Sempre presente
Amanhã (hoje) é de novo dia de derby. Mais um jogo especial, independentemente do estado em que cada equipa está e a minha não está, de facto, no seu melhor momento como não tem estado ao longo de toda a época. Mas é amanhã que eu fiz questão de estar em Alvalade, porque sempre medi as coisas não por aquilo que o clube me pode dar mas sim no que eu posso servir o clube. Se o meu modesto contributo de estar 90 minutos a ajudar a que a equipa se sinta a jogar com aquele, por vezes importante 12º jogador que é o público, então que seja. Porque não é quando somos campeões que o clube precisa do nosso apoio. É agora. É nos momentos difíceis.
Mas amanhã vai ser um dia especial. Porque vou voltar a fazer algo que eu pensava nunca mais fazer, por motivos variados mas, especialmente, porque foi uma decisão tomada depois do triste incidente do Jamor que vitimou uma pessoa. Vou voltar a uma concentração das claques no Estádio da Luz para ir depois em cortejo para o WC do Lumiar. Mas, pior que isso, é que estou satisfeito por ter voltado atrás com a decisão. Pelos vistos, e pelo menos em conversa com vários outros "ex-ultras" (para quem não sabe "ultra = nome dado a membros das claques"), a Velha Guarda pensa ainda da mesma forma e muitos vão amanhã voltar a fazer o que melhor sabem. Apoiar o seu clube. Sinto-me bem por saber que, pelo menos no meu clube, na sua massa adepta o sentido e a mística ainda não se perderam e que sabemos sempre quando dizer presente e esta é de facto, pelos maus resultados, altura de dizer presente. Mas mais do que isso, e sei que tal acontecerá, os jogadores vão saber o que se passa e é esse o principal suplemento que lhes podemos dar. Deixo-vos com as palavras de Fialho Gouveia aquando da inauguração da Catedral. Elas falam de um novo estádio mas falam sobretudo de um orgulho que é ser lampião. Nos bons e maus momentos. Eu sou um lampião, como os que me conhecem sabem bem, e muitas vezes sentiram-no quando aturam o meu mau humor depois de um resultado menos conseguido, o que esta época tem sido demasiado habitual, mas só porque (e dispenso lições de moral sobre a justeza desta afirmação) amo demasiado o meu clube.
Por isso a carta de um adepto que vos deixo pois diz tudo aquilo que pode, tem e deve ser dito. Eu com os meus parcos recursos literários seria incapaz de descrever melhor o que é ser adepto deste grande clube.
Por isso acredito, como acredito sempre em mais uma gloriosa noite amanhã.
Etiquetas: Daniel Arruda
3Comenta Este Post
Foram só 5-3.
5 NO BUCHO! os famosos 20 minutos à Sporting semearam o pânico e a destruição entre as galinhas.
foram o "bombo da festa" e para semana há mais.
É incrível como somos tantos e tão diferentes. Mas quando a chama imensa arde mais alto pensamos a uma única voz. Estive lá ao teu lado, mesmo sem te conhecer. E gritamos unidos. Para mim este foi o ano do meu regresso aos grupos de apoio ao glorioso. E nessa quarta feira de eterna má memoria foi o dia de estreia em escoltas pelas ruas de Lisboa. Arrepiante aquele regresso em silêncio sentido…
Nunca mais quererei outra coisa. Eu não desisto. Abraço, Daniel.
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