Os 200 euros do nosso contentamento
O meu filho nasceu há 19 anos. Imaginemos que, na altura, já havia Euros e já havia um Governo bonzinho para os bebés que lhe punha no banco 200 Euros, quando eles nasciam. 1990, pois, 200 Euros numa conta do João Pedro.
O ano passado, 2008, finais de Maio, o meu filho podia finalmente ir ao banco buscar os 200 Euros. Claro que desde o dia em que viu o meu olhar meio assustado, maravilhado, completamente rendido, a olhar para ele a ver se tinha os dedos todos e assim, que ele aprendeu a poupar, por causa dos tais 200 Euros. E claro que eu, ou qualquer daquelas mães que passámos pela maternidade naqueles dias, agradeciamos emocionadas a S. Sócrates por oferecer 200 euros aos nossos filhos daí a 18 anos, o ano passado, portanto, neste suponhamos.
"Vá lá, filho, não mexas nele ainda". "Tá bem, mãe...mas eu tava a precisar dumas calças e uns ténis e ainda dava para umas três ou quatro T.shirts, agora que vou para a faculdade. Talvez pudesse mudar de relógio...!!". "Tás maluco, isso alguma vez dava para isso tudo?? E vá lá, o melhor mesmo é esperar... Eu compreendo a emoção, tantos anos à espera, mas tem calma....quem sabe se um dia é mais necessário...". "Ok, mãe. Se achas melhor".
Quatro meses depois chegou o dia. O tal. O esperado. O JP foi ao banco buscar os 200 Euros para ajudar na 1ª tranchezita da propina do 1º ano da faculdade (claro que estou a falar em dividar a gaja trimestralmente...pagá-la de uma vez continua a fazer parte dos nossos sonhos secretos, assim do tipo de passar um mês de férias a correr pela Europa fora...).
Mas, nenhum de nós, naquele momente, em que ele entregava a 1ª parte da propina do 1º ano da faculdade se esqueceu/esqueceria/esquecia de agradecer a S. Sócrates a sua generosidade de 18, quase 19 anos, antes. "Achas que lhe mande o recibo da faculdade com um cartãozinho a agradecer, mãe?". "Acho que sim, meu querido. E não te esqueças de lhe dizer para não se preocupar com o que eu tive que meter para além da sua oferta generosa para completar a tal tranchezita...Diz que a mãe manda dizer para ele não perder o sono por causa disso...!".
Assim foi/seria/era feito. Conforme o tempo do suponhamos.
Nota: perem lá, isto tem que ser acrescentado!!! Esqueci-me dos juros. João Pedro estás safo. Para além da 1ª parte da tranchezita da propina, podes/podias/poderias comprar as calças, os ténis e as t.shirts. Esquece o relógio. E na notita de agradecimento não escrevas/escrevias/escreverias aquela parte de eu ter que meter uns trocos...pelo contrário, juntavas/juntas/juntarias as etiquetas da Zara!
O ano passado, 2008, finais de Maio, o meu filho podia finalmente ir ao banco buscar os 200 Euros. Claro que desde o dia em que viu o meu olhar meio assustado, maravilhado, completamente rendido, a olhar para ele a ver se tinha os dedos todos e assim, que ele aprendeu a poupar, por causa dos tais 200 Euros. E claro que eu, ou qualquer daquelas mães que passámos pela maternidade naqueles dias, agradeciamos emocionadas a S. Sócrates por oferecer 200 euros aos nossos filhos daí a 18 anos, o ano passado, portanto, neste suponhamos.
"Vá lá, filho, não mexas nele ainda". "Tá bem, mãe...mas eu tava a precisar dumas calças e uns ténis e ainda dava para umas três ou quatro T.shirts, agora que vou para a faculdade. Talvez pudesse mudar de relógio...!!". "Tás maluco, isso alguma vez dava para isso tudo?? E vá lá, o melhor mesmo é esperar... Eu compreendo a emoção, tantos anos à espera, mas tem calma....quem sabe se um dia é mais necessário...". "Ok, mãe. Se achas melhor".
Quatro meses depois chegou o dia. O tal. O esperado. O JP foi ao banco buscar os 200 Euros para ajudar na 1ª tranchezita da propina do 1º ano da faculdade (claro que estou a falar em dividar a gaja trimestralmente...pagá-la de uma vez continua a fazer parte dos nossos sonhos secretos, assim do tipo de passar um mês de férias a correr pela Europa fora...).
Mas, nenhum de nós, naquele momente, em que ele entregava a 1ª parte da propina do 1º ano da faculdade se esqueceu/esqueceria/esquecia de agradecer a S. Sócrates a sua generosidade de 18, quase 19 anos, antes. "Achas que lhe mande o recibo da faculdade com um cartãozinho a agradecer, mãe?". "Acho que sim, meu querido. E não te esqueças de lhe dizer para não se preocupar com o que eu tive que meter para além da sua oferta generosa para completar a tal tranchezita...Diz que a mãe manda dizer para ele não perder o sono por causa disso...!".
Assim foi/seria/era feito. Conforme o tempo do suponhamos.
Nota: perem lá, isto tem que ser acrescentado!!! Esqueci-me dos juros. João Pedro estás safo. Para além da 1ª parte da tranchezita da propina, podes/podias/poderias comprar as calças, os ténis e as t.shirts. Esquece o relógio. E na notita de agradecimento não escrevas/escrevias/escreverias aquela parte de eu ter que meter uns trocos...pelo contrário, juntavas/juntas/juntarias as etiquetas da Zara!
Etiquetas: Isabel Faria
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