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quarta-feira, outubro 24, 2007

A Nossa Escolha

O video de hoje é um video que fala de racismo. De intolerância.
Mas também de indiferença. Há uma passageira, ali ao lado. E não se lhe apercebe um gesto, nem mesmo quando a jovem equatoriana se levanta e o rapaz já abandonara a carruagem. Não é, portanto, apenas o medo de represálias que lhe tolhe os movimentos . Há passageiros do outro lado do vidro. E não é crível que ninguém se tenha apercebido de nada.
É um video triste.

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7Comenta Este Post

At 10/24/2007 10:43 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Já tinha visto o video e o que acho mais triste é que até a bater foi cobarde. Não escolheu alguém que se defendesse. Nem sequer bateu de frente. Se ela se levanta ele teria fugido. São estes Mários Machados espalhados pelo mundo fora que me deixam fulos. Palhaços que só servem para serem parvos.
E o mais certo é os palhacinhos seguidores comecem a imitar isto agora aqui pela nossa terra.

 
At 10/25/2007 9:21 da manhã, Blogger cereja escreveu...

Como já costume eu também tinha de ter falado disto no Pópulo. mas como não tinha visto vídeo, só comentei a notícia e coloquei a foto que vinha no jornal. Claro que com vídeo a coisa é ainda mais clara, mas também me chocou imenso a passividade de quem assiste. (pensei que o expectador fosse um rapaz, parece ser uma rapariga o que para o caso tanto faz)
Felizmente que existem vídeos de segurança, a impunidade não será como se poderia pensar.

 
At 10/25/2007 3:07 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Espero mesmo que não exista impunidade... em relação á pessoa sentada do outro lado, eu certamente me levantaria mas porque nunca vi nada assim ... quem sente estas coisas na pele talvez pense duas vezes antes de fazer algo eu não seria capaz com toda a certeza.

 
At 10/25/2007 11:22 da tarde, Blogger ilha_man escreveu...

O que tem a rapariga ser equatoriana?!Se fosse espanhola não era tão grave?! O caso aqui é que um indivíduo, cujos adjectivos não são suficientes para descrever tamanha barbaridade, agrediu sem justificação uma rapariga, e que o caso deu-se sem que nenhum passageiro tivesse a mais pálida tentativa de a ajudar!!
Aqui há uns tempos o sr Daniel Arruda escreveu o seguinte:
"Só o facto de se distinguir as pessoas torna-nos racistas. Nas notícias de jornal uma notícia é dada "2 negros assaltam bomba de gasolina" mas se eles forem caucasianos o título passaria a ser "bomba de gasolina assaltada"."

 
At 10/26/2007 7:58 da manhã, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Ilha, tens razão mas acho que a Isabel estava apenas a transcrever o que estava na notícia. Ma snão deixas de ter razão que a nacionalidade della não interessa para nada, no entanto faz toda a diferença saber que ela não era espanhola pois é a prova da motivação do autor da agressão.

 
At 10/26/2007 9:45 da manhã, Blogger cereja escreveu...

Ilha_man, como eu também escrevi sobre o assunto, venho dizer o meu ponto de vista.
O que aqui se discutiu não foi «apenas» uma agressão física. Se assim fosse, é claro que era completamente indiferente a nacionalidade ou raça da pessoa agredida. Mas o agressor, para além da parte de violência física usou violência verbal gritando-lhe «volta para o teu país», dizendo que ia "matar o mouro", "imigrante de merda". São estes factos que levam a definir que para além de agredir um ser humano qualquer, ele quis agredir aquele ser humano em concreto por considerar que era diferente por ser imigrante. Foi isso.

 
At 10/26/2007 7:56 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Ilha Men. o Daniel e a Éméle já responderam. Basta ouvir a notícia para saber que não se tata "apenas" de uma agressão. Trata-se uma agressão motivada por uma atitude racista.
Não a torna mais ou menos reprovável. Apenas serve para clarificar as suas motivações.

Nellyme, eu compreendo isso. Mas se reparar nem depois do agressor sair, depois da rapariga se levantar e dirigir à porta, há um gesto. Um olhar.
Não se tarta de se levantar para socorrer (eu sei que o medo nos tolhe os gestos e heróis só nas histórias aos quadradinhos), mas a pessoa em causa (penso que é uma rapariga Émièle, efectivamente) nem um esgar de dor, de desconforto, sequer de espanto faz. E isso é chocante.

 

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