Nem tudo são rosas...
Não é exactamente verdade que não haja diferença, como nos querem (queremos) convencer. Há. Começamos a trocar o espelho pelos outros...sobretudo pelos amigos, que não mentem, em princípio, a não ser para nos verem felizes.
Mas quando insistimos mesmo no espelho, aprendemos a optar pelo candeeiro da mesa de cabeceira, em vez do candeeiro do tecto. Ah, e os das cabines de prova dos prontos-a-vestir, são mesmo território inimigo.
De vez em quando, temos que alterar hábitos. Porque apanhamos um susto e sabemos que ainda não temos as coisas arrumadas de modo a podermos, levianamente, apanhar sustos.
Concluimos que, definitivamente, os bikinis deixaram de estar na moda.
Às vezes, ao fim de um dia de trabalho, mesmo que tenhamos comprado naquele dia o livro que queriamos ler...ou que esteja a dar na TV o filme que queriamos ver...deixamo-nos vencer pelas almofadas do sofá.
Quando nos apaixonamos (não, isso estejam descansados que nunca passa...), já sabemos que não vamos morrer quando acabar...e já sabemos que vai acabar...mas também já passámos a fase de não querer porque será mau quando acabar...
Abrimos a porta cinco vezes à procura das chaves e revolvemos a casa toda, e onde raio meti as chaves...até que ouvimos um toque estranho quando aproximamos a mão da mesa...e voilá. Fez-se luz, não completa, porque não fazemos ideia de como ou quando foram lá parar.
Já só saimos à noite quando vamos jantar primeiro. Definitivamente jantar em casa e depois, à meia noite, estarmos a escolher a roupa para sair...passou à história.
Continuamos a empenhar-nos em algumas coisas, mas já sabemos que na maioria delas os resultados ficarão para as calendas gregas...e não nos lembramos o que são as calendas gregas.
Gin tónico e wodka laranja, foram afastados, de vez, das nossas noites, das em que jantamos fora, porque já nos convencemos que a seguir à noite vem sempre uma manhã.
Já fizemos madeixas de 453 tons diferentes...e tivemos mesmo que nos fixar no louro, alourado ou mais ou menos louro, por razões óbvias, entre elas o orçamento familiar e o facto de os cabelos cresceram a uma velocidade superior às rugas e à celulite. Apesar de tudo, para bem dos nossos pecados, senão a coisa seria mesmo negra...
Começamos a chorar quando revemos a Heidi ou quando nos preparam uma surpresa de aniversário.
De vez em quando, na véspera, assim tipo ontem, pensamos "acabámos de desperdiçar mais um ano..." ou, confesso esta é a parte pior, e aparece bam mais tarde que a 1ª ruga, ou seria complicado aguentar o calendário "já falta menos um".
Etiquetas: Isabel Faria
8Comenta Este Post
Excelente definição de idade!!!
Convenceste-me
Desculpe lá, eu entrei e nem bati à porta mas depois de ler o post com Mestrado em Campos de Golfe eu só posso deixar os meus parabéns 2 vezes, uma porque faz anos e outra pelo blog. E anime-se a vida é para olhar em frente
Aqui fica um beijo de um desconhecido
...olhe chame-lhe impulse.
Daniel, espero que não estejas a falar da parte das madeixas...
Luís, seja bem vindo quem vier por bem, cantava o Zeca.
Não precisa, pois, de bater à porta sempre que por aqui quiser passar...e se, por um azar qualquer, tipo uma vantania repentina, ela estiver fechada, a chave fica sempre debaixo do tapete.
Obrigado pelo Parabéns, pelo beijo e por me lembrar que não há mesmo outra forma de a viver. Pelo menos, outra forma que valha a pena.
E obrigado também pelos Parabéns ao Troll...ele fica todo inchado quando lhe dão mimos!
Parabéns prima! Continua a desperdiçar anos, mas aproveita cada dia.
Passo aqui de vez em quando e gosto. Vamos ver se nos cruzamos um dia lá na terra.
Pega lá beijos.
JJS
Ainda bem que passas e ainda bem que gostas...quanto ao cruzarmo-nos lá...pois, é possível. Mas confesso que lá, é cada vez mais apenas em casa. Depois de uma tentativa suicida, ou, pelo menos, masoquista, de voltar às origens, acreditando que ainda ali encaixava...a terra ficou cada vez mais a casa dos meus pais.
E as minhas´, casa e terra, ficaram cada vez mais, esta:
Mas sim, havemos de nos encontrar...pomme de terre!
Temos a mesma opinião sobre estes dias estrannos dias. Mas o melhor possivel. as madeixas ficam muito bem, particularmente numa esqerdista pequeno burguesa.
Venho aqui e só agora, por vários motivos.
Deixei ontem no Pópulo so parabéns e creio que também te mandei por mail, ou então, tive intenção de o fazer.
De qualquer modo, deixa-me dizer-te que é bom fazer anos, d´-nos outra visão das coisas.
Agora a outra coisa, ao ver a tua data, 28 de Maio, não pude deixar de me lembrar da minha filha, 28 de Setembro. Voçês tiveram cá uma pontaria!
Quanto ao escrito, este, bem esgalhado!!!
A tua resposta "à terra", à nossa terra, teve piada, é mesmo assim.
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