Os jornais de referência

No geral não gosto dos jornais nacionais ditos de referência. Acho-os tendenciosos e fraquinhos. Até os acho por vezes pouco rigorosos na forma como tratam a informação. Mas leio-os. Por defeito de formação habituei-me a ler os jornais todos os dias. Se bem que cada vez menos com prazer e mais com a obrigação de me manter informado.

Hoje comecei pelo DN, e como de conteúdos interessantes e construtivos pouco constava dediquei-me aos "fait divers" que poluem as páginas dos nossos diários. Reparei num artigo em que se dizia que provavelmente o "serial killer" de Ipswish teria já fugido do país. Como nada mais havia para ler passei ao Público onde dou de caras com esta notícia em destaque em que se diz que a "Scotland Yard" já teria detido o tal assassino para interrogatório.

A verdade é que este assunto em pouco ou nada influi na nossa vida. É como disse acima um "fait divers", que lemos por cima do ombro. Mas é um sinal de como se trabalha mal no jornalismo português. Este é um assunto em que todas as agências notíciosas estão em cima e onde não há dupla informação. Tal como neste caso publicam-se centenas de notícias contraditórias todas as semanas sem que sejam devidamente tratadas.

Já tinha prometido a mim mesmo nunca mais desancar nos nossos "media" mas a cada dia que passa tenho mais vontade, tal a mediocridade dos mesmos.