8 de Março
Sei lá escrever o quê que não tenha já sido dito, redito e gasto.
Que ontem me ofereceram um ramo de flores para me agradecerem de não ter desistido de uma luta que perdi?
Que o meu filho me convidou para almoçarmos fora hoje?
Que me emocionarei com a tua voz cada vez que me disseres eu também?
Que me recordarei sempre de quando ficaste sozinha comigo, com o pai na prisão, e me fazias arroz doce quente para me tentares compensar de o terem levado de mim numa noite de chuva?
Que me olho ao espelho e decubro mais uma ruga nova de uma luta perdida. Mas que ainda consigo descobrir o sorriso pela perspectiva do almoço ou pela emoção do advérbio ou pelo cheiro a canela e a casca de limão?
Sei lá o que escrever que não tenha já sido dito e redito. E gasto. Que é, apenas, mais um dia, em que me dá gozo ser mulher.
Que ontem me ofereceram um ramo de flores para me agradecerem de não ter desistido de uma luta que perdi?
Que o meu filho me convidou para almoçarmos fora hoje?
Que me emocionarei com a tua voz cada vez que me disseres eu também?
Que me recordarei sempre de quando ficaste sozinha comigo, com o pai na prisão, e me fazias arroz doce quente para me tentares compensar de o terem levado de mim numa noite de chuva?
Que me olho ao espelho e decubro mais uma ruga nova de uma luta perdida. Mas que ainda consigo descobrir o sorriso pela perspectiva do almoço ou pela emoção do advérbio ou pelo cheiro a canela e a casca de limão?
Sei lá o que escrever que não tenha já sido dito e redito. E gasto. Que é, apenas, mais um dia, em que me dá gozo ser mulher.
Etiquetas: Isabel Faria
0Comenta Este Post
Enviar um comentário
<< Home