Um suponhamos....:)))
Este post é mais uma tentativa de abrir uma discussão do que uma opinião. E é, sei-o bem, sobre um tema sobre o qual normalmente não nos apetece pensar. Muito menos falar.
Aliás, eu acho que nunca ninguém se debruçou sobre isto a sério, exactamente porque ninguém quer pensar...nisto. Mas é a única coisa certa que temos na porra da vida, não é? Então porque não e, sobretudo, porque não sem dramatismos? E enquanto estamos vivos? Ou porque estamos vivos?
Há muitos anos que penso que deveria haver nas grandes cidades um lugar para onde pudessemos levar os nossos familiares e os nossso amigos, para onde nós pudessemos ir, na hora da morte, sem ser para a capela mortuária das Igrejas ou dos cemitérios.
Sou ateia, (ou agnóstica, chamem-lhe o que quiserem que não é definição que me preocupe muito). Tenho a ligeira impressão que assim continuarei quando chegar a minha hora e faz-me alguma confusão pensar que terei que ter uma cruz em que nunca me revi em vida, que nunca segui em vida, atrás do meu caixão. Digamos que, para simplificar, e naquela onda de não dramatizar a coisa, gostaria de sair deste mundo no mesmo meio onde nele vivi.
Já por várias vezes tive amigos que se confrontaram com a mesma dúvida: onde colocar o corpo do seu familiar, que nunca frequentou uma igreja ou uma capela em vida, sem ser numa igreja ou numa capela?
Antigamente, fazia-se o velório em casa. Nos centros urbanos, onde vivemos, isso não é possível e, na minha opinião, deve ser algo ainda mais doloroso, se é que há graus de dor na morte dos que amamos. Todos nós queremos guardar dentro de casa a imagem dos que partem, vivos. Não dentro dum caixão.
Os famosos, os que pertencem em vida a qualquer coisa, podem despedir-se nesses lugares - os artistas, os maçons... E os outros, os cidadãos "normais"? Os ateus e os agnósticos "normais".
A gente também morre, não?
Esperando que tal assunto não me/vos tire o sono e recusando-me propositadamente a levá-lo muito a sério, deixo-vos a questão: deveriamos ou não encontrar uma forma de que todos aqueles que querem partir sem simbolos religiosos (presentes ou presumidos) o possam fazer?
E é isto um assunto que valha a pena pensar ou não?
Esta tarde este assunto veio à discussão (ok, eu trouxe-o à baila!) numa reunião e as opiniões foram tão dispares...se quiserem dizer alguma coisa, agradecida.
E, vá lá, a gente ainda cá está todos para as curvas...isto é mesmo só um suponhamos :))
Aliás, eu acho que nunca ninguém se debruçou sobre isto a sério, exactamente porque ninguém quer pensar...nisto. Mas é a única coisa certa que temos na porra da vida, não é? Então porque não e, sobretudo, porque não sem dramatismos? E enquanto estamos vivos? Ou porque estamos vivos?
Há muitos anos que penso que deveria haver nas grandes cidades um lugar para onde pudessemos levar os nossos familiares e os nossso amigos, para onde nós pudessemos ir, na hora da morte, sem ser para a capela mortuária das Igrejas ou dos cemitérios.
Sou ateia, (ou agnóstica, chamem-lhe o que quiserem que não é definição que me preocupe muito). Tenho a ligeira impressão que assim continuarei quando chegar a minha hora e faz-me alguma confusão pensar que terei que ter uma cruz em que nunca me revi em vida, que nunca segui em vida, atrás do meu caixão. Digamos que, para simplificar, e naquela onda de não dramatizar a coisa, gostaria de sair deste mundo no mesmo meio onde nele vivi.
Já por várias vezes tive amigos que se confrontaram com a mesma dúvida: onde colocar o corpo do seu familiar, que nunca frequentou uma igreja ou uma capela em vida, sem ser numa igreja ou numa capela?
Antigamente, fazia-se o velório em casa. Nos centros urbanos, onde vivemos, isso não é possível e, na minha opinião, deve ser algo ainda mais doloroso, se é que há graus de dor na morte dos que amamos. Todos nós queremos guardar dentro de casa a imagem dos que partem, vivos. Não dentro dum caixão.
Os famosos, os que pertencem em vida a qualquer coisa, podem despedir-se nesses lugares - os artistas, os maçons... E os outros, os cidadãos "normais"? Os ateus e os agnósticos "normais".
A gente também morre, não?
Esperando que tal assunto não me/vos tire o sono e recusando-me propositadamente a levá-lo muito a sério, deixo-vos a questão: deveriamos ou não encontrar uma forma de que todos aqueles que querem partir sem simbolos religiosos (presentes ou presumidos) o possam fazer?
E é isto um assunto que valha a pena pensar ou não?
Esta tarde este assunto veio à discussão (ok, eu trouxe-o à baila!) numa reunião e as opiniões foram tão dispares...se quiserem dizer alguma coisa, agradecida.
E, vá lá, a gente ainda cá está todos para as curvas...isto é mesmo só um suponhamos :))
Etiquetas: Isabel Faria
9Comenta Este Post
Interessante.
Nunca tinha pensado nisso,
estás sempre a surpreender-me,Coleguinha.
Penso que nestas situações o normal é a contratação dos serviços de uma agência funerária e é a agência que escolhe o local do velório consoante a vontade da família e a disponibilidade de espaços. Talvez haja agências que disponham de locais que não religiosos para o velório.
Em quanto ao cemitério acho que comprar uma campa é como comprar uma casa. A decoração da cuja está a cargo da família. Os cemitérios são geridos pelas câmaras municipais.
Este, é um tema onde a discução pouco importa, pela simples razão de que, depois de morto, já nada posso alterar e só os vivos, da altura farão aquilo que quiserem fazer. Bom, mas há um meio, pelo menos, de que me lembro. Posso deixar escrito que quero ser "cremado" e para que as "cinzas", não constituam problema a terceiros, que as mesmas sejam depositadas, no Mar, ou então aproveitadas para adubar algum craveiro de cravos vermelhos, não para lembrar o sangue derramado, mas para que se não esqueçam que em 25 de Abril de 1974, houve um Movimento, que apostou "vidas", numa mudança que até aos dias de hoje, se não concretizou...
Eu por exemplo quero que o meu velório seja feito no etsádio da Luz.
Não é despropositado. Na Alemanha e Inglaterra todos os estádios já têm este tipo de espaço para s seus adeptos. Mas não só funerais. também espaços adaptáveis a todas as religiões para casamentos e outras festas.
É uma solução para teu problema.
Eu gosto de surpreender os meus colegas!!
E se propusessemos um lugar à empresa?? :)))
Ilha_man, nos casos que conheço, os espaços que as Agências disponibilizam são em capelas de cemitérios ou de Igrejas...
Ah, a parte da campa já não me preocupa muito.Tenho a certeza que ninguém que me conheça se lembrará de colocar quaqluer símbolo religiosa na campa...
José, eu entendo essa opinião. Mas nota que a morte nos bate à porta antes de se tratar da nossa morte. E esse questão coloca-se não só em relação à nossa própria morte mas também àquela dos que nos são próximo.
Quanto às cinzas, a questão é anterior...antes das ditas...tens que estar em algum lugar...
Já estão a preparar o enterro?
anónimo, como é que advinhaste?
Era para ser surpresa!!!!!!!
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