Pausa
Não fecho a caneta, pois a qualquer momento posso voltar a precisar dela, mas coloco-a num repouso que não lhe consigo negar.
Neate momento, sinto-me como a imagem de lá de baixo. Sozinha. Muito cansada para levantar a cabeça. Com o Mar a que sempre recorri a fugir de mim e com a minha própria sombra, teimosa e ostensivamente, como companhia.
Há tempos, esta seria a altura ideal para escrever no Troll. Quando assinava Isabel e podia ser qualquer um, o Troll teria servido de terapia. Os erros pagam-se caros. E o nome e o resto, tiraram-me essa capacidade.
Há palavras que nos cortam como lâminas. Momentos em que o rodopio de sentimentos e de emoções nos retiram lucidez. Aprendi com a idade que devemos viver esses momentos com algum recato. Ou, mais cedo ou mais tarde, quando o tempo se tiver encarregado de calar (amainar) as dores, haveremos de nos arrepender.
O Troll tem sido a minha segunda sala de estar, a assoalhada, como numa hora de inspiração lhe chamou o Daniel. Por momentos vou ter que me quedar na outra. Na real. Tenho a certeza que só lá, voltarei a encontrar vontade de pegar de novo na caneta. Ou talvez não.
Também tenho a certeza que o Daniel (e espero que o Franco) vão mantendo o pó limpo e as almofadas arrumadas em cima do sofá. Peço~lhes que não fechem o caderno e que não se precupem que a caneta é das que a tinta não seca. Pode manter-se aberta.
Eu andarei por aqui. Gosto o suficiente para não me afastar. Obrigado a eles e desculpem eu ser fracota...
Etiquetas: Isabel Faria
12Comenta Este Post
Seja qual fosse a tua decisão eu concordaria sempre com ela. Porque é tua e já demonstraste que tomas sempre as decisões mais acertadas. Só não gostei do por semanas. A porta da assoalhada está sempre aberta para ti, coisa que não precisas pois tens chave da casa.
Já estamos com saudades.
Sozinha é um bocado injusto para algumas pessoas, não é, Isabel?
E a Revolução?
Esta não se faz sem revolucionários.
Fica bem, se possivel, contigo!
Abreijos
Há alturas em que essa pausa é a atitude possivel e sensata.
Aliás esta cosa dos blogs cansa que se farta!
Olha que eu, muitas vezes começo a pensar na reforma...
Daniel,
"Porque é tua e já demonstraste que tomas sempre as decisões mais acertadas".
Mesmo quando a gente precisa de festinhas na cabeça, os amigos devem devem ser realistas connosco...
RN, desculpa.
José Manuel, a gaita toda é que os revolucionários são pessoas...
Mas mais dia. menos dia, a Revolução ...está de novo na ordem do dia.
Émièle, como dá para ver, não é completa...
Eu ando aqui, o que não saem são as ideias. É assim como se se tratasse de uma garrafa vazia...
Samuel, tarefa hércula, essa, neste momento.
Mas isto vai lá.
Um beijo, para ti.
As decisões, quando tomadas, são para levar até ao fim e, é melhor pensarmos pela nossa cabeça que pela dos outros.
Conta com a minha amizade e solidariedade, sempre!!!
Ok.Beijinhos...
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