Dia de arrumações cá em casa...

Apesar de, ontem à noite, ter receado que o dia de hoje pudesse ser complicado, as coisas acabaram por se compôr e pude passar o dia a arrumar gavetas e armários. Ainda não cheguei às dos papéis, o que só poderei fazer quando houver, pelo menos, oito feriados de seguida, mas, mesmo assim, chego a esta hora e concluo que, felizmente, consigo ser bem mais arrumada na cabeça (ok, eu sei que tem dias, mas falo assim no geral...), do que na lingerie, nos lenços do pescoço ou nos cintos. Mas o que me chateia mesmo nem é a desarrumação ( essa já conclui que é por causa do signo e não dá para alterar a data de nascimento). O que me chateia é não ser uma desarrumada coerente e consequente. Ciclicamente (e com a idade os ciclos são mais pequenos, o que ainda agrava a coisa!), tenho um ataque de arrumacite aguda, começo por uma ponta e lá vai disso que se faz tarde, ao ponto de arranjar as gavetas por cores, tamanhos, e fazer tentativas várias até as achar com bom ar, e de, depois de tudo arrumado, ter que começar do início porque me esqueci de um lenço castanho e o espaço livre está ao pé dos lenços azuis (ai, my god, como isto dito assim, parece grave!) e chego ao final da tarde sem ter saído à rua para beber um café, toda cansada como se tivesse andado numa dura luta com lenços às bolinhas, soutiens amarelos ou meias vermelhas e com a certeza que nunca, mas nunca mais, vou deixar as gavetas chegarem a este ponto. A impossibilidade de manter a promesa, advém do mesmo lugar da diminuição do intevalo entre ciclos arrumadores...uma pessoa já não tem a memória de outros tempos!

Ah, é verdade, há uma coisa que não (me) consigo vencer nas arrumações: a quantidade de coisas velhas que encontro...que não sou capaz de deitar fora...e que cá continuarão para a próxima. Se, ao menos, eu me convencesse a deitar fora aquelas mini-saias de quando tinha menos 20 anos e menos 10kg...aquilo até me deve fazer mal!!