é meu mas era o fim possível da frase, o único aliás.
Você não ouviu a MFL dizer que exercer pressão sobre um comentador (Marcelo Rebelo de Sousa) não é a mesma coisa de que sobre um jornalista.
Você não ouviu a MFL dizer que o casamento visa a reprodução ou procriação.
Você não ouviu a MFL desmentir um destacado apoiante que dizia que era preciso despedir 1500 funcionários públicos e reduzir os ordenados em 10%.
Você não ouviu muita coisa pelos vistos e por isso lhe digo, não vimos o mesmo debate certamente. Até o João Marcelino no DN, que não é certamente apoiante do BE (muito antes pelo contrário) para dourar a pílula dizer que já foi bom MFL não ter perdido claramente o debate contra Louçã.
.
Acredite que se há coisa que me irrita é ver alguém a negar as evidencias. Se louçã tivesse perdido o debate não me custaria admitir. Acontece em política.

 
At 9/07/2009 9:56 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

O problema destes debates, é que muitos não ouvem o que lá se disse , mas sim o julgam que lá se tenha dito.

È um pouco como os comentadores encartados, são quase todos de direita ou aparentados, e por isso comentam segundo as suas simpatias partidárias, e não com um minimo de objectividade.

Quem quiser ver o debate ele está aí, nalguns blogues, nalguns blogues de televisões, no esquerda net, acho que certas pessoas deveriam vê-lo uma segunda vez, um pouco mais a frio.

Isto é como um jogo de futebol, no calor do momento , só se vê aquilo que o nosso clube fez ou não fez, mas se depois podermos ver o jogo com calma, até veremos lances em que nem tinhamos reparado.

Os debates não são rinques de boxe, são espaços de debate de ideias , de propostas e de alternativas.

E tambem da capacidade, de um lider politico estar perante as camaras , a expôr com clareza as suas ideias.

Ninguem pode negar a fluência, a precisão e a clareza do Louçã, em contraponto, ás atitudes titubeantes de Ferreira Leite.

Alguem que quer ser primeiro-ministro de Portugal, demonstrar que conhece mal o seu próprio programa, e nada conhece do programa do adversário, excepto que tem muitas propostas, e que foi editado em livro, é realmente muito pouco.

Mas sucessivamente dizer, que até estou de acordo consigo, vindo da dirigente de um partido, que tem posições politicas totalmente contrárias ás do Bloco de Esquerda, é algo de muito estranho.

Talvez Ferreira Leite a pensar já na derrota do dia 27 , pense que talvez não fosse má ideia aderir ao Bloco , não ao Central, mas ao de Esquerda.....

 
At 9/08/2009 8:33 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Realmente Pacheco Pereira está sempre de olho no Louçã!... Mas alguém me explica porque é que isso é animador?
Luisa CR

 
At 9/08/2009 12:02 da tarde, Blogger Filipe de Arede Nunes escreveu...

Caro Daniel,

Obviamente que vi muitas das coisas que refere e que Louçã disse, mas a última vez que dei conta o douto Professor não era a voz da razão.

O BE e o PCP parecem (ou então mente descaradamente) não compreender nada do que é a realidade da vida em sociedade. Taxar grandes fortunas, nacionalizar sectores produtivos estratégicos (utilizando as palavras da esquerda) não são formas de resolver os problemas do país, mas sim dos agravar.

Que aconteceria se estas medidas fossem efectivamente aplicadas? As grandes fortunas fugiriam como o diabo da cruz e ninguém, repito, ninguém quereria investir em Portugal, porque ninguém quer investir num país onde a qualquer momento o fruto do seu trabalho pode ir parar às mãos do Estado!

E quem pagaria as nacionalizações? Saberá quanto custa nacionalizar GALP e EDP? E quem pagaria? Com que dinheiro? E quem garante que o Estado gere melhor do que os privados? Não é o que nos diz a história, antes pelo contrário...!

Caro Daniel,

E é porventura mentira que GALP, EDP, BCP são apenas meia dúzia de empresas e que não representam o cerne da actividade empresarial portuguesa? Será que o BE vive de tal forma obcecado com os lucros de quem gere em condições que esquece o verdadeiro tecido empresarial nacional que se centra nas pequenas e médias empresas?

Será que é mentira que quem tem dinheiro usa, preferencialmente, os serviços de saúde privados? E será crime? Deveria ser? Porquê? O que é preciso é garantir que as pessoas tem todas acesso aos melhores serviços de saúde, mesmo que para isso o Estado deva subcontratar alguns serviços aos privados!

No que concerne ao que MFL não disse, devo referir apenas que a líder do PSD não tem que fazer o debate que Louçã entende! Ferreira Leite é candidata a primeira-ministra e não qualquer outro membro do PSD e ela deve responder pelas suas ideias e não pelas dos outros.

Deixo para o final duas notas que me parecem importantes: relativamente a MRS e a MMG julgo que Ferreira Leite esteve bem no essencial, porque condenou ambas as situações, embora não tivesse concordado com a diferença que fez entras as mesmas; quando ao conceito de casamento, devo dizer que considero que a posição do BE é muitíssimo mais fácil de defender do que a posição do PSD ou de Ferreira Leite, embora considere também que Ferreira Leite demonstrou no debate uma evolução considerável face ao que já tinha ouvido dela, ao considerar que o conceito de família evoluiu. No entanto, e no essencial, estou de acordo com ela.

Uma última nota para referir algo que me parece importante. Existem três pontos essenciais no debate: questões de natureza filosófico-ideológica que dizem respeito à forma como encaramos a vida em sociedade; questões de natureza fáctica que encontram respostas nos exemplos da realidade e do passado; questões de natureza pessoal e de formação que são condicionadas por uma multiplicidade de factores e que determinam algumas das nossas convicções sociais mais relevantes.

As duas primeiras questões podem e devem ser discutidas à exaustão. Os problemas do país são o resultado de umas ou outras escolhas. No entanto as segundas dizem respeito a valores, e aí, não há uns que sejam melhores do que os outros.

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

 
At 9/08/2009 12:47 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

O fruto do seu trabalho....

Com o fruto do seu trabalho, NUNCA ninguem ficou rico, caro sr Arede.

Com vigarices, espezinhando quem para si trabalha ,vigarizando os bancos onde se tem assento no conselho de administração , BCP, BPN, BPP, e outros com negócios pouco recomendaveis Banif, BES etc etc etc, , vendendo drogas, armas, fazendo tráfico humano, ou ganhando o euro milhões, assim talvez se façam fortunas,

Agora pelo seu trabalho, com esse não se enriquece, remediado talvez, vivendo sem dificuldades muitos conseguem, mas não é disso que falamos.

E afinal este imposto, que é um hábito em tantos paises europeus, não me consta que faça fugir as fortunas desses paises, algumas certamente, o caso do banco suiço o UBS, e a disputa com o governo dos EUA aí está para o provar.

O off-shore da Madeira alimentado pelo PSD local , e tão elogiado ontem pela MFL, como exemplo de bom governo, só prova que o controlo destes paraisos fiscais, é uma absoluta necessidade, mas sobre isso, não vemos ninguem do PSD , dizer uma palavra.

Sabemos o que vale o PSD no gooverno , sabemos ao que conduziram as politicas de Ferreira Leite , como ministra da Educação, o numerus clausus em medicina, e a abertura das universidades privadas de vão de escada , sem esquecer as cargas policiais sobre os estudantes ( a asfixia democratica de MFL).

As taxas moderadoras na saude, o aumento brutal do desemprego, o aumento de impostos, etc etc etc, foram as marcas da passagem de Manuela Ferreira Leite pelas Finanças, è por isso que é preciso outra politica, e outras alternativas para a crise que o país atravessa.

E isso não pasa pelas soluçoes nem de MFL-PSD nem as de Socrates-PS.

 
At 9/08/2009 12:52 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Caro Filipe, deixe-me apenas focar um ponto da sua argumentação porque é essencial para todo o resto. Diz que:
"Que aconteceria se estas medidas fossem efectivamente aplicadas? ..."

A questão de fundo é exactamente esta e frisa-o muito bem pois a pergunta é pertinente. Não sabemos a resposta, é um facto e não vale a pena expecular como você faz a seguir. O que é facto é que a política tal qual como a conhecemos e tem sido aplicada tem nos levado ao ponto que todos sabemos. A uma condição económica débil, a um salário mínimo ridículo, a condições de trabalho miseráveis, a aplicações em off-shores das fortunas e prveitos económicos(independentemente da taxação eles fogem na mesma), á ruína orçamental do estado, a um estado social cada vez mais frágil e poderia aqui continar. Isto é o que nós sabemos como consequencias da política seguida até agora. Ou seja, a política até hoje levou-nos ao estado a que chegámos. Com a alternancia PS-PSD nos governos e as políticas ditas do sistema.
Por isso a pertinencia da pergunta que faz:
"Que aconteceria se estas medidas fossem efectivamente aplicadas?"
Só podemos ficar melhor. O modelo social liberal falhou no mundo inteiro e isso ficou provado com esta crise e por isso urge mudar. Compreendo que defenda um modelo falhado em nome de convicções mas por isso não deixa de ser um modelo falhado. Se é um democrata deverá aceitar que as pessoas que estão a ser governadas há decadas com sacrifícios em nome de um modelo achem que esse modelo está acabado e morto.
Por isso lhe deixo o meu obrigado. NEm eu conseguiria uma argumentação melhor para defener a falencia do modelo social liberal vigente.

 
At 9/08/2009 1:31 da tarde, Blogger Filipe de Arede Nunes escreveu...

Caro Daniel,

Está enganado. Foi o modelo económico liberal que permitiu que cada vez mais pessoas tenham saído da pobreza; foi o modelo económico liberal que permitiu que muitos países se libertassem dos nefastos efeitos das economias dirigidas; foi o modelo económico liberal que conduziu à libertação de povos inteiros do jugo das políticas socialistas.

Isto não quer dizer que o sistema não tenha de ser regulado e profundamente controlado. É para isso que deveriam servir os reguladores.

A questão que coloco e a que escolheu responder (entre muitas outras) não mereceu da minha parte uma resposta conjectural e nem sequer precisa de conhecer o que acontece nos outros lados do mundo para saber qual é. O PREC é o mau exemplo do que se não deveria nunca ter feito, e infelizmente há quem não tenha aprendido nada com a história.

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

PS: Uma última nota para si Daniel. O homem não quer ser tratado de forma igual por decreto. O homem quer ser livre!

 
At 9/08/2009 3:14 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Dois homens que enriqueceram com seu trabalho, Oliveira e Costa e Dias Loureiro.....

Membros dos governos de Cavaco Silva, militantes do PSD e amigos de Manuela Ferrira Leite

 
At 9/08/2009 5:28 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Caro Filipe, isso é o que se chama reescrever a história. Com que então o Sr desdiz prémios nobel da economia como o Stiglitz que afirma categoricamente que foi este modelo que provocou a crise e que é insustentável que tudo continue na mesma?
Desdiz a evidencia que este modelo económio liberal mantém metade do mundo abaixo do limiar de pobreza a viver com menos de 1 dollar por dia?
quer que continue com exemplos portugueses?

Mas vai mais longe. Culpa o PREC. Então hoje não são os mesmos que detinham o poder antes do PREC que mandam. De quem são os grandes grupos económicos?

Caro Filipe, tenho-o em conta como alguém com melhor argumentação. Não me faça essa desfeita. Essa dos países socialistas, ou ditos socialistas, já não cola. Nunca ouviu nem ouvirá alguém do BE dizer que defende o modelo sovietico. Nunca ouviu o BE defender que defende a abolição da propriedade privada. Nunca ouviu o BE dizer que pretende o fim da liberdade de associação. Nunca ouviu o BE defender o Monopólio do Estado. Nunca ouviu o BE defender o socialismo real. ...... ......... ....... .......... ...... ..... ....

Se bem que discutimos com honestidade ou então nada feito. Lá por você ser de direita também não lhe digo que você é salazarista, hileriano ou franquista.
Lá por você ser de direita também não lhe digo que você é xenófobo, homofóbico e machista.

E tem razão o homem quer-se livre e não escravo do trabalho, da sociedade que diariamente o oprime se não pela via tradicional pela via da retirada de direitos, de regalias, de salários, do aumento do custo de vida e de tantas coisas. È isso que impede o homem de ser verdadeiramente livre porque não é livre quem não tem condiçõe spara lutar por uma vida melhor.

 
At 9/08/2009 9:10 da tarde, Blogger Filipe de Arede Nunes escreveu...

Caro Daniel,

Não sou eu quem está a reescrever a história.

Se há pobreza? Certamente que há. Devia haver? Não. Quem contribui melhor para resolver este problema, as políticas socialistas ou as políticas liberais? Acho que só pode ser intelectualmente desonesto se disser que foram as políticas socialistas que tiraram milhões de pessoas da pobreza!

Confesso que em determinadas alturas tenho dificuldades em argumentar consigo. É que o Daniel ignora, ou parece querer ignorar, factos históricos que não são discutíveis.

O modelo socialista defendido pelo BE e pelo Daniel conduziriam há existência de mais pobres, de menos desenvolvimento, de maiores assimetrias, porque é pouco sério e irrealista!

Finalmente, devo dizer que não compreendo o porquê da última parte do seu comentário que me pareceu absolutamente despropositada ("Se bem que discutimos com honestidade ou então nada feito. Lá por você ser de direita também não lhe digo que você é salazarista, hileriano ou franquista.
Lá por você ser de direita também não lhe digo que você é xenófobo, homofóbico e machista.

E tem razão o homem quer-se livre e não escravo do trabalho, da sociedade que diariamente o oprime se não pela via tradicional pela via da retirada de direitos, de regalias, de salários, do aumento do custo de vida e de tantas coisas. È isso que impede o homem de ser verdadeiramente livre porque não é livre quem não tem condiçõe spara lutar por uma vida melhor.")

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

 
At 9/08/2009 11:04 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Oh Filipe, francamente !!!!!!!
"O modelo socialista defendido pelo BE e pelo Daniel ..." Você continua a insistir que eu e o BE defendemos o modelo sovietico e isso não é intelectualmente desonesto. É desonesto e ponto.
Uma mentira contada muitas vezes não a torna verdade.
Por isso a parte do meu comentário que você não entendeu mas eu vou ser mais claro.
O partido de Berlusconoi senta-se ao seu lado no Parlamento Europeu. isso faz de si um corrupto? Obriga-o a defensder a mesma coisa que ele? Diga-me.
Da mesma forma que eu por ser socialista não me obriga a seguir Stalin. Quanto muito me obriga a seguir Marx e Engels e nas obras dos dois não encontra muitos pontos de contacto com a URSS de Stalin, Krutchev ou outro qualquer líder da URSS. Já sem que vem aí a lenga lenga dos troskistas. Encontre-me nalguma passagem de Trotski a defesa do modelo Soviético. Aliás ele foi assassinado por isso.
Já sei, vai-me dizer que estou a reescrever a história, por isso lhe pergunto sobre factos. Você acredita mais no modelo que criou a maior crise, que faz dos EUA o país com menor protecção social de que há memória, onde há pessoas com 70 anos a trabalhar porque os fundos de reforma faliram, onde há uma taxa de miséria brutal (vide as filas da sopa dos pobres em Chicago a semana passada), ou acredita num novo modelo socialista que pretende defender o Estado e não menos estado melhor estado como você defende. Que visa defender o sector privado através da reabilitação do sector estado tornando-o um verdadeiro regulador. Que acha que a Saúde deve ser gratuíta e não tendencialmente paga como agora. Que acha que a educação não é um previlégio mas sim uma necessidade e uma obrigação do Estado. Que acha que o Estado social deverá ser reforçado e onde as protecções sociais devem ter lugar de destaque. Que acha que o Estado deve ter um papel fundamental na criação de emprego colaborando com o sector privado. Que quer uma justiça unica e não uma para ricos e outra para pobres.
Eu sei a sua resposta. Você prefere o modelo neo liberal que faliu em todo o mundo para a maioria da população. Só funciona para os ricos e poderosos.
Espero que o povo português não pense como você. Era bom sinal por muito que os arautos da desgraça alertem diariamente para o perigo dos que comem criancinhas ao pqueno almoço.

 
At 9/09/2009 11:55 da manhã, Blogger Filipe de Arede Nunes escreveu...

Caro Daniel,

Não confundo socialismo com estalinismo, bem sabendo, no entanto, que existem muitos pontos de contacto, sendo certo também que o socialismo defendido pelo BE, em determinadas circunstâncias até ultrapassa pela esquerda as doutrinas soviéticas.

O Daniel não leu nada da minha parte onde eu faça a defesa do modelo norte-americano, essencialmente porque não é o meu modelo. Mas repare, se aquilo é assim tão mau, como é que há tanta gente que só pensa em fugir para lá?

Seja como for, o que nos separa, como já disse antes, são as visões sociológicas e ideológicas, e sobretudo a forma como observamos a sociedade e analisamos o Homem.

Talvez seja possível uma sociedade onde a educação e a saúde sejam gratuitas (até existe como sabe), mas o preço a pagar por isso é demasiado elevado. É que dois homens não querem ser iguais, pura e simplesmente porque não o são, e querer faze-lo por decreto é de uma enorme atrocidade!

As economias liberais tiraram milhões de pessoas da pobreza. Se não existisse incentivo à pesquisa, ao desenvolvimento de soluções mais eficazes (e o incentivo é a riqueza, como é óbvio), então viveríamos ainda hoje no mundo da pedra. A eficácia (é uma questão sociológica) só é conseguida com liberdade e espírito de iniciativa, pelos privados em condições de segurança. Não é com medo ou sob o jugo de um Estado controlador.

Se o Estado pode funcionar melhor? Certamente que pode. Se é através das políticas que o BE defende? Certamente que não. O Estado faz falta, mas quanto menos melhor. É ineficaz e consome os meus recursos, fruto do meu trabalho, para serem gastos a fazer auto-estradas paralelas às que já existem!

Finalmente. Marx e Engels são expoentes, como sabe, do socialismo histórico-cientifico e constroem o seu pensamento baseando-se na doutrina do materialismo dialéctico. O problema é que estavam errados. A história, ao contrário do que estes filósofos afirmavam, não é cíclica e não se faz de oposições, de choques e contra-choques.

Não existe uma solução para a felicidade global e a harmonia dos povos, isso é uma utopia. As instituições são o reflexo dos seres humanos, que como imperfeitos que são, condicionam, dessa forma, tudo o que criam.

Existirão sempre ricos e pobres, parece-me uma inevitabilidade histórica, pelo que, nós deferíamo-nos esforçar era para tentar garantir condições para que todos pudessem ter sucesso. E isso faz-se garantindo que ninguém fica privado de ter acesso à educação, ou à saúde, ou à segurança. Mas não é dizendo que todos têm de ter acesso a estes bens de forma igual, porque isso nunca acontecerá, porque a desigualdade é uma característica inata dos seres humanos.

As propostas têm sempre de ser o reflexo das ideias. Por isso eu valorizo o facto de Louçã ter sempre um nome na boca para dizer. Nota-se que vive mal com o sucesso alheio (ainda que ele próprio seja um homem de sucesso e particularmente inteligente). Veja-se como pronuncia o nome de Amorim.

O que nos distingue é que eu não tenho inveja de Amorim, ou de Champalimaud, ou de Melo, mas tenho-os como exemplo de homens de sucesso. Naturalmente que vai dizer que eles se fartaram de roubar para ser ricos, ou coisa que parece. Eu, pessoalmente, não faço esse género de afirmações. Bill Gates teve uma ideia fenomenal e enriqueceu à custa disso. Faz dele um homem pior?

Uma última nota. Durante alguns anos o BE cresceu porque ninguém sabia bem o que é que propunham para além das questões ditas fracturantes. No entanto, não acredito que os portugueses se revejam na maioria das propostas do partido nestas eleições (e. g. as nacionalizações), ainda que alguns (por desinformação) ainda coloquem o seu voto no BE.

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

 
At 9/09/2009 4:59 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

VocÊ viu bem o que escreveu Filipe?
"No entanto, não acredito que os portugueses se revejam na maioria das propostas do partido nestas eleições (e. g. as nacionalizações), ainda que alguns (por desinformação) ainda coloquem o seu voto no BE."
Reparou que acabou de chamar estúpidos, ignorantes e inconscientes a meio milhão de portugueses.
Grande conceio de democracia o seu. Os que votam nos candidatos que você defende têm um voto consciente e informado. Os outros é por ignorancia.

Por fim e porque a discussão vai longa e já vi que neste caso o seu argumentário esgotou no cliche devo-lhe dizer que releia marx e engels. Onde é que eles estavam errados? E muito menos no que refere. Até a economia liberal que você tanto defende se baseia nos ciclos.
E sim sempre existirão pobres e ricos por isso vamos assumir os pobres como inevitabilidade desde que os pobres sejam sempre os outros e nunca nós porque quando somos nós aí a coisa pia mais fininho. grande conceito de sociedade esse em que se assume que os pobres são uma inevitabilidade.
E sim, temos uma diferença enorme. Eu defendo mais estado e não menos estado e até acho piada que aqueles que defendem menos esttado tivessem sido os 1os a defenderem nesta crise que o Estado deveria interferir nas instituições bancárias nacionalizando os seus prejuízos. Para isso, para suportar e pagar os erros dos brilhantes gestores o estado serve. Para pagar milhões de Euros a quem já muito tem. Mas para pagar uns míseros tostões a quem tem reformas de miséria, ganha o salário mínimo, em de viver com um SNS degradado entre tantos exemplos que poderia aqui escrever já defendem que não deve haver estado. Chama-se a isso coerencia sem dúvida. E depois ainda dizem que quem vota no BE é por ignorancia, estupidez e inconsciencia.

 
At 9/09/2009 8:43 da tarde, Blogger Filipe de Arede Nunes escreveu...

Caro Daniel,

A maioria dos eleitores ignora o que dizem os programas dos partidos, inclusive naqueles em que votam. É a triste realidade!

Quanto ao resto: eu gosto da discussão sobre política. E gosto do Troll porque aqui é possível discuti-la.

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

 
At 9/09/2009 9:22 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Obrigado no que ao Troll diz respeito. nós aqui também gostamos de discussão política.

Quanto ao programa, acho que as pessoas votam em convicções sobre coisas que vão vendo ao longo dos 4 anos de mandato. O programa não é mais que o espelho do que se diz e faz ao longo desses anos. E isso as pessoas sabem.
No caso do BE então ainda é mais gritante porque todos os comentadores apontam constantemente as posições anti sistema que o BE tem.

 

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