A missa
Com uma dúvida de como ontem consegui escrever aquele post sobre os Doors, dado o reboliço que ia por aqui (quem me manda meter gelo no Cutty Sark, há que tempos que me dei conta dos efeitos secundários da coisa...), recordo-me que já depois de escrever o post, liguei a televisão e, não faço ideia onde, estava a falar no TAC - Toupeiras Amigas do Cavaco (em boa hora, o José Palmeiro me chamou a atenção para a necessidade de alterar o nome do grupo) que estiveram reunidas no Convento do Beato (acho o lugar apropriado...uma missa deveria sempre ser feita num convento, em falta de Igreja disponível) e apesar de não fazer ideia do que é que falava, nem sequer em que canal era, dado o adiantar da hora, apenas me deu para comparar o tempo de antena com os encontros de CTs, os Congressos das Centrais Sindicais, as manifestações de trabalhadores...a Comunicação Social sabe quem é o seu dono...e tranformou uma comunicação isenta num constante lambe-botas, em relação não só ao Poder politico, mas, sobretudo, ao poder económico.
Claro que a justificação na cobertura está na originalidade das propostas: despedir 200 000 funcionários públicos, baixar o IRC para aumentar ainda mais os lucros das empresas, retirar ao Estado os poucos sectores que ainda detém para os dividir entre eles.
A nossa comunicação social gosta de espectáculo...e de novidades. Daí a cobertura dada à missa. Alguém estava à espera que dali saíssem estas propostas? Claro que não. É uma novidade que o capital aposte no desaparecimento do Estado, no lucro fácil e na diabolização dos trabalhadores...quem é que nos manda a nós falarmos sempre no mesmo? Não apresentarmos propostas inovadoras como eles? Depois queremos aparecer na Televisão às 2 da manhã....e às 20...e às 13...e às 21...aparecermos na televisão. Ponto.
Etiquetas: Isabel Faria
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Zabel, que mistures os Doors, mais o Jim Morrisom, mais o Cutty Sark e muito gelo, tudo bem. Agora que chames GAC aquem deverias chamar TAC - Toupeiras Amantes do Cavaco, é que está mal.
E sabes por quê, é que GAC, só há um, aquele das VOZES em LUTA, ainda de boa memória para muitos de nós.
Do resto, nada a dizer, a não ser que a missa foi boa, a transmissão, quer televisiva, quer radiofónica, excelente, ou não fosse a Voz do Dono, uma extraordinária empresa pública.
Só desejo ter saúde, para fazer mais que gritar.
José , pá tens razão...cum caraças...as ressacas t~em destas coisas...vou já lá mudar o nome.Obrigado por me chamares a atenção.
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