Mais do que justo

O mínimo que se pode dizer é que é justo. Uma das figuras da world music. Nome conceituado nos 4 cantos do planeta. Figura de proa com espectáculos esgotados no Royal Albert Hall, no Auditório de Tóquio e nas melhores salas de Nova Iorque.

Uma Diva que está a ter o seu reconhecimento mundial. Muito justamente diga-se. Mas não sei o que me dá mais prazer se é o reconhecimento ou ver que todos os que dela diziam ser um clone da Amália, de a imitar, de não ser ninguém, hoje terem de a aplaudir e de lhe reconhecer todo o seu imenso valor. Até hoje quando se falava em Fado no feminino falava-se de Amália Rodrigues e de Lucrécia do Carmo ao que eu sempre acrescentava o nome de Cidália Moreira. Desde 2005 com o albúm "Transparente" Mariza também ganhou esse estatuto de figurar entre as imortais da nossa canção popular.

Deixo aqui uma parte do trabalho que lhe valeu a nomeação. O álbúm ao vivo, gravado junto á Torre de Belém, num espectáculo a que tive o prazer de assistir. "Gente da minha terra" em que Mariza chora com a sensibilidade que só ela tem. Sinceramente e sem fingimentos. Quando a voz lhe foge e ela a vai buscar sabe-se lá onde para arrancar aquele final sentido, como nunca se tinha ouvido antes. Para quem gosta de fado e para quem não gosta. Arrepiem-se.

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