Notas do dia
1 - Hoje estive em Coimbra e voltei a sentir-me fascinada por rios verdes. Nunca hei-de entender se o Mondego é verde...ou se o meu Mondego é verde. Seja lá como for, sempre que lá vou ele continua verde. Há anos que é assim, e isso dá-me um conforto qualquer, tipo mantinha no sofá em noites de frio.
Já vi aquele rio verde em momentos tão diferentes da minha vida, que ele não mudar de cor me dá segurança.
2 - Sempre defendi que deveriamos ter nascido com botões. Porque é completamente ridiculo deixarmo-nos vencer por um lugar, uma rua, um edíficio. Um bocado de noite num bocado de lugar. Se tivessemos nascido com botões, como os esquentadores ou os fogões, que ligassem e desligassem, o lugar, a rua, o edificio, o bocado de noite no bocado de lugar, valeria, em cada momento, por aquilo que é e deixaria de valer por aquilo que foi. Poupava embaraços, explicações, rugas, mas, sobretudo, dores do caraças. Uma pessoa ser vencida por uma casa ou uma rua é algo que não lembra ao diabo. E que seria evitável se tivesse nascido esquentador.
3 - Hoje durante duas vezes tive umas tonturas parvas. Tipo começar a ver as pessoas à minha volta a andar...à volta. É engaçado que durante anos, quando isto me acontecia eu costumava fazer contas aos dias no calendário e, normalmente, ficava preocupada. Não querem lá ver que me enganei nas contas pensava.
Hoje, comecei a fazer contas, não aos dias mas aos anos do calendário. Continuei a ficar preocupada. Não querem lá ver que o médico se enganou nas contas, pensei.
Etiquetas: Isabel Faria
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