O 1º "REVOLUÇÃO"
Há alguns meses um comentador tinha deixado a promessa. Um dia enviar-me-ia o 1º Revolução. Recebi-o ontem (obrigado por ter cumprido a promessa e por me ter permitido voltar ali, àqueles dias, e ali, a mim naqueles dias! Não lhe deixo um agradecimento com nome...porque não o consultei para isso. mas fá-lo-ei com todo o prazer se mo permitir).
Não interessa muito saber onde estavamos há trinta e tal anos, efectivamente. A única certeza que tenho quando volto àqueles dias e que sem eles não seria o que sou hoje. para o bem e para o mal...que isto nem tudo são vantagens: não se passa impunemente pela certeza de que se muda o mundo amanhã...e pela ressaca de não o ter mudado ontem.
De vez em quando dou comigo a pensar que nunca fui a maioria daquelas coisas acabadas em istas na vida...e que o que me fez isso foram aqueles dias. Este jornal. O PRP. Já senti isso como um peso e como uma libertação. Depende dos dias...
Ao ler a 1ª página do nº1 - do dia 1 de Junho de 1974, dá para recordar o que não mudou...dá para ver passos, cuja necessidade já há 35 anos se sentia e que só muito mais tarde, aos poucos e com alguns percalços pelo caminho, se foram concretizando e dá para recordar como não é de hoje esta sina de que ser oposição e Poder não costuma coincidir...e que convém não nos esquecermos disso.
Pela minha parte, e lamento imenso mas nunca conseguirei desligar a cidadania dos afectos, nunca me irei recordar daqueles dias, apenas como os dias em que colectivamente queriamos mudar o Mundo...senti-los-ei sempre, também, como os dias em que EU acreditava que ia mudar o Mundo. E recordarei as pessoas que lá encontrei. Os momentos que com elas passei. A falta que algumas me fazem. O prazer que tenho quando as reencontro, algumas vezes, algumas. Ou o desencanto ,algumas vezes, outras.
Não me faz nenhuma diferença este individualismo, egocentrismo ou o raio que llhe quiserem chamar...possivelmente tem a ver com a tal ausência de alguns ismos...e faz com que ainda hoje, trinta e cinco anos depois, acredite que vou mudar o Mundo. Ok, sinta que tenho o direito e o dever de acreditar que vou.
Seguramente não sozinha...mas certamente com muita alegria por EU lá estar.
(cliquem na imagem para ler...o meu filho esta noite restaurou a foto ...obrigado JP por, também tu, me colocares lá de novo, duma forma mais nitida!).
Não interessa muito saber onde estavamos há trinta e tal anos, efectivamente. A única certeza que tenho quando volto àqueles dias e que sem eles não seria o que sou hoje. para o bem e para o mal...que isto nem tudo são vantagens: não se passa impunemente pela certeza de que se muda o mundo amanhã...e pela ressaca de não o ter mudado ontem.
De vez em quando dou comigo a pensar que nunca fui a maioria daquelas coisas acabadas em istas na vida...e que o que me fez isso foram aqueles dias. Este jornal. O PRP. Já senti isso como um peso e como uma libertação. Depende dos dias...
Ao ler a 1ª página do nº1 - do dia 1 de Junho de 1974, dá para recordar o que não mudou...dá para ver passos, cuja necessidade já há 35 anos se sentia e que só muito mais tarde, aos poucos e com alguns percalços pelo caminho, se foram concretizando e dá para recordar como não é de hoje esta sina de que ser oposição e Poder não costuma coincidir...e que convém não nos esquecermos disso.
Pela minha parte, e lamento imenso mas nunca conseguirei desligar a cidadania dos afectos, nunca me irei recordar daqueles dias, apenas como os dias em que colectivamente queriamos mudar o Mundo...senti-los-ei sempre, também, como os dias em que EU acreditava que ia mudar o Mundo. E recordarei as pessoas que lá encontrei. Os momentos que com elas passei. A falta que algumas me fazem. O prazer que tenho quando as reencontro, algumas vezes, algumas. Ou o desencanto ,algumas vezes, outras.
Não me faz nenhuma diferença este individualismo, egocentrismo ou o raio que llhe quiserem chamar...possivelmente tem a ver com a tal ausência de alguns ismos...e faz com que ainda hoje, trinta e cinco anos depois, acredite que vou mudar o Mundo. Ok, sinta que tenho o direito e o dever de acreditar que vou.
Seguramente não sozinha...mas certamente com muita alegria por EU lá estar.
(cliquem na imagem para ler...o meu filho esta noite restaurou a foto ...obrigado JP por, também tu, me colocares lá de novo, duma forma mais nitida!).
Etiquetas: Isabel Faria
1Comenta Este Post
A diversidade de partidos de extrema - esquerda eram tantos que me baralhavam por vezes.
A 1ª vez que votei foi em 8o (Otelo), mas desde o 25 de Abril que a política sempre me interessou. Contudo por falta de apoio/interesse da quase totalidade do meu grupo de amigos, procurava entender a situação política o melhor que podia.
Na altura das primeiras eleições havia partidos que me confundiam, pois quase todos falavam em revolução, socialismo e comunismo.
Os mais complicados eram: PRP, FEC (ML), PUP e AOC. Um ou 2 anos depois percebi a orientação maoista dos 3 últimos, mas do PRP nunca entendi o que queriam, sei que na altura do Página Um, havia muitos elogios à guerrilha urbana na Itália e Alemanha.
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