Caster Semenya

Há por aí muitos homens feios. Tal como há mulheres bonitas. Na mesma proporção que há homens bonitos e mulheres feias. Há mesmo aqueles homens que de tão bonitos nos parecem quase femininos (nunca perecebi essa ideia de se associar a beleza ao feminino mas enfim) E há mulheres que de tão feias quase se parecem homens ( também nunca perecebi essa ideia de se associar a ausência de beleza ao masculino).

Há agora também aqueles que são ex homem ou ex mulher para agora serem bonitos ou feios homens ou mulheres. A medicina e a cirurgia são fantásticas. Até aqui nada de novo nem nada de transencendental. O problema começa quando uma mulher que, na altura da distribuição da beleza deveria estar no WC, se torna atleta e até começa a ganhar. Mas mesmo assim pensou-se. O mundo não há-de ser só dos esbeltos e belos. Mas quando essa pessoa se torna campeã do mundo contra pessoas lindas que, por acaso, até são patrocinadas pelas empresas de material desportivo que dirigem o desporto mundial, aí as coisas piam mais finas. É "a economia, estúpido" dirão alguns. Dirão outros que é perfeitamente aceitável que se sujeite uma pessoa a testes e exames a definir o seu sexo. Outros acham que é uma aberração. Todos estes atletas têm de fazer exames médicos diversos, análises ao sangue e à urina, entre outras baterias de testes e provas pelo que a atleta deve estar mais do que documentada. Eu incluo-me neste último grupo e se mais razões forem necessárias, vou vos dar uma.

Se era para fazer tramoia, faziam com um de tantos rapazinhos bonitos que andam para aí e não podiam ter feito um casting que não suscitasse tantas dúvidas?

Convençam-se que o único defeito de Caster Semenya, atleta da África do Sul, é mesmo ser feia e desproporcional para o que achamos "normal" numa mulher.

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