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sábado, dezembro 15, 2007

Petição

Chegou-me por Email esta petição.
Aqui fica o link e espero que todos a subscrevam. Não me rala nada que me lembrem o Velho do Restelo, que me falem nas alterações ao longo do anos, que me falem em uniformização e nas suas supostas vantagens.
Não quero uma lingua em que se escreve "oje está úmido". Ou em que "de fato, oje estava a pensar sair para comprar um fato para o Natal".
Desculpem lá, mas estou fatra que nos continuem a tirar coisas...já não bastava na empresa, nos hospitais, nas escolas, na algibeira...agora ainda me querem sacar os Hs, os Ps e os Cs da Língua.
Vão todos pentear macacos e mais o Acordo. Assinar a Petição, é um ACTO importante.
Obrigada.

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6Comenta Este Post

At 12/16/2007 11:24 da manhã, Blogger cereja escreveu...

Olha, amiga, neste caso estou mesmo de acordo. E digam-me cá porque é que as cedências têm de ser todas (ou quase) do português de Portugal? Se querem «uniformizar» - e porquê?! - porque não pode ser com 'cedências' deles?

 
At 12/16/2007 8:20 da tarde, Blogger josé palmeiro escreveu...

Nestas coisas, como em muitas outras, estamos de acordo. Há mais, mas já somos três!

 
At 12/17/2007 3:20 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Velho do Restelo serei eu, e para mim é natural escrever «oje e úmido», mas seria ainda mais natural escrever «oje esta umido». O mal está em falar-se de um «português» de Portugal e de um «português» do Brasil. O mal está em querer ver o acordo como uma cedência ao Brasil. O colonizador vergar-se perante o colonizado.
Só que, neste aspecto, o colonizado não tem culpa de ir muito à frente do colonizador. No futuro, o «português» vai deixar cair letras, como já deixou cair muitas, e deixará cair os acentos que na sua origem nunca teve. O Homem não tem rabo porque deixou de o usar. O presente acordo só tem um defeito: ficou muito aquém do que deveria ter ido. Tudo, por causa dos preconceitos em relação ao Brasil, ou por falta de coragem.
Já reparou na verdadeira chinesice que seria andar com um letreiro na testa para que o nosso interlocutor soubesse que ao falar estamos a dizer «concelho» e não «conselho», «acto» e não «ato»?
Afinal, «húmido» fica também como «pharmacia».
Atenção, por enquanto, ainda se escreve «língua» e «alterações» e «vantagens». Ter cuidado com a língua não faz mal a ninguém. Sobretudo quando se é contra a evolução. É que muitas vezes é o uso que dita a maneira de escrever...

 
At 12/17/2007 4:05 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Caro comentador do Abrasivo,
Primeiro, como deve ter reparado na LINGUA, nas VANTEGENS e nas ALTERAÇÃOS, estão os meus habituais ataques de "dislexia teclar". É uma desgraça...e, então, quando escrevo à pressa, é uma desgraça enorme.
Como deve entender, mesmo não me apetecendo escrever "umido" ou "ato", ainda sei escrever alterações e vantegens. E ainda sei colocar um acentito na dita cuja.
Com a sua licença e agradecendo desde já a oportuna chamada de atenção, vou lá corrigir os erros...não penso que seja muito bonito um post com meis dúzia de linhas...com meia dúzia de erros de ortografia.

Quanto ao resto:
Essa linguagem de colonizador e de colonizado, não me diz absolutamente nada. Digamos que, em mim, não encaixa.
Talvez por isso não entenda bem essa do colonizado ir muito à frente do colonizador...para mim preocupa-me em ir-se à frente ou atrás em questões de direitos humanos, de justiça social, de desenvolvimento económico, de Democracia, desculpe lá mas a questão de mais letra ou menos letra não a consigo ver como ir à frente, desenvolvimento, versus ir atrás, retrocesso ou conservadorismo.
Em questão de preconceitos ou ataques de colonialismo, portanto, não me revejo nada no seu comentário.
Só que para mim, com ou sem tabuletas, a riqueza de uma língua viva, passa pela sua diversidade.

Pela frase que estamos a usar, o nosso interlecutor sabe exatctamente se estamos a falar num concelho ou a dar um conselho, a falar de um acto ou a atar um nó...não precisa de letreiro. Basta-lhe não ser analfabeto. E é o analfabetismo que eu quero acabar.

Se reparar bem na língua inglesa, por exemplo, e comparar o Inglês da Grã-Bretanha com o Inglês dos EUA deverá encontrar alguns "actos" a "atos" pelo meio...fica mais pobre por causa dessas diferenças?

Não sou do tempo em que Pharmácia tinha o h...por isso sei que me acebarei por habituar a umido e a ato...habituamo-nos a tudo na vida, porque não a perder letras? mas reitero, que prefiro o meu Português assim. Nada tenho contra o vosso Portugês assim...apenas giostaria de poder guardar o meu e que vocês guardassem o vosso...nada tenho a favor de uniformizações forçadas. Não precisamos delas. E nada ganhamos com elas.

 
At 12/17/2007 5:11 da tarde, Blogger Mar escreveu...

Uniformizar é termos de passar a andar de uniforme, não é??? (também, já é só o que falta e os informadores do sócrates que leem este blog não devem tardar a fazer-lhe chegar a sugestão, vais ver...)

 
At 12/17/2007 8:19 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Amigos
Eu esto contra este acordo. Mas não tenho nada a apontar nem ao antigo colonizador nem ao antigo colonizado. Deixo essas coisas para quem ainda está "preso" a elas. A questão é apenas e tão somente a língua. Neste caso a portuguesa. Uma língua não é uma "combinação" entre um grupo maior ou mais pequeno de pessoas. É bastante mais que isso. No caso da escrita a sua forma é importante porque as palavras para além do significado que lhe damos hoje em dia são elas próprias "portadoras" de uma causa, um significado muito próprios. Ignorar isso é perder a razão pela qual podemos entender o significado de cada uma delas. No caso do português está muito ligada ao latim. E não só como bem sabemos. Deixar as coisas andarem ao sabor das modas e de certas "conveniências" é perder a razão que nos liga ao próprio significado das coisas. Perder essa ligação é o total desenraizamento dos princípios. O que só pode dar mau resultado...

 

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