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sexta-feira, julho 10, 2009

Mais um outdoor parvo

Já vai para quase um més que não falava dos cartazes políticos. Mas não posso deixar de publicitar este que aqui veem dos jotinhas laranjas do distrito de Setúbal que em cada cavadela arrancam uma minhoca.
Não sei sequer por onde começar mas vou tentar.
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Não gostas de política?
Vem para a JSD
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Não gostas de política? Mas queres fazer uma carreira?
Cria a tua política. Na JSD. Claro
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Faz a tua política aqui.
Nem precisas de te rever ideológicamente. É preciso é gente.
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Podia aqui continuar indefinidamente a pegar no que este cartaz diz mas acho que perceberam a ideia. Não é preciso consciencia, ideologia ou ideias. O que é preciso é que te inscrevas na JSD para fazeres a tua política. É um conceito giro de política "á la carte". "pró menino e prá menina" ou apenas de carreirismo e oportunismo.
Acho que nunca mais a JSD vai lançar um cartaz parvo que consiga dizer tanto sobre aquela organização.
Só falta uma coisa no cartaz. É especificar que para fazer carreira tens de saber fazer de claque de meninos betos que entoam canticos de futebol com conteudos apolitizados por detrás dos candidatos em tempo de campanha. E não é uma coisa de somenos. È requesito para a carreira.

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8Comenta Este Post

At 7/10/2009 7:42 da tarde, Blogger Sérgio Bernardo escreveu...

Por falar em cartazes parvos, e que tal um que diz "quem tem lucros não pode despedir", ou um outro onde se dizia que a electricidade e a galp devem ser de todos porque todos usamos, entre muitos outros.

 
At 7/11/2009 5:28 da tarde, Anonymous Anónimo escreveu...

Então o sr Bernardo acha, que empresas que dão lucro, podem despedir á vontade!!!!

 
At 7/13/2009 4:34 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Sergio, gostei do seu comentário.
Ficamos a saber de que lado está. O que interessa é despedir as pessoas para aumentar ainda mais os lucros.
Desemprego? O que é isso?
Degradação social? O que é isso?
Justiça social? O que é isso?

Desculpe lá falar em conceitos tão estranhos.
O que gostamos mesmo é de lucro nem que para isso dseja preciso destruir vidas.

 
At 7/13/2009 10:11 da tarde, Anonymous Júlio escreveu...

Quem tem lucros não pode despedir.

Mas claro que pode ameaçar despedir, como na Autoeuropa, com beneplácito do deputado do BE, António Chora.

A JSD tem graves incoerências, mas infelizmente comparáveis às de inúmeras atitudes de militantes do BE, das quais o exemplo acima é apenas mais um... exemplo.

 
At 7/13/2009 10:40 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Júlio, do ameaçar ao concretizar vai um passo grande mas já agora onde é que está a incoerencia. Obviamente que o BE também é contra que a Autoeuropa se viesse a despedir, o fizesse.
À falta de argumentos já tudo vale???? E onde é que está o beneplácito do Chora? Ou o Chora já está na Administração da AE?

 
At 7/14/2009 6:42 da tarde, Anonymous Mário escreveu...

Daniel, do ameaçar ao concretizar vai um grande passo?!?!

Nem tenho palavras para caracterizar tal afirmação! Alguma vez pensou que a partir do momento que a ameaça condiciona as nossas decisões, já houve concretização dos objectivos?

 
At 7/15/2009 11:18 da tarde, Blogger Sérgio Bernardo escreveu...

Acho engraçado que ninguém veja onde está a demagogia de uma afirmação do tipo "quem tem lucros não pode despedir". E não pode porquê?
Eu sou empresário e em 2008 tive lucros. Perante o cenário do último trimestre do ano concluí que perante o cenário de recessão iria em 2009 ter cerca de 10 funcionários a mais, que para conseguir de novo ter lucro, tinha de reduzir esses postos. Se puder despedir, sim senhor sobrevivo, mas segundo esse idiota cartaz, como tive lucros em 2008, em 2009 tenho de me afundar. Que bela ideia: só demagogia, isto é atirar areia aos olhos do povo.
Atenção não se compare com a AE, onde os custos de mão de obra representam 0,5% dos custos operacionais da empresa e os sábados que eles querem comer aos trabalhadores representariam 0,001% de custos. Também temos de ser sérios e decentes aqui.

 
At 7/15/2009 11:51 da tarde, Blogger Daniel Arruda escreveu...

Sergio Bernardo, finalmente vejo que atingiu parte do alcance do outdoor. Como explica que Américo Amorim não consiga manter os 100 postos de trabalho que quer reduzir. Como explica os despedimentos na PT, como explica os despedimentos na GALP, como explica casos como a Delphi entre tantos outros exemplos que eu lhe podia dar.

No entanto há uma pergunta que eu tenho de lhe fazer. Se são os seus funcionários que vão ter de pagar a sua ausência de lucro qual foi a fatia dos lucros que lhes deu quando os teve. Que aumentos levaram. Ou será que o seu lucro também não teve um pouco do trabalho deles. E não me venha com desculpas que o patrão é qem arrisca que isso é treta como se vê. O Patrão não arrisca nada porque quando há problemas a situação é fácil. Despede-se trabalhadores e mantem-se o lucro.
O problema é que os empresários na sua maioria só veem o seu umbigo.

 

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