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terça-feira, abril 22, 2008

Uma primeira abordagem ao novo acordo ortográfico

Ainda aqui não tinha falado do acordo ortográfico, em grande medida porque não sei por onde hei-de começar. Para mim, que não quero ser velho do Restelo, gostaria de acreditar que este acordo vai ser algo de bom para lingua. Mas a razão diz-me que não há utilidade nenhuma nisto.
Por isso vou continuar a pensar sobre o assunto e talvez volte a ele mais tarde mas nos "entretantos" deixo-vos com uma versão revista e melhorada do acordo num texto saído directamente de uma qualquer escola secundária deste país.
Boa Sorte na leitura e não desesperem se não o conseguirem ler à primeira tentativa. Eu também não consegui.
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Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q á razões qd um aluno não vai á escola. primeiros a peçoa n se sente motivada pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de trásosmontes é munto montanhoso? ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? ou cuantas estrofes tem um cuadrado? ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã?E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os lesiades', q é um livro xato pra caralho e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes até dam gomitos e a malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço de otelaria e a malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé. tarei a inzajerar?
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Gostaram???? Ainda bem!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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9Comenta Este Post

At 4/22/2008 11:54 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Honestamente não gostei nada.
Achei na verdade inacreditável. Como sabes, o acordo não é isso que puseste aí no texto de baixo. Isso não é ser velho do Restelo, que eu até respeitaria. Isso é, na verdade, utilizar os mesmos argumentos de Vasco Graça Moura, com intenção de tentar passar uma imagem catastrofista, que não existe. Se bem que lamento dizer-te, mesmo não concordando com VGM, ele é mais sério. Tenho dúvidas sobre o mérito de algumas soluções do Acordo, mas não tenho dúvidas de que é uma excelente oportunidade de o português não se perder no tempo.
Mas esta é uma discussão realmente difícil, com muitas sensibilidades, sendo infelizmente desvirtuada e levada para outros campos.
Acho sinceramente que se não sabias como começar a discussão começaste da pior maneira e podias ter guardado para outra oportunidade um post que não reflecte de forma nenhuma a realidade e, sabendo as influências que o acordo tem do português escrito por outros povos (que em nada se assemelham ao "português de sms") corres o risco (por mim não, porque sei que certamente não querias dizer isso) de ser muito mal interpretado, com uma posição que se aproxima do desrespeito por outras culturas.

 
At 4/22/2008 12:18 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Neubauten, eu, por mim, tenho algumas dúvidas que a riqueza de uma língua passe pela sua "uniformização". E tendo a ter muitas dúvidas sobre a necessidade e as vantagens do acordo ortográfico...
Agora, este texto do Daniel, era, apenas, uma brincadeira.
Não entendo onde se pode ver numa brincadeira o "desrespeito" por outras culturas...porque se, de facto, há naquela brincadeira alguma "cultura" é a da lingua do sms...

Concordo, no entanto, que deve ser feita uma análise mais séria...sempre achei que brincar não faz mal à saúde.

No entanto, também penso que deveriamos ter em atenção uma outra coisa e trazê-la à discussão e que nada tem a ver com o acordo. Cada vez se escreve pior português e em português.
E não há nenhum acordo ortográfico que vá alterar isso. Aquele texto é, sem dúvida, uma caricatura...mas há casos em que as caricaturas tendem a aproximar-se demasiado da realidade. Não será o caso?

 
At 4/22/2008 1:27 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

neubauten, a Isabel já o disse e eu reafirmo que isto foi uma brincadeira mas a verdade é que não posso concordar com os teus argumentos.
O portugues perdeu se no momento qm que se alterou as regras. A partir de agora teras uma nova língua que nasceu do portugues. A própria ação de alterar uam lingua não a melhora. Transforma a. O que devemos discutir é se é para melhor. Provavelmente o texto que eu aqui apresentei apresenta uma grande vantagem. É que poe milhares de pessoas a falar a mesma linguagem. Não é correcto hoje mas a aceitar se os pincipios que nortearam este acordo será correcto daqui a 100 anos e aí será mais uma vez revisto o código? Para milhares de jovens o portugues correcto é o do "messenger".
Eu nao vejo os ingleses preocupados com o fato de nos EUA se falar de forma diferente nem os vejo a adatar o seu ingles oa ingles do outro lados do atlantico.
Ou seja e apesar de eu nesta resposta ter optado por escrever no novo portugues não concordo com os motivos que foram apresentados para as alterações. Se os brasileiros quiserem mudar de lingua ou falar uma evolução do portugues que o façam mas não obriguem todo o mundo lusofono a falar como eles.

 
At 4/22/2008 3:08 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Desculpem não ser o tema deste comentário.

Mas hoje morreu Francisco Martins Rodrigues, o seu funeral será amanhã ás 13h 30m no cemitério do Alto de S. João.

Que quem o conheceu ou admirou, apesar de todos os desacordos, não deixe de estar presente.

Ele foi uma das referencias da luta politica na decada de 60, e ajudou a fundar a UDP.

Morreu quase esquecido.
Que nesta ultima homenagem estejam todos aqueles que o conheceram e admiraram.

 
At 4/22/2008 3:15 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Não sabia. Sabia que estava gravemente doente. Ainda não tinha lido que tiha falecido. Farei um post com a hora do funeral e a nossa pequena mas sentida homenagem ao fim da tarde, quando conseguir sair da empresa.

 
At 4/23/2008 12:21 da manhã, Anonymous Anónimo escreveu...

Não se irá escrever adatar, nem pincípio. Tenho lido e já conheço a história do acordo desde 1996.
Informa-te ao invés de andar a criar discussões absurdas. As consoantes que se pronunciam não caem. Não embarques em VGM´s.
E já agora, se calhar era melhor escreveres PHarmácia, já que tens este tamanho medo nacionalista e atávico de perderes o teu português para o Brasil. Como pensas isso?
De facto, outra coisa é certa. A nossa discussão portuguesa do acordo certamente de nada interessa ao Brasil, com 200 milhões de falantes, que pouco precisam de nós.
Por seu turno, a maior parte dos brasileiros também anda com nacionalismos doentios, não querem perder as tremas dos "u"'s.
Enfim, todos também se esquecem de que era a ocasião de aproximar povos, culturas, até a da Galiza.
Mas se é para começar com discussões falsas, argumentos mentirosos, misturando português de sms pelo meio, se calhar mais vale juntar-se aos de direita que são contra o acordo e ficar tudo na mesma.

 
At 4/23/2008 7:38 da manhã, Blogger Daniel Arruda escreveu...

neubauten, faltava aí esse argumento de me juntar á direita mas noto que não respondeste a uma questão. Se o acordo é tão importante como explicas que os ingleses ou os espanhois nunca tenham tido essa necessidade.
Outra questão é o do nacionalista. Desde quando achar um acordo ortográfico uma estupidez de todo o tamanho é nacionalista. É uma opinião e é essa a questão do acordo. A quem serve o acordo. A meia dúzia de iluminados que se auto promoveram com esta coisa. O Brasil está-se a borrifar. Angola idem, Moçambique tb, ... Então para que serve. Agora até já vens com a Galiza. Esta "evolução" do portugues afasta-nos em grande escala do Galaico-Português e do dialecto falado na Galiza. Mas se era para isso porque não juntámos os tradicioais X em vez dos nossos J? Unifrmizava ainda mais.
Por fim o Portugues de SMS. è um facto que o Estado perdeu a autoridade moral para criticar o uso deste portugues quando adopta um acordo ortográfico feito á medida das vaidades e vontades de meia duzia. Os jovens deste país, governantes do futuro que usem á vontade o "messangês" que quando eles estiverem nos cargos de decisão vão arranjar maneira de tornar essa linguagem oficial e obrigar toda a gente a escrever assim.

 
At 4/23/2008 7:49 da tarde, Blogger Isabel Faria escreveu...

Neubauten, desculpe lá meter-me de novo na conversa...mas esta de concordar ou não com o Acordo e de o achar ou não necessário, ser uma questão de Esquerda ou de Direita, não lembra ao Diabo...
Eu ainda soudo tempo em que o que distinguia a Esquerda da Direita era o respeito pela LIberdade. a luta pela Justiça Social e pela Democracia Social e política, o respeito pelas diferenças, a recusa da dscriminação, do racismo e do nacionalismo...

 
At 4/24/2008 8:28 da tarde, Blogger Goldmundo escreveu...

Só para dizer que cada vez mais me apetece escrever pharmacia. Os acordos ortográficos, embora já ninguém dê por ela agora, são o que resta de uma tentativa da República de 1910 de mostrar que agora é que o imenso Brasil se ia reconciliar com isto que somos.

(aliás, pharmacia era mais facilmente entendido por franceses e ingleses - e a ideia não é essa?)

De resto, suponho que nestas coisas vou contra a corrente. Falhou a educação obrigatória. Ao fim de cento e tal anos de tentativas. Os paises realmente letrados são aqueles em que nasceu o protestantismo - e que tiveram gerações e gerações com a ideia de que era preciso saber ler a bíblia.

O Estado deve proporcionar educação gratuita a quem quiser. E não obrigar ninguém a saber o que é o cloreto de potássio.

 

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