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terça-feira, abril 08, 2008

Imagens do passado não constroem o futuro


Pois, nada a fazer. O fundamentalismo choca-me sempre. Nada que me faça mudar de ideias ou discordar do Daniel sobre a realização dos Jogos Olimpicos em Pequim. Mas, apenas, uma confirmação de que a luta pela liberdade e pelos direitos humanos no Tibete, em particular, e na China em geral, tem que passar pela recusa deste tipo de fundamentalismo religioso, retrógrado e conservador. A notícia diz que os monges decidiram rapar o cabelo para mostrar o seu protesto contra a ocupação e a repressão chinesa. Não me choca nada. Todas as formas de luta, sobretudo as pacíficas, devem ser apoiadas sem hesitação quando se trata de lutar contra a repressão.
...
Na foto que o Sol publica, uma criança é rapada por monges tibetanos. Choca-me quase tanto como as imagens de crianças a trabalhar nas fábricas chinesas.
...
O futuro não passa por aqui. Nem o do Tibete. Nem o da China. Nem da humanidade.

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16Comenta Este Post

At 4/08/2008 10:20 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Tibetanos libertai-vos quer da china quer do dalai lama

Como é que os monges tibetanos se sustentam?
Como é que são "recrutadas" as crinças pelos monges?

o que dalai lama professa e os seus monges tem a ver com o budismo ONDE?

 
At 4/08/2008 10:50 da tarde, Blogger achasprafogueir@ escreveu...

Concordo! A utilização de crinaças para fins políticos é sempre de lamentar... estejam elas carecas ou a trabalhar numa fábrica a costurar sapatos para o primeiro mundo.

 
At 4/09/2008 1:18 da manhã, Blogger Mário escreveu...

Na mouche
Bjs
Mário

 
At 4/09/2008 5:32 da manhã, Blogger Leal Franco escreveu...

Ora, ora. Com que então raparo cabelo duma criança é um problema? è tão mau como a política chinesa? Sinceramente! É alguma violência? É alguma má prática? Ofende os direitos da criança? Não pode ser por causa dos chineses?
Mas, estão a ficar xéxés?
Por acaso conhecem a cultura tibetana? Sabem o que é cultura?

 
At 4/09/2008 5:36 da manhã, Blogger Leal Franco escreveu...

Mas voltando ainda à carga: os monges não podem rapar o cabelo? Seria preferível deixá-lo crescer, usar mini-saia?
Libertem-se da estupidez! Poderia ser uma frase de um monge budista!
Libertem-se dos preconceitos! Outra frase...
Ai os tibetanos deveriam libertar-se do Dalai Lama? Mas ele está lá no Tibete? E persegue porventura alguém?

 
At 4/09/2008 10:32 da manhã, Blogger Isabel Faria escreveu...

Franco, vamos lá por partes. Creio que já escrevemos meia dúzia de posts sobre a "questão chinesa".
E na "questão chinesa" colocámos a repressão, a falta de liberdade, o desrespeito pelos direitos humanos, o capitalismo selvagem, a ocupação do Tibete...chega???

Sim, para mim é uma violência. Como é uma violência o trabalho infantil ou enviar crianças para a guerra. As crianças devem brincar. Aprender. Crescer.Não devem ser usadas como armas "culturais" ou políticas de culturas ou de políticas que, por razões óbvias, não entendem e não escolhem.

Claro que conheço a cultura tibetana, e???

Também conheço a excisão...e sou contra a excisão. È uma questão cultural, a excisão.
Também conheço o apedrejamento de mulheres adulteras, e sou contra. È uma questão cultural, o apedrejamento de mulheres adúlteras.
Também conheço o recurso ao trabalho infantil...e quantas vezes é uma questão cultural o recurso ao trabalho infantil.E considero-o a negação dos mais elementares direitos das crianças.
Também conheço as touradas...é uma questão cultural as touradas, dizem. E sou contra as touradas.

Quanto ao teu último comentário: não me viste ser contra os monges raparem a cabeça em sinal de protesto. Pelo contrário...basta leres o meu post. Insurgi-me contra os monges usarem crianças a quem rapam a cabeça na sua luta. Um pouco diferente, ou não?

E sabes, mesmo que os monges ou tu, considerem estúpido ( e, desculpa, mas pelo teu post pareace que tu também...), eu sempre considerarei que as lutas dos povos devem ser feitos em nome da Liberdade e da Justiça Social...não em nome de Alá, de Deus ou de Buda.

Só para terminar, se me obrigassem a usar mini saia, ter-me-iam à perna...assim, e agora já não tanto, porque a idade nestas coisas conta, já usei brutas mini-saias!!!

 
At 4/09/2008 11:25 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Vamos lá ver, os mmonges,sempre raparam o cabelo especialmente os budistas, como demonstração de desprendimento.O novo parece-me ser as criancinhas. Inegavel a violenta repressão chinesa, como inegavel a participação/manipulação do dalai lama, visando muitas coisas entre elas os jogos olimpicos, tão saudados quando se soube que iam ser em Pequim ( sinto a honra de ter sido um dos milhões de proponentes, talvez ing´rnuamente,ou talvez não, algo vai mudar, apesar de todos estes esorços para o evitar.Erro estratégico do império, como julgo se verá.
Tambem detesto politica dos governos chineses, embora pelo seu crescimento no capitalismo selvagem, sejam dos únicos que tenham proporcionado os mais elementares direitos humanos a 1; biliões de pessoas: comer vestir.

 
At 4/09/2008 1:10 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Pequim está de punho cerrado contra tudo o que possa ferir os jogos.
A democracia é,no oriente,uma coisa estanha.
http://www.youtube.com/watch?v=cc7zjkHKMbY

 
At 4/09/2008 4:50 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Isabelinha.
Achas que uma criancinha rapar o cabelo é o mesmo que o trabalho escravo infantil?
Falas de excisão.De apedrejamento de mulheres, touradas... O que é que isso tem a ver com o Tibete e os seus monjes e a sua revolta contra a ocupação chinesa? Agora misturas tudo? É tudo igual?

 
At 4/09/2008 7:11 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Não Franco, acho que obrigarem uma criancinha a rapar o cabelo ou obrigarem uma criancinha a trabalhar tem a mesma base. Os resultados, serão, certamente, diferentes. O princípio não. O princípio é que se podem usar "inocentes" que não se podem nem se sabem defender para atingir fins. Políticos, económicos...

Não, Franco não é tudo igual. È tudo baseado numa tal conceito de "cultura" de que tu falaste. Foste tu que falaste. Disseste que rapar a cabeça a criancinhas fazia parte da cultuta tibetana...excisar adolescentes faz parte da cultura de alguns países africanos.
Não tem a mesma gravidade? Claro que não...tem o mesmo princípio. È o de que podes usar "inocentes" que não têm capacidade de se defender ou de recusar para atingir fins. Políticos, económicos, sociais. Ou em nome de culturas.

A criança que vês na imagem tem ar de ter idade para ter capacidade para se recusar a ser rapada em nome de uma causa que não conhece? Para mim, não. Tão simples como isso.

 
At 4/09/2008 7:21 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

FJ, mas eu também salientei que nada tenho contra o facto (nem faria quaqluer sentido ter) dos monges usarem a cabeça rapada. Eu até nem tenho nada contra os bombistas suicidas...desde que só se "suicidem" a eles.
O que eu contesto é que se pegue numa criança e , em nome de Buda, se lhe rape a cabeça. Ou se pegue numa criança e, em nome de Ala, se lhe coloque uma bomba às costas.

E, apesar, de o Franco vir já lembrar que não tem comparação...para mim tem. O princípio é o mesmo. A arbitrariedade sobre quem não se pode ou se sabe defender.

Quanto aos Jogos Olímpicos na China. Tenho muitas dúvidas sobre se se deveriam realizar em Pequim...mas também tenho alguma esperança que a sua realizaão em Pequim obrigue o regime chinês a auma abertura política que sem eles não se faria.
Agora, o problema é que o problema (passe o pleonasmo) da China não é só o de falta de "abertura política". O problmema da China passa pela emergência de um capitalismo selvagem , que já nem consegue, a não ser para o PCP e para o PC do B, esconder-se sobre qualquer tipo de simulacro de socialismo....

 
At 4/09/2008 8:14 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

A china não é comunista. A china á capitalista.

 
At 4/10/2008 1:21 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Pois é Isabel.
A questão da notícia e o modo como ela é feita desencadeia exactamente o que tu descreves e por isso é que a notícia é dada assim.
É porque assim até pessoas que jamais apoiariam as medidas ilegais, opressivas, invasoras, repressivas, anti-direitos humanos que a China diariamente executa no Tibete, venham, devido a uma certa cegueira relativa a questões religiosas, dizer que , vejam lá que horror! Anda alguém a rapar o cabelo a criancinhas e que isso não é modo de se opôr ao regime invasor chinês! Rapar o cabelo duma criancinha jamé!!???
E isso está dentro dos mesmos parâmetros que a excisão do clitoris? do apedrejamento das adúlteras, do trabalho infantil? Dos bombistas suicidas? Então o problema dos bombista suicidas é o perigo de matarem alguém?
Em todo o mundo a defesa da própria vida é considerada um dos mais sagrados direitos de cada ser humano. Pensar que um palestiniano, ou um muçulmano se enche de bombas e rebenta com ele próprio e mais algumas pessoas só dá para pensar em fanatismo???? Só mesmo?
Não dá para querer pensar bem profundamente sobre qual será a razão que esse ser humano que se suicida desse modo levando outros com ele não seja uma razão suficientemente importante??? Que desespero, que atropelos, que crimes impunes se passam no Tibete para que haja gente que lhes resista? Para que hajam tumultos? Revoltas? Manifestações? Para que até próximo dum jornalista parvo alguém rape o cabelo a um miúdo, a um filho?
Isto cabe dentro das tuas considerações sobre direitos humanos? É um direito humano as criancinhas NÃO RAPAREM OS CABELOS?
Não compreendo como exactamente tu que escreves e bem aquilo que tens escrito aqui e em outros lugares, possas manter essa afirmação! Só mesmo uma qualquer confusão momentânea derivada do cansaço que certamente por vezes tu, como qualquer outra pessoa, tem.
E não aceito qualquer outra interpretação. Depois querer fazer passar a mensagem que as questões religiosas é tudo areia do mesmo saco é não compreender mesmo esses problemas. É que são vários problemas e não o mesmo. Comparar por exemplo budistas com cristãos ou muçulmanos em termos de direitos humanos é mesmo ser completamente ignorante sobre as realidades bem diferentes dessas mesmas práticas ( e teorias) religiosas!

 
At 4/10/2008 1:23 da tarde, Blogger Leal Franco escreveu...

Pois é Isabel.
A questão da notícia e o modo como ela é feita desencadeia exactamente o que tu descreves e por isso é que a notícia é dada assim.
É porque assim até pessoas que jamais apoiariam as medidas ilegais, opressivas, invasoras, repressivas, anti-direitos humanos que a China diariamente executa no Tibete, venham, devido a uma certa cegueira relativa a questões religiosas, dizer que , vejam lá que horror! Anda alguém a rapar o cabelo a criancinhas e que isso não é modo de se opôr ao regime invasor chinês! Rapar o cabelo duma criancinha jamé!!???
E isso está dentro dos mesmos parâmetros que a excisão do clitoris? do apedrejamento das adúlteras, do trabalho infantil? Dos bombistas suicidas? Então o problema dos bombista suicidas é o perigo de matarem alguém?
Em todo o mundo a defesa da própria vida é considerada um dos mais sagrados direitos de cada ser humano. Pensar que um palestiniano, ou um muçulmano se enche de bombas e rebenta com ele próprio e mais algumas pessoas só dá para pensar em fanatismo???? Só mesmo?
Não dá para querer pensar bem profundamente sobre qual será a razão que esse ser humano que se suicida desse modo levando outros com ele não seja uma razão suficientemente importante??? Que desespero, que atropelos, que crimes impunes se passam no Tibete para que haja gente que lhes resista? Para que hajam tumultos? Revoltas? Manifestações? Para que até próximo dum jornalista parvo alguém rape o cabelo a um miúdo, a um filho?
Isto cabe dentro das tuas considerações sobre direitos humanos? É um direito humano as criancinhas NÃO RAPAREM OS CABELOS?
Não compreendo como exactamente tu que escreves e bem aquilo que tens escrito aqui e em outros lugares, possas manter essa afirmação! Só mesmo uma qualquer confusão momentânea derivada do cansaço que certamente por vezes tu, como qualquer outra pessoa, tem.
E não aceito qualquer outra interpretação. Depois querer fazer passar a mensagem que as questões religiosas é tudo areia do mesmo saco é não compreender mesmo esses problemas. É que são vários problemas e não o mesmo. Comparar por exemplo budistas com cristãos ou muçulmanos em termos de direitos humanos é mesmo ser completamente ignorante sobre as realidades bem diferentes dessas mesmas práticas ( e teorias) religiosas!

 
At 4/10/2008 6:45 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Franco, no mesmo comentário chamaste-me ignorante e afirmaste que estou cansada...para justificar o que tu consideras errado e para afirmates que, certamente, é a tua opinião que está correcta.
Desculpa lá mas assim não vale.
Se eu não concordo contigo só pode ser por cansaço e por ignorância...desculpa lá, amigo,mas isso demonstra uma certa superioridade moral e intelectual, para a qual eu normalemnet não tenho muita paciência...nem squer se vier de amigos...ou sobretudo se vier de amigos?

Reitero o que disse e escrevi e, desculpa lá, mas coloco um ponto final. Nas lutas dos povos pela sua emancipação, pela liberdade e pala Justiça não pode valer tudo.Até porque,e como bem disseste, se valer tudo, perdem credibilidade,
Era, apenas, disto que falava.

 
At 4/10/2008 10:00 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

libertai-vos tibetanos, quer da china, quer da religião

 

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