"Fiz jus deste modo ao adágio muito popular que reza que o homem é o único animal que tropeça duas vezes na mesma pedra."
Ouvindo Luísa Mesquita, aqui há umas semanas, poder-se-ia ficar com a dúvida se, de facto, houvera falta de lealdade da sua parte em relação ao Partido. Se o tal acordo escrito existiu. Se é legítimo, supostamente, aceitar as regras do jogo e depois recusar aceitar o resultado desse jogo...
Ouvindo Luísa Mesquita hesitar em dizer se continuava ou não comunista depois de décadas de militância, não distinguindo nunca ser comunista de militar no PCP, poder-se-ia ter dúvidas se, de facto, não terão havido afastamentos políticos e estratégicos que possam, não justificar, mas explicar a forma como o PCP a tratou.
No entanto, lendo a entrevista de João Barros Duarte, Presidente da Câmara da Marinha Grande saneado pelo PCP, ao Diário de Leiria, não há duvida que se instale.
A forma triste e desencantada como ele afirma: "Estes meus "amigos", com esta partida que me fizeram, conseguiram uma coisa que nem a PIDE conseguiu: desinteressarem-me e afastarem-me da política.", não pode deixar indiferentes aqueles que acreditam que a política não pode ser ausente de valores, de respeito pelos sentimentos, pelas vivências, pelas histórias dos homens.
Ler a forma como decorreu o "convencimento" para que aceitasse candidatar-se, as garantias que lhe foram dadas, muitas delas até contra a sua vontade, mostra que as dúvidas sobre Luísa Mesquita, deverão ter sido na sua quase totalidade injustas.
Ouvindo JBD, afirmar que continuará fiel à sua ideologia apesar do mal que alguns que dizem defendê-la lhe fizeram, dá-nos a certeza que para o PCP o que conta é o oportunismo politico, que levou o Partido a convidar um militante que lhe dava maiores garantias de ser eleito, e não o seu programa político ou os compromissos eleitorais que assume com os seus eleitores.
Perante esta entrevista perde todo o sentido a discussão se o lugar de Deputado ou de Autarca pertence ao Partido ou ao eleito. A única discussão que pode fazer sentido é se é próprio de um Partido de Esquerda tratar os seus militantes assim. Como inimigos a abater no momento em que, em nome de estratégias, carreirismos, interesses mais ou menos escondidos, deixam de lhe ser úteis.
À mulher de César não basta ser séria.
Não vale a pena apregoar a Democracia quando interrnamente não se ultrapassou os laivos estalinistas que tantas perdas, tantos desencantos e tantas traições trouxeram à Esquerda e aos trabalhadores.
Talvez o PCP devesse pensar na mulher de César de quando em vez....
(Via Arrastão).
Ouvindo Luísa Mesquita hesitar em dizer se continuava ou não comunista depois de décadas de militância, não distinguindo nunca ser comunista de militar no PCP, poder-se-ia ter dúvidas se, de facto, não terão havido afastamentos políticos e estratégicos que possam, não justificar, mas explicar a forma como o PCP a tratou.
No entanto, lendo a entrevista de João Barros Duarte, Presidente da Câmara da Marinha Grande saneado pelo PCP, ao Diário de Leiria, não há duvida que se instale.
A forma triste e desencantada como ele afirma: "Estes meus "amigos", com esta partida que me fizeram, conseguiram uma coisa que nem a PIDE conseguiu: desinteressarem-me e afastarem-me da política.", não pode deixar indiferentes aqueles que acreditam que a política não pode ser ausente de valores, de respeito pelos sentimentos, pelas vivências, pelas histórias dos homens.
Ler a forma como decorreu o "convencimento" para que aceitasse candidatar-se, as garantias que lhe foram dadas, muitas delas até contra a sua vontade, mostra que as dúvidas sobre Luísa Mesquita, deverão ter sido na sua quase totalidade injustas.
Ouvindo JBD, afirmar que continuará fiel à sua ideologia apesar do mal que alguns que dizem defendê-la lhe fizeram, dá-nos a certeza que para o PCP o que conta é o oportunismo politico, que levou o Partido a convidar um militante que lhe dava maiores garantias de ser eleito, e não o seu programa político ou os compromissos eleitorais que assume com os seus eleitores.
Perante esta entrevista perde todo o sentido a discussão se o lugar de Deputado ou de Autarca pertence ao Partido ou ao eleito. A única discussão que pode fazer sentido é se é próprio de um Partido de Esquerda tratar os seus militantes assim. Como inimigos a abater no momento em que, em nome de estratégias, carreirismos, interesses mais ou menos escondidos, deixam de lhe ser úteis.
À mulher de César não basta ser séria.
Não vale a pena apregoar a Democracia quando interrnamente não se ultrapassou os laivos estalinistas que tantas perdas, tantos desencantos e tantas traições trouxeram à Esquerda e aos trabalhadores.
Talvez o PCP devesse pensar na mulher de César de quando em vez....
(Via Arrastão).
Etiquetas: Isabel Faria
3Comenta Este Post
Muito bom post. Mas po rque não pensar no cesar mesmo?
"Foi nesse cenário pouco amistoso, que então, de entre os três circunstantes que o compunham, um deles, jovem de brinquinho na orelha e com o sotaque madeirense"....então agora defendem quem disse isto? Ah! Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!
Não anónimo, criticamos quem, após anos de militãncia, afasta alguém só porque deixou de ser útil...e quem não respeita os seus eleitores nem os seus eleitos.
E quem não aprendu nada com a história...
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