Quem sai aos seus ...
Ao chegar a casa liguei a televisão e ao passar pela 4 estava a dar uma corrida de Toiros. Era a alternatiava de Marcos Tenório filho de Joaquim Bastinhas o que só por si me deveria fazer logo mudar de canal pois é pessoa e cavaleiro por quem nutro pouca estima, mas isso seria conversa para outro post e isto não é um blog de tauromaquia. Mas fiquei para ver quando é que iria aparecer a famosa bolinha ao canto do ecrã. Até ao 3º toiro da noite não apareceu e eu desliguei a televisão pois amanhã é dia de trabalho e admito que aquel cartel não me "puxava" muito. Fico feliz pois pelos vistos é mais uma lei parva que não é para cumprir.
Assim aproveitei para explicar ao meu filho o que era uma alternativa, um ferro ao estribo, uma investida, um manso, um estranho, uma ganadaria, Um moço de forcados e o papel do cabo, um cavalo calçado á frente e o ferro entre outras expressões usadas nas corridas. Ficou a promessa que o haveria de levar aos toiros um dia destes. Numa bela tarde solharenga. E quando digo toiros não é só á corrida. É a tudo o que envolve a Festa Brava. Isto e a promessa de uma ida ás largadas da Moita, Vila Franca ou Alcochete. Parece que o miúdo não herdou só os defeitos do pai. Ficaram também no sangue as suas paixões e aí os toiros e a Festa estão obviamente incluídas.
Etiquetas: Daniel Arruda
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ou seja... mais um defeito do pai....
António é um ponto de vista. Já viu se gostassemos todos do mesmo?
Eu prefiro a diversidade de opinião respeito-o por não gostar.
As praças de toiros só têm capacidade para alguns poucos milhares por isso ainda bem que não gostamos todos.
António, está é a parte mais ou menos desnaturada do Daniel (LOL), do meu ponto de vista...mas daí a conseiderar isso um defeito...também acho que se gostassemos todos de azul tadito do amarelo que é uma cor tão bonitinha...e olhe que eu detesto touradas. Touroa. Forcados. Cavaleiros. Daquilo tudo só comprava um cavalo se coubesse na sala, adoro cavalos, foi tudo o que me restou da minha costela ribatejana e uma coisa dquelas que se espeta no touro para espetar nalgumas pessoas (não, António, isto não tem nada de anti-comunista, estava mesmo a pensar no Sócrates, na D. Manela e assim...).
Mas Daniel antes de levares o teu filho a uma tourada, deixa-me sugerir que o leves a ver os cavalos em liberdade, sem touros para afrontar,nem cavaleiros para dar voltinhas marialvas na arena... ele até pode vir a não gostar de touradas mas vai achar um piadão a conhecer um Lusitano, um Sorraia, um puro sangue árabe...tem muito mais piada.
Eu sabia que me ias compreender.
Quanto aos cavalos e aos touros em liberdade felizmente já os viu e gostou. Mas olha, não sou só eu que o quero levar. O pedido para ir partiu dele.
Não é por ser uma imagem poetica, mas já viram ao lusco fusco regressarem das pastagens os touros bravos , acompanhados pelos campinos, por cima da Ponte de Vila Franca,vindos das lezirias, tinha eu cinco anos, ( foi há muitos), e nunca mais me esqueci.
Das touradas e dos seus opositores, é outro assunto.
Mas os poemas do Lorca, os romances do Hemingway, os quadros e desenhos do Goya e do Picasso, dizem muito, de que os grandes artistas tambem são sensiveis á festa festa brava, sangrenta , e medieval como já lhe chamaram....
caro daniel. gostar do azul ou do verde nao implica torturar nenhum Ser... quando muito pode ser uma aberração para alguns não gostarem de ver as paredes de sua casa pintadas de determinada cor... mas isso! quanto a bandarilheiros e torturas gratuitas ja nao se pode sizer o mesmo. quanto ao respeito, não percebo qual a duvida entre nos os dois. como carne, sim. mas nao sou apologista da sua tortura antes da morte. quanto a si, pelos vostos gosta de sangue...
isabel, eu não vejo anti comunismo em todo o lado, embora o sinta mais vezes do que gostava... principalmente nesses comentarios que tentam fazer trocadilhos... mas aceito-os com humor. Era por ai que queria ir, nao era Isabel?
abraços aos dois.
Daniel, como tu gosto de touradas e de tudo o que é festa brava, não gosto muito da chamada corrida à portuguesa, pois adoro ver um matador (é esta a sua profissão) lidar a pé um touro bravo.
Sabendo nós que estes animais apenas são criados para isto, um possivel fim das corridas de touros seria fim destes animais.
A vaca brava não dá leite que chegue para se tornar rentável ao contrário das outras vacas " as leiteiras" o touro bravo vive em meida 5 a 6 anos em completa liberdade com vários hectares de terreno por touro, nesta sociedade capitalista sem corridas de touros não estamos a ver que alguem queira oinvestir na criaçºao destes animais, quando os outro a que chamam bois e que são criados exclusivamente para alimentação, kevam os seus dois tês anos no máximo amarrados num curral o mais perto possivel da manjedora para que não se cansem e atinjam rapidamente o peso necessário para o abate. Isto sim é tortura e da mais cruel, só que estando longe dos olhos "coração que não vê..." .
Se o "puto" quer leva-o talvez venha a gostar ou não mas pelo menos fica a conhecer ao vivo o que é festa brava, no fundo começou a ir sem ainda saber falar (logo não pediu) à Luz na segunda circular, e festa é sempre festa.
Caro augisto:
dizer que sem touradas não há touros é como dizer que sem caçadores de elefantes - em busca do marfim - não havia elefantes!!! ele há cada argumento!!! tortura. sem nenhuma finalidade ritual que não seja a barbárie, o sangue é apenas reflexo da tortura. caso não saiba, as touradas - antes de serem (re)criadas pela nobreza guerreira - como jogos de guerra - em tempo de paz, que lhe incutiu a violencia que hoje tem, eram um rito de passagem para muitas comunidades rurais. nem de perto nem de longe com este grau de violencia. e a que existia (alguns bichos podiam ficar feridos - assim como os rapazes que se propunham ao rito) sempre tinha alguma finalidade ritual. hoje que tem? sangue. sangue e apenas sangue. que tal tirar bilhete para visitar um matadouro. não critico a morte, apenas a barbárie que a antecede. por isso digo : o que me faz impressão não são os touros de morte. sao as touradas. acrescento mesmo: ja que existem parece-me um contracenso não serem todas de morte. sempre era menos mau que os bichos ficarem a arder em febre até à segunda feira seguinte (quando acontecem ao fim de semana,) à espera dos serviços veterinários para acabar com o sofrimento. A crueldade esta nas touradas em si. o resto apenas pormenores rabiantes da mesma face da mesma moeda da crueldade. tradição??? a tradição não justifica tudo - assim se faz o avanço civilizacional. e lembro que as tradições são sempre inventadas e recriadas para legitimar as elites.
nota : quando critico as touradas excluo dessas criticas as pegas ou as largadas de touros. excluo igualmente o toureio com capa.
Caro António, nem sequer vou discutir as touradas. Confesso que cansei. O que o Augusto diz tem razão. O Toiro de lide só existe porque há touradas. Sem elas este touro não faz mais nenhum sentido. As femeas desta espécie não dão leite que chegue e os machos não são rentácveis do ponto de vista de comercio de carnes. Mas pior ainda é o facto de eu não querer discutir hipocrisias.
Não leve isto a peito, não é contra si. Vejo que lhe causa reulsa a corrida de toiros mas come certamente frango, de aves criadas em espaços superlotados onde a morte por axfixia é corrente. Comerá ceramente carne de vacas que tiveram durante dois anos o seu mundo confinado a 1/2 m2. Usará prováveelmente camisas de seda sabendo perfeitamente que para que o fio não se corte os bichos são sufocados dentro do casulo na sua fase de passagem de larva a borboleta. Usará decerto cremes de protecção solar sabendo que estes dão cabo como nenhum outro químico dos ecossistemas marinhos. Certamente que gostará de comer caça, sempre que criada em cativeiro claro, mesmo sabendo que estes animais são engordados em jaulas e depois lançados no mato sem nenhum tipo de habituação para serem mais facilmente apanhados. Certamente ue gostará de muitas mais coisas relacionadas com animais mas a tourada é que lhe causa engulho, não se dando sequer ao trabalho de saber como as coisas se processam. De como está a lei para o tratamento veterináro. Você e muitos outros.
Ainda lhe digo mais par que se escandalize mais um pouco. Sou amante das corridas completas. De morte e vou a Espanha sempre que posso para as ver. Espanha esse país atrasado e retrógado.
Augusto, de facto o prazer de ver uma corrida a pé é superior ao de uma corrida á Portuguesa mas também por aí se veem bons ESPECTÀCULOS.
Só para terminar. É para mim mais tortura a ausencia da eutana´sia em Portugal do que as corridas de toiros, mas porlongar o sofrimento da spessoas parece que é mais importante que qualquer questão racional.
caro Daniel: nao se irrite que assim julgo ser indesejada a minha participação neste blog... não sou orgulhoso mas.. sei reconhecer onde posso estar a incomodar. mais uma vez - e sempre que o assunto o arrelia não quer falar mais, bela forma de tirania. relembro que foi você que fez o post! - mais uma vez, dizia, mistura alhos com bugalhos. se me leu com atenção eu disse ao camarada que aqui escreveu também gostando de touradas (e está, estão no vosso direito, como estou eu em critica-las e em lutar contra elas): critico a falta de condições com que tratamos todos os animais para consumo ( e saiba que sou activista na sua defesa)mas uma mão não pode lavar outra. nem a tortura tauromática pode ser explicada com outra tortura qualquer. quanto a touradas de morte também já lhe disse o que penso.
quanto à acusação de nao saber como se processam as coisas deixe dizer-lhe que estou devidamente informado. Filho de (ex)criador de cavalos. ribatejano. estudioso da materia - e a fundo, garanto-lhe.
o argumento de quem sem touradas não há touros... bem... sem comentários. ora ai esta uma boa forma de preservar as espécies. nunca tinha pensado nisso. Porque não criamos embriões para depois podermos brincar as guerras? talvez encontremos alguma arte na sua lide e na forma como fogem às balas... mas que importa? sem balas não haveria embriões... mas espere lá.. o touro foi criação do "criador" ou da genetica??? coitados dos elefantes... afinal, ainda bem que há quem os mate parta lhe tirar o marfim, caso contrario estavam extintos. Como os toiros, pois...
António, não é indesejada a sua presença, aliás se fosse não teria respondido ao seu comentário.
Mas não desvirtue o que digo. Sem touradas não haverá estes toiros e não os toiros.
É um facto. Não se trata de preservar a espécie, que ela aguentaria-se tal como o burro que já não tendo nehuma utilidade continua a ser criado apenas para que a espécie não se perca. Mas diga-me para que serviria esta espécie d e toiro depois. Que uso acha que se lhe dava?
Quanto ao resto do seu post não é argumento é pura demagogia. E porque não criarmos abelhas para bricarmos as desinfestações.
portanto, cria-se a espécie de toiro - esta especie, como o dsniel lhe chsmo - e depois «brinca-se» com eles que não servem para mais nada. e com o argumento que caso nao se brinque eles dexem na pureza da raça. sim senhor, assim vale a pena ser «puro» sim senhor. ja percebi. obrigado.
e também coloquei aqui um post sobre o seu argumento da eutanásia mas não sei porque não ficou visível. só para dizer que esse argumento me parece um bocado deslocado. a não ser, dizia eu, que seja para finalmente concordarmos nalguma coisa de fundo :)
um abraço
António, não há nenhum comentário à espera de moderação, não rejeitei nenhum comentário assinado por si, nem vi nenhum comentário que versasse a eutanásia.Possivelmente houve um erro quaqluer no sistema.Pelo facto, apesar de nos ser alheio, as nossas desculpas.
Daniel
Costuma dizer-se que gostos não se discutem. Mas, como pai que és certamente sabes que se educam. Tu dizes que gostas de touradas, entusiasmas-te com o espectáculo da lide taurina, etc. Mas o único argumento que usas para desarmar opositores é a incoerência destes no que diz respeito à sua alimentação. E isso é, a meu ver desleal. Porque criticas nesses opositores o que tu praticas sem pestanejar.
Já no meu caso, onde sou perfeitamente coerente pois até sou vegetariano como sabes, mudas de estratégia, sem razão, ao falares de ter carro que polui, etc, etc.
Não existe argumentação verdadeira para a tortura como bem sabes. E o gosto, ou os gostos ou entusiasmos, por muito que nos façam vibrar, não justificam nada.
Na minha terra essa maneira de falar explica-se com a frase "a morte quando vem tem sempre uma desculpa" o que significa apenas que irás inventar seja o que for para manter ou justificar uma postura errada. E isso não valoriza as tuas (e muitas) posições correctas. Admitir que não estamos certos num determinado assunto não nos diminui nem fragiliza. Pelo contrário. Aumenta-nos a estatura.
Pronto! Já sei que de estatura estamos conversados da tua parte.
Digo-te isto, como já disse anteriormente, com muita estima e amizade. Desculpar-te-hás porventura que ninguém é perfeito. Errado. Eu acho que o ser humano é, perfeito. Acho também que está em evolução e pode, e deve, superiorizar-se e evoluir ainda mais
Leal, nós não nos entendemos neste aspecto por uma razão apenas. Tu consideras a Tourada tortura. Eu considero-a Festa, Espectáculo e Arte. Enquanto nenhum de nós se convencer do contrário nunca chegaremos a um acordo, até porque há como bem sabers argumentos para todos os gostos e feitios e nós achamos sempre os nossos melhores que os dos outros.
Daniel
A questão é mesmo essa! Entre tortura ou arte não há sofismas!
Tortura - implica o sofrimento inflingido a outro ser. Na tourada isso acontece, é deliberadamente provocado, e é isso que as pessoas querem ver.
Quanto à arte, outros valores mais altos se levantam: a arte é uma palavra com origem grega (arete) e que significa virtude. Essa palavra que quase caiu em desuso hoje em dia. Acontece que não pode haver confusão entre uma coisa e outra a não ser por incapacidade de visão que normalmente dá pelo nome de cegueira.
Sim cegueira. Mesmo daquea que o Saramago fala
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