Coisas nem sempre fáceis de escrever...
Sá Fernandes deu hoje uma entrevista ao Diário Económico. É uma entrevista triste. Triste porque a arrogância é sempre triste vinda de alguém que não devia precisar dela para provar nada a quem quer que fosse.
Há uns tempos, Sá Fernandes apelidou a Concelhia de Lisboa do Partido que o elegeu por duas vezes para Vereador (e fomos nós que elegemos Sá Fernandes - os votos podem ter-nos ultrapassado, mas o trabalho, o empenho foi nosso), de "três ou quatro" pessoas impacientes e ignorantes. Agora, escreve que não precisa do Bloco para nada. Que os amigos são para as ocasiões. E que quem toma as decisões é ele.
Mas mais grave, Sá Fernandes não fala verdade quando afirma que a fusão da Gebalis com a EPUL não faz parte do seu programa eleitoral. Porque faz. E faz com data marcada. No Gente de Lisboa, foi hoje publicado um post com as bases programáticas do Lisboa é Gente nas intercalares de 2007. Está lá, na parte referente às propostas para a diminuição das despesas. preto no branco, para quem parece que lhe falta memória:* Integrar, até 2008, a Gebalis na EPUL.". Estamos em Agosto de 2008.
Sá Fernandes até pode pensar que não é a hora certa. Até pode dizer que estava enganado quando colocou essa fusão como uma das suas prioridades e também por ela foi eleito, mas não pode dizer que ela não fazia parte do seu programa. Porque fazia. Do seu e do Bloco.
Olhando o texto do Gente de Lisboa, dá para entender o que não foi feito. Poder-se-ia sempre dizer que não foi feito porque o PS não quer...porque somos minoritários no Executivo...porque, afinal, vamos tentanto cumprir o nosso progrma, mas o PS tem o dele e não abdica dele.
Mas Sá Fernandes não diz nada disso. Este é o melhor executivo da última década, afirma. Ainda há corrupção mas as trapalhadas acabaram. Parece que Lisboa vive num Paraíso...por aquilo que Sá Fernandes me habituou e por aquilo que me fez percorrer Lisboa para o eleger, esperava que nesta entrevista ou em qualquer intervenção pública, ele se lembrasse que nos Paraísos não há Bairros da Liberdade...nem ruas privadas por imposição de uma embaixada...e que saísse à rua a dizer isso. Como nos habituou. Como se esperava dele.
Sá Fernandes diz que não precisa de mais nem menos do meu apoio. Fico descansada. Sinceramente, neste momento, eu também não tenho mais nem menos que este para lhe dar.
Esta entrevista de Sá Fernandes mostra outra coisa que eu me tenho cansado de dizer, para dentro do meu Partido: Clarificação é precisa.
...
Gostaria de fazer notar que numa coisa eu concordo com o meu Vereador. É dele a última palavra. As decisões são ele que as toma. Para mim isso é claro. Tenho a certeza que para o Bloco também. O que eu exijo (e é de exigir que se trata quando falamos nos nossos eleitos) e que ele decida em conformidade com o seu programa. E o Bloco tem a obrigação de exigir o mesmo. Eu não elegi Sá Fernandes. Elegi Sá Fernandes com o programa "Lisboa é Gente". Creio que todos os outros que o elegeram fizeram o mesmo que eu.
Etiquetas: Isabel Faria
32Comenta Este Post
De acordo com o post. Sá Fernandes desilude a cada dia que passa: arrogante e "não diz a verdade". A experiência SF acabou. O BE deveria retirar-lhe a confiança política.
Para a próxima concorra pelo MPT ou tenha coragem para arranjar algumas milhares de assinaturas.
Realmente já não há gratidão. Ouvi boquiaberto ontem que um assessor do vereador vai ter de sair da assembleia municipal porque ele não quer ninguém do staff em coisas do Bloco e quer proibir que tenham funções pelo BE. Como é que o Bloco atura isto? Não percebem que o Sá Fernandes é que já meteu o Bloco a andar?
Francamente Isabel, então não é que eu concordo contigo?
O problema que se me poe agora é que eu devo estar enganado e tu também. Porque já há mais gente que sempre nos disseram "não, ... Estão enganados" que agora já concordam com o que escreves. Alguém mudou de opinião. Mas isso também não faz mal nenhum. Só os tolos é que não mudam.
Anónimo, também já ouvi isso mas com uma diferença. É que a mim não me deixou boquiaberto. Nem sequer um esgar de espanto.
E sim, concordo contigo. J´ahá muito que o Sá fernandes pós o bloco a andar mas, e com as devidas diferenças, é como a história do marido traído. Muitas vezes não se quer ver o óbvio e recusa-se a evidencia.
Infelizmente chegou-se a este ponto....
O Bloco convidou há dois anos Sá Fernandes a encabeçar uma lista, porque Sá Fernandes era uma figura prestigiada, e daria uma candidatura forte contra o Carmona Rodrigues, e o Carrilho, os militantes empenharam-se, muitos independentes empenharam-se tambem , e Sá Fernandes foi eleito.
Nesse primeiro mandato foi a oposição a Carmona Rodrigues, impôs-se como uma homem de coragem, denunciou a corrupção e o compadrio, e finalmente foi a sua acção corajosa, que levou á queda da vereação Carmona e ao descalabro que ela foi .
Um ano depois, e em novas eleições o Bloco renovou a confiança no Sá Fernandes, o empenhamento de muitos militantes é que me parece foi bem mais fraco, somado á campanha de destruição de imagem, e a pessoas que se reclamando do BE,fizeram campanha contra Sà Fernandes,( é bom que isso não seja esquecido,)foi o inicio de uma nova fase, em que durante a campanha já se perceberam algumas clivagens claras.
o Resto é historia, Sá Fernandes é reeleito, faz um acordo com o PS, e a partir desse ponto o BE dividiu-se, a confusão instalou-se, e se havia militantes que tentaram apoiar esse acordo, e fazer vingar essa experiencia, outros e até o proprio Louçã , criaram por palavras e por actos, condições objectivas, para que as contradições se agudizassem, as divergências não tivessem solução, e a rotura , teria de ser o triste final desta historia
De quem foi a responsabilidade?
Do Sá Fernandes.... desculpem mas ele terá uma parte dela, mas quando Louçã afirma em entrevista, passado dois meses do inicio da esperiencia da aliança com o PS em Lisboa, que isso tinha sido uma questão pontual, e não era para repetir, estava conscientemente a criar as bases para a rotura, é bom que nos lembremos, que na mesma altura, Ana Drago discordava dessa posição tão radical, o que revelava bem, as divergências profundas, a nivel da direcção do BE.
Depois vem o Heitor de Sousa e as suas declarações, dando por findo o acordo, se determinado pressuposto não fosse imediatamente cumprido pelo PS, sem que primeiro , tivesse traçado uma estrategia comum com o vereador eleito.
Em suma não houve trabalho conjunto entre o Bloco e o Sá Fernandes, culpa de quem ?... do Pedro Soares , e da sua incapacidade de resolver as divergências sempre que elas surgissem?
Falta de visão tactica da parte de alguns dirigentes do Bloco a começar pelo Louçã?
Incapacidade de trabalhar em acções unitarias com independentes?
Ingenuidade, como parece ter sido o comicio do Trindade, em que a montanha parece ter parido um rato?
Eu votei Sá Fernandes por aquilo que ele deu á cidade,antes de ser vereador e pelo que nos mandatos , nos tem continuado a dar.
Sá Fernandes levantou em reunião da Camara, já ha pelo menos 2 meses a questão da Embaixada de Israel, veremos se esta acção do BE será mais eficaz.
Sá Fernandes pode nas entrevistas dar a visão de ser uma pessoa arrogante , sei que não o é, mas o estado a que chegaram as relações com o Bloco, ou pelo menos com alguns dirigentes , talvez o leve a fazer certas afirmações, que numa situação normal nunca o diria.
Esta foi uma experiencia falhada, seria bom que no Bloco soubesse tambem assumir a sua parte, e que é muito grande, nesta rotura.
O Daniel Oliveira escreveu há tempos no Arrastão um texto exemplar, pena que poucos dirigentes do Bloco o tenham lido, ou pelo menos sejam capazes de reconhecer que tambem erram, e ao reconhecer esses erros, aprendam com eles.
Apesar de ter as minhas duvidas que isso seja possivel.
Augusto Pacheco
Zé Manuel, queria deixar aqui publicamente a minha admiração. Com o mesmo desassombro com que me criticaste, aquando das minhas primeiras criticas, à actuação de Sá Fernandes, hoje assumes a tua concordância com elas. Também sou assim. Não sou capaz de assobiar para o lado, não tenho medo das minhas dúvidas, nem sequer me assustam as minhas contradições. Também eu não tenho dogmas. nem santos. Sei que não é fácil ser-se assim.
Mas a gente aguenta...
Anónimo, dessas histórias, mais ou menos "internas" abster-me-ei sempre de me pronunciar publicamente.Por todas as razões. Que vão do bom senso à noção do que está verdadeiramnte em causa. Politicamente.
Mas também a mim não me espantam.Infelizmente.
Daniel, possivelmente nós também temos uma "vantagem" que muitos militantes e eleitores do Bloco não têm. Nòs estamos cá dentro (ok, eu estou...e vou-te mantendo mais informado do que aquilo que acho que devo falar ou discutir publicamente). Daí eu continuar a chatear toda a gente com a história da clarificação. Pública. Política. Assumida.
Augusto, quem é que dentro do Bloco fez campanha contra Sá Fernandes durante a campanha eleitoral? Estou a falar de dirigente do Bloco, obviamente. Pois parece que é a eles que te referes.Sinceramente não estou a ver ninguém...no dia do jantar de encerramento, no dia das eleições, nas campanhas pelos bairros, eu vi todos, mesmo muitos de fora de Lisboa.
Não sei se adianta encontrar culpados. Se adianta, sabes qual é o "meu culpado". Chama-se Acordo de Lisboa e nunca deveria ter sido feito. Mas isso agora adianta o quê? Ficar muito contentinha por ter tido razão? Já não estamos mais nessa fase. Nem eu tenho idade para isso.
Estranho, no entanto, que no teu comentário, continues sem nunca aludir a duas questões que para o Bloco têm que ser fundamentais: Sá Fernandes está a cumprir o seu programa eleitoral? O PS está a cumprir o Acordo?
Ah e só duas clarificações: Francisco Louçã não começou a falar no Acordo ser irrepetível dois meses depois dele ter sido feito. Foi muito tempo depois que saiu essa posição que o Coordenador do Bloco transmitiu. Assim como foi muitos meses depois que a Lista A,para a Concelhia de Lisboa, apoiada pela maioria também colocou essa "irrepetibilidade" no seu programa.
Quando Ana Drago falou duma forma menos radical, como tu lhe chamas, falou por ela. A posição que tinha sido tomada na Mesa Nacional do Bloco era a que transmitiu FL. Mesmo que não concorde inteiramente com ela, ela, por força dos Estatutos do Partido, passou a ser até à próxima Convenção, a posição do Bloco de Esquerda. Penso que seria óbvio que o Coordenador do BE a transmitisse.
Oh Augusto Pacheco, dissecas todas as responsabilidades do Bloco, mas não apontas uma sequer ao Sá. Terá algumas!... dizes, mas ficas-te por aí. Podias ser um pouco mais equilibrado nessa distribuição de responsabilidades. Porque é que não reparas bem no tom da entrevista de hoje? E no artigo do irmão no Público de há 2 ou 3 semanas atrás? Não se te torna evidente que só lhes interessava o Bloco se o tivessem conseguido arrastar para debaixo da asa do PS? O bloco consegue trabalhar com independentes durante 2 anos e de repente deixa de conseguir. O Louçã e o Pedro Soares foram bestiais até à assinatura do acordo com o PS. De repente passaram a ser umas bestas. Diz-me lá, quem é que mudou de situação? Quem é que deixou de ser crítico e passou a ser um cordeirinho do Costa? Foi o Louçã e o Soares? Queres continuar a fazer do Sá um ingénuo? Então bem que ele te engana. Estou com o José manuel faria, para mim a experiência SF já foi.
Já agora, leiam o Sol do último fim de semana pra se informarem como o Sócrates e o Alegre já fizeram as pazes... Já não restam dúvidas como as palminhas que os ingénuos do bloco foram bater à Trindade ajudaram e muito a carreira política do Pateta Alegre. Ser um "idiota útil" deve ser tramado... Mas há sempre o consolo do "não tenho dogmas. nem santos. Sei que não é fácil ser-se assim.
Mas a gente aguenta..."
Parabéns! Os oportunistas agradecem
Eu gosto de ter um Blog para que os meus comentadores venham verter as sua mágoas. É assim tipo obra de caridade...ou divã de psicanalista. Seja o que for, boas causas, portanto.
Anónimo das 12,42H,
"O Louçã e o Pedro Soares foram bestiais até à assinatura do acordo com o PS.De repente passaram a ser umas bestas."
Também não exageremos...nessa altura (ok, um cadito antes, fui eu...que passei a besta, apesar de nunca ter sido bestial, valha-me Deus...). O Louçã e o Pedro foi um cadito depois...LOL
Isabel, não acho nada triste a entrevista de SF. Se achas o tom de SF arrogante quando fala do Bloco, talvez fosse melhor reparares no teu tom sempre quando falas de SF. Não queria falar muito mais sobre isto, apenas algumas questões do teu post:
a) quem elegeu SF não foi a concelhia de Lisboa, não foste tu, não foram os militantes do Bloco. Foram os eleitores de Lisboa. E o principal mérito na eleição deve-se a SF e ao reconhecimento do seu trabalho anterior. Um mérito que foi reconhecido pelos dirigentes que decidiram apoiar a sua recandidatura. Não referir esse mérito e destacar apenas o do Bloco isso sim é uma prova de arrogância e uma deselegância.
b)a fusão da Gebalis faz parte de facto do programa eleitoral do Lisboa é Gente mas não faz parte (e se tiver enganado prova-me - porque não tenho essa ideia) do acordo de Lisboa. Os negociadores do acordo não colocarem essa exigência concreta. Sobre esse ponto o acordo diz há uma pequena nuance. Num fala em "integrar, até 2008, a Gebalis na EPUL" no acordo de Lisboa fala "...em reorganizar, até ao fim do ano, (...)tendo em vista a a) extinção da EMARLIS b) A REAVALIAÇÃO das SRU'S, da Gebalis e da EMEL, procedendo às adequadas operações de integração, fusão ou extinção. Eu encontro uma DIFERENÇA entre dizer que se vai extinguir (como a EMARLIS) e se vai reavaliar (como as SRU's, Gebalis e EMEL)o que quererá dizer, acho eu, que o compromisso depende da REAVALIAÇÃO. Esta é uma interpretação legitima e será com base nisto que SF diz que não faz parte do programa a extinção da Gebalis. Dizer que SF mente, como fazes, parece-me grave, não deixando de aproveitares para retomares as tuas criticas de forma dura e excessiva. Criticas que não vejo serem feitas, para outros sítios onde temos responsabilidades executivas. No mínimo, SF merecia o benefício da dúvida, para ele fazer uma afirmação taxativa. A não ser que seja um valente mentiroso. Quer-me parecer que ele faz uma interpretação diferente da tua sobre o conteúdo do acordo.
c)Estando de fora mas conhecendo o que foram os executivos anteriores também não me custa afirmar que este é o melhor executivo da última década, o que também não seria difícil.
d) de resto é o costume: não valorizas o trabalho positivo de SF, fazes afirmações como se ele tivesse, num mandato e responsabilidades, para resolver os problemas todas da cidade
e) por fim considero compreensíveis o desencanto com o Bloco e com alguns dirigentes com responsabilidade dentro Bloco e por isso o tom magoado que deixa transparecer.
f)o SF tem estado a fazer um bom trabalho, em minha opinião, infelizmente mal aproveitado pelo Bloco.
O artigo publicado pelo Daniel Oliveira no Arrastão com o qual me indentifico totalmente, diz tudo aquilo que eu por incapacidade intelectual, talvez não saiba exprimir com aquela clareza.
É essa a minha posição.
Quanto ao resto não me congratulo com o rumo que as coisas tomaram, nem penso que os lisboetas ganhem alguma coisa com esta rotura.
Mas tambem gostaria de saber o que ganhou a esquerda com o comicio do Trindade, sobretudo com a evolução que o processo depois teve?
Augusto Pacheco
Não concordo Fernando. O primeiro de todos os compromissos de Sá Fernandes e do Bloco é com o programa eleitoral com que foi eleito. í é inquestionávela proposta de fusão da Gebalis. É o seu primeiro compromisso com os lisboetas, para além de ser com o Bloco. A seguir vem o acordo com o PS e, nesse caso, são colocadas 3 possibilidades para a Gebalis: "integração, fusão ou extinção". Qual destas propostas é defendida por JSF e pelo PS? Nenhuma. Gebalis fica como está, com o argumento das investigações judiciais e da situação financeira (e a Epul também não tem esses problemas?).
Portanto, Fernando, JSF não defende o seu programa eleitoral e, tal como o PS, foge a cumprir o acordo.
O JSF é advogado, tem obrigação de saber e sabe muito bem o que diz. Quando a jornalista lhe pergunta se a fusão da Gebalis com a Epul está no PROGRAMA, ele diz que não. Falta à verdade. Depois, com a retórica política que já aprendeu, desvia rapidamente a resposta para o acordo com o PS. Mas também neste caso falha, como acabei de referir. Tenho pena, mas também não vale a pena continuar a dourar a pílula.
Fernando,
Por partes:
a)A questão do jornalista é:
"Mas isso" (a fusão da GEBALIS com a EPUL) "faz parte do seu programa eleitoral".
A resposta de Sá Fernandes é:
"Não, não faz".
Faz.
O jornalista não fala a Sá Fernandes no Acordo de Lisboa. Fala no programa eleitoral de Sá Fernandes.
Não podes afirmar que Sá Fernandes tem uma opinião diferente sobre o que está escrito no Acordo (que seria, obviamente, legítima, até porque o Acordo era suficientemente vago para o permitir (ou não tivesse sido assinado por António Costa)...quando o jornalista lhe pergunta pelo programa eleitoral.
b) Não disse que Sá Fernandes mente. Disse que, neste caso, não fala verdade. Mas não sou eu que digo. É o programa eleitoral que mostra.
c) Os votos dos eleitores não chegam para eleger ninguém. São a sua razão. São o seu objectivo. Não chegam. Sem trabalho de campo, sem recolha de assinaturas, sem trabalho militante, sem centenas de credenciais e BIs e certidôes e idas a Conservatórias e idas a tribunal e...não se elegem vereadores, não se elegem deputados, não se mobilizam eleitores. Obviamente sabes que era disso que falava.
d)Não estou a escamotear o mérito de Sá Fernandes nem o seu trabalho. Foi por ele que fiz campanha. Mas também foi pelo seu programa que fiz campanha. Por isso realço que o que me desencanta é ver que Sá Fernandes não está hoje, nos lugares onde o seu trabalho anterior indicavam que ele iria estar.E assumo que acho que ele não está a cumprir o programa que eu votei.
E assumo que gostaria de ver Sá Fernandes falar do que falta fazer nesta cidade...até acrescento que sei que isso não depende dele. O que não entendo é que ele não reconheça que faltam fazer coisas, muitas das coisas porque sempre lutou...e que essas coisas não dependem SÓ dele.Mas que não estão feitas..
e) è engraçado que o Sá Fernandes possa tratar a Concelhia do BE da forma que tratou...possa dizer que não precisa do Bloco para nada...possa até considerar que os amigos são para as ocasiões e que dispensa o apoio do Bloco...e isso seja mágoa.
É engraçado que eu escreva que Sá Fernandes não está, a meu ver, a cumprir o programa eleitoral que eu votei, que eu escreva que tenho dúvidas se valeu a pena o empenho todo, que eu lembre que falta muito a Lisboa para ser o Paraíso que saem das suas palavras e que gostaria de ver Sá Fernandes referir isso e eu estou a ser arrogante.
Seja. Como escrevi, Sá Fernandes tem o apoio que diz precisar de mim. E como escrevi, eu assumo que também só lhe posso dar este.
Frontalmente. Sem entrelinhas. Não penso que duma forma dura. Apenas duma forma clara.
e) Quanto aos outros lugares onde temos poder executivo, penso que te referes a Salvaterra. Não conheço outro. Não faço parte da Concelhia de Salvaterra. Não sou autarca de freguesia em Salvaterra. Não conheço os problemas de Salvaterra.
Possivelmente teria a obrigação, como dirigente do Bloco, de os conhecer. Sinceramente é uma lacuma que tentarei ultrapassar. Porque concordo que (também) é essa a minha obrigação.
Olá Isabel!
Como bem terminaste o teu post o que é preciso é clarificação! Uma clarificação séria, justa e imparcial - mas, ao que parece, é pouca a vontade de muitos para o fazerem.
E sinceramente, de arrogante é coisa que o discurso do Sá Fernandes na entrevista não tem nada (mas também não é por aí que quero entrar...)
Lembro-me de há precisamente um ano atrás a concelhia de Lisboa ter marcado reuniões atrás de reuniões e plenário seguido de plenário para se discutir o Acordo de Lisboa e haver uma concordância maioritária por parte dos militantes do bloco. Em pleno Verão, período de férias, eram reuniões que se estendiam para lá da meia-noite.
Mas agora, que reuniões da concelhia houve e quantos plenários foram marcados para discutir a situação actual e se explicar a saída de um coordenador do BE do gabinete da CML e os artigos a atacar o nosso vereador?
Um anónimo refere que "Não percebem que o Sá Fernandes é que já meteu o Bloco a andar". E quando é que o Bloco assume de uma vez por todas que quer largar o Zé e começar a andar sózinho ao invés de fazer um jogo sujo e mesquinho? Até quando o Bloco continuará a ir para jornais e tentar mostrar argumentos convincentes para o divórcio?
Já foi a praça das flores, já foram os trabalhadores e agora a "porcaria" que é a empresa municipal GEBALIS.
Toda a gente fala do acordo mas parece que só lêem a parte das empresas municipais mas e a parte do Plano Verde, do prolongamento da linha de eléctrico nº 15, da ciclovia da frente ribeirinha, da promoção dos modos de transporte suaves, abertura e preservação de corredores verdes, da retirada à APL da tutela de várias zonas da frente ribeirinha - também não são partes contempladas no Acordo, que já se realizaram e/ou que estão em desenvolvimento/execução?
Não sejemos cegos nem oportunistas!
Fora, evidentemente, o que não está no Acordo, e que se encontra a ser desenvolvido (não só pela CML como também pela E-nova).
Contudo, também sei reconhecer as "culpas" (se bem que está longe do termo correcto) que o Sá Fernandes tem no presente cenário. Na minha opinião o seu comportamento, muitas vezes tem sido de coligação e não de acordo. Reconheço que muitas das vezes deveria fazer "braço-de-ferro" com o executivo PS mas uma coisa é certa: não anda a lavar roupa-suja em praça-pública como o Bloco tem andado a fazer. E, acima de tudo, tem-se empenhado em reinverter a política dos espaços públicos e verdes da nossa cidade, cumprindo com dinamismo e irreverência as medidas e os objectivos do seu Pelouro (Ambiente e espaços verdes).
Poucas são as vezes em que estou de acordo com o Rui Tavares mas com o que referiu num dos seus ultimos artigos estou de acordo a 100%: "Podemos e sabemos respeitar um partido que está no poder, podemos e sabemos respeitar um partido que está na oposição mas não podemos nem sabemos como respeitar um partido que está no poder e se comporta como se estivesse na oposição" (era mais ao menos assim, mas gostei!)
Cumprimentos da Nikita ;)
A rua da embaixada de isrrael está barricada há 2 anos. Agora isso também é culpa do homem? Por amor de Deus!
E sobre se este é o melhor executivo da última década: Melhor que os 6 anos de PSD/CDS é de certeza. Melhor que o último mandato do João Soares, é que eu já não sei. Mas se o homem faz parte do executivo, é natural que pense que sim. Pelo menos está a implementar o Plano Verde, coisa que o vereador do ambiente da altura (PCP) nunca chegou a tirar da gaveta.
Que o Bloco ou a dirigente Isabel Faria não pense assim e se revolte publicamente contra o seu Vereador por valorizar o seu trabalho é que me espanta.
Meus amigos: Oposiçãozinha convosco! Quem não tem unhas para governar não merecem ganhar eleições.
Caro anónimo das 2:53pm levantas uma questão importante: o compromisso primeiro de SF é com o programa com que se apresentou às eleições ou com o acordo de Lisboa? Dizes tu: é com o programa com que se apresentou às eleições!.. Nesse caso para que vale o acordo celebrado? Eu acho que o Acordo de Lisboa ao não ser contraditório com o programa "Lisboa é gente" tem perfeito cabimento. Mas é evidente que sendo um acordo de partes é natural que não reflicta totalmente a posição de cada um.
Para ter sido conseguido um acordo, houve negociações, compromissos, cedências das partes. Não há nenhum acordo sério que não contemple os interesses das partes. E o acordo foi globalmente, um bom acordo, insisto e podia ter sido muito importante para a cidade (e julgo que tem sido) e para o Bloco (e não tem sido, muito por culpa própria que nunca soube capitalizar muitas das boas medidas que foram conseguidas -mas também concedo de SF que "apagou" o Bloco nessas medidas positivas -mas o Bloco como organização experimentada competia-lhe saber puxar pelos galões).
Naturalmente que havendo um acordo para a governação, isso significava que as partes, Bloco e PS, abdicavam do seu programa nas partes em que houve acordo e que este prevalecia sobre o programa de cada um, como é lógico.
Claro que estes acordos pós-eleitorais não sendo submetidos ao escrutínio popular, não podem ser contraditórios com o programa apresentado aos eleitores, e nesse aspecto penso que isso foi salvaguardado por parte do Bloco e de SF, embora conceda evidentemente que não é propriamente o seu programa. São as tais nuances de que falei. E que se reflectiram, por exemplo, em minha opinião, na questão da reestruturação das empresas municipais. Enquanto o Programa Lisboa é Gente fala em extinção. Ponto. No acordo coloca a necessidade de REAVALIAÇÃO, no caso das SRU's, da Gebalis, da EMEL (ao contrário do que aconteceu para com EMARLIS por exemplo) embora naturalmente visando sempre a fusão, integração ou a extinção, no âmbito da reestruturação geral da EPUL. Foi isto que aconteceu. O acordo de Lisboa foi cumprido neste aspecto por muitas voltas que se dê. Digo eu, obviamente. Mas o que me interessava ouvir ou ler mesmo era se SF desistia (e aí sim, estaria a romper um compromisso com os eleitores) da ideia da fusão, integração ou extinção. E nunca ouvi ou li SF afirmar que não era para cumprir apenas disse que não era o momento indicado, por razões que podem ser discutíveis, e que eu dou o benefício, à falta de uma informação mais fundamentada. De resto ainda ninguém me disse, assim com toda a clareza, em que é que é diferente este SF do SF do primeiro mandato. O que mudou tanto este homem e porquê que foi a nossa aposta em dois actos consecutivos.
Eu tenho uma ideia: SF é o mesmo. Honesto, lutador, um trabalhador incansável, uma pessoa de princípios e determinada, mas uma profundamente independente e um pouco controverso, logo difícil. Mas é como dizia o Rui Tavares: se queremos trabalhar com independentes temos de trabalhar com os cómodos e os ...mais incómodos.
Claro que é mais fácil dizer, pensar ou insinuar que é um homem deslumbrado com o poder e está em trânsito para o PS. Pode ser. Sobre o poder não me incomoda nada desde que trabalhe, cumpra, seja leal aos compromissos e seja competente. Sobre estar em trânsito para o PS não acredito. O que não significa que não possa no futuro vir a ser candidato independente pelo PS face às circunstâncias. Porque eu julgo que ele julga que ainda tem muito a dar a Lisboa. E eu acho sinceramente que SF tem muito a dar a Lisboa.
E Lisboa parece que também tem muito a dar ao Sá Fernandes, não é? Vai uma pastilha rennie?
Isabel
Não estou nada de acordo contigo. E acho que este post é um prolongamento da guerrilha ao SF ...infelizmente.
Mais do que eu acrescentar alguma coisa que já não saibas, remeto-te para os artigos do Daniel Oliveira no Arrastão e do Rui Tavares no Cinco Dias. E até para o que tem dito o Augusto Pacheco nos vários comentários. Melhores que eu eles expressam as minhas posições.
Alves, as cancelas e os postes ant-bomba foram colocados na Rua António Enes há quatro meses.
Podes confirmar por esta notícia do Expresso (mais uma vez sem saber fazer um link): http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/388725
Eu confirmo porque trabalho lá quase ao lado.
Claro que a responsabilidade não é do Sá Fernandes. O que eu escrevi é que tinha gostado de ver Sá Fernandes publicamente a insurgir-se contra uma autorização dada por Carmona e posta em pática no Executivo actual em que ele é Vereador. Só isso.
Nikita, no dia 25 de Julho de 2008publiquei este texto no site da Luta Socialista (desculpa não saber fazer um link na caixa de comentários...mas não sei): http://lutasocialista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=108&Itemid=1
Antes disso, a 23 de Junho, tinha enviado este texto para a Mesa Nacional: http://lutasocialista.org/index.php?option=com_content&task=view&id=92&Itemid=1
Portanto da minha parte essa clarificação existe. Como existiu a clareza quanto ao Acordo desde o 1º dia.
Por isso me sinto perfeitamente à vontade para criticar Sá Fernandes como senti para ter criticado o Bloco por ter feito um Acordo que continuo a achar que foi um erro.
Antes de vir para o Troll pedir clarificacão há muito que a peço dentro do Bloco. Quando apresentámos uma Moção alternativa para a Concelhia de Lisboa, pediamos essa clarificação. Já! O já foi há meses.
Como podes ver, se te deres ao trabalho de ler os meus documentos, muito antes do Rui Tavares escrever o parágrafo que citas, já eu escrevia:
"A um ano das Autárquicas, ou assumimos claramente as divergências políticas ou nos arriscamos a que os aderentees e os eleitores do Bloco vejam nelas oprtunismo político e deslealdade. Não vale a pena esperar que os eleitores entendam as entrelinhas. A política não vive nem sobrevive com entrelinhas. Muito menos se continuarmos a querer ser, também eticamente, diferentes daqueles a quem nos apresentamos como alternativa política.".
Não concordo contigo na apreciação do trabalho do executivo...mas penso que, a mim, ninguém
me pode acusar de não ser clara ou de ser desleal.
Só um esclarecimento: houve um plenário de militantes convocado pela Concelhia e tem havida muitas reuniões da Concelhia sobre o assunto.No plenário, no inicio de Julho (ou finais de Junho?), o Acordo de Lisboa e a actuação de Sá Fernandes foi de novo discutido.
Na Concelhia de Lisoa, apesar de estar de Acordo com o que tem sido a sua actuação na maioria das vezes (apesar de continuar a clamar pela clarificação, também lá...e também no Plenário), a minha lista tem 3 pessoas em 13...a decisão de convocar mais ou menos plenários, não passa, pois, pela minha vontade...mas repito, esse plenário existiu e a questão do Pedro Soares e do estádio das relações com o Sá Fernandes foi anunciada e amplamente discutida.
Fernando, desde o início que me acusas disso. Nada de novo, portanto.
"fomos nós que elegemos Sá Fernandes - os votos podem ter-nos ultrapassado,
mas o trabalho, o empenho foi nosso"
"fusão como uma das suas prioridades e também por ela foi eleito"
"Sá Fernandes diz que não precisa de mais nem menos do meu apoio. Fico descansada.
Sinceramente, neste momento, eu também não tenho mais nem menos que este para lhe dar."
"Sinceramente, neste momento, eu também não tenho mais nem menos que este para lhe dar.
"O que eu exijo (e é de exigir que se trata quando falamos nos nossos eleitos)"
"E o Bloco tem a obrigação de exigir o mesmo. Eu não elegi Sá Fernandes.
Elegi Sá Fernandes com o programa "Lisboa é Gente". Creio que todos os outros que
o elegeram fizeram o mesmo que eu."
BBBAAAAHHHHHH
Barba negra, tás a pensar emoldurar os pedaços que sublinhaste para colocares em cima da cama...ou ficas mesmo só por aqui??? È paixão ou não passa de um momentâneo e fugaz enlevo???
(olha há uma que está repetida...talvez fique mal na moldura. Se achares bem, e não levares a mal a sugestão, emenda isso. Não tens que agradecer. Tou cá para isso...).
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Ao comentador do comentário anterior que eu apaguei:
"Consideramos o Troll a nossa casa e, em nossa casa, só permitiremos a entrada a quem vier por bem."
Não permitirei comentários com links para o seu Blog.
Censura, pura, simples e assumida.
Eu também acho que a culpa é da Isabel Faria e da guerrilha que ELA promove ao JSF.
Tenho provas de que foi a Isabel que contactou o jornalista do DE dando-lhe dicas sobre as perguntas capciosas que devia fazer, enquanto, por outro lado, de forma vil, a IF telefonava ao JSF dando-lhe dicas sobre as respostas que devia dar.
Aliás, é a Isabel, conhecida líder da ala social-democrata do Bloco, que tem feito a ponte entre o JSF e o PS, antecipando 2009. Não se admirem se a IF já tiver garantido um lugar de assessora!
João, devo-te dizer que eu também já sabia disto mas achei que não a devia denunciar. De facto é verdade. Foi a Isabel.
Desculpa colega mas as verdades têm de ser ditas.
Ups...
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