A nossa escolha

Falei aqui no outro dia nos meus contadores de histórias numa posta sobre falco. Hoje resolvi eleger para a nossa escolha o outro que me fascina. Chris de Burg. Esse irlandes de passaporte britanico nascido na Argentina que me facsina desde o dia em que com 17 ou 18 anos o fui ver dar um concerto no Campo Pequeno em Lisboa. Não conhecia nada dele e só lá fui porque o concerto era em 3 partes e eu queria ver as duas primeiras. Saí de lá fã.

Podia ter escolhido outra canção dele. Talvez a mais conhecida, o "lady in red", mas como esta nossa escolha é um misto do autor e do meu gosto pessoal não o fiz. Aliás estive apenas indeciso entre duas conções. A que está na barra ao lado e uma outra chamada "Patricia the Stripper", que aconselho vivamente que oiçam também.

Mas escolhi o Spanish Train, uma história de morte e vida, cheia de alegorias e segundos sentidos. Porque tem aquilo que eu estou careca de escrever. Uma letra que é actual hoje como o foi ontem e o será amanhã. É uma descrição subtil mas profunda daquilo que hoje vivemos. Da forma como jogam com a nossa vida, ou como alguém definiu, como jogam com os nosso futuro na roleta da economia. E depois tem aquela forma peculiar, própria do Chris de Burg de se exprimir. Fantástica. Mas pode também ser apenas vista como uma bela história e mesmo assim continua bonita. É daquelas canções que podemos virar do avesso, dar ou tirar sentido que ela fica sempre bem. E isso não é fácil encontrar numa história.

Espero que gostem desta minha escolha.